ICMS é reajustado em 12 estados brasileiros, chegando
a 20% no Rio de Janeiro
Apesar dos medicamentos no Brasil
terem uma das mais altas cargas tributárias do mundo, 12 estados decidiram
aumentar ainda mais o percentual de um dos principais impostos do setor, o ICMS
(Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), alegando problema de
arrecadação por conta da crise econômica. O ICMS incide sobre todos os
medicamentos comercializados no Brasil.
A maioria dos reajustes é de 1,2%,
sendo que no Rio de Janeiro o imposto passou de 19% para 20%. Em todo o país, a
carga tributária média passou de 33,9% para 34,2%. Com isso, o setor teme que
sejam necessários abatimentos nos descontos.
Veja os estados e o reajuste de ICMS previsto para 2016:
ESTADO
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ALÍQUOTA 2015
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ALÍQUOTA 2016
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Início da Vigência
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Medicamentos
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Medicamentos
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||
Amapá
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17%
|
18%
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01/02/2016
|
Amazonas
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17%
|
18%
|
06/01/2016
|
Bahia
|
17%
|
18%
|
10/03/2016
|
Maranhão
|
17%
|
18%
|
01/01/2016
|
Paraíba
|
17%
|
18%
|
30/12/2015
|
Pernambuco
|
17%
|
18%
|
01/01/2016
|
Rio de Janeiro
|
19%
|
20%
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28/03/2016
|
Rio Grande do Norte
|
17%
|
18%
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28/01/2016
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Rio Grande do Sul
|
17%
|
18%
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01/01/2016
|
Rondônia
|
17%
|
17,5%
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21/03/2016
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Sergipe
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17%
|
18%
|
01/01/2016
|
Tocantins
|
17%
|
18%
|
01/01/2016
|
Elaboração: Interfarma.
O aumento da carga tributária pode
forçar uma redução dos descontos oferecidos no varejo, especialmente porque a
indústria farmacêutica também está sendo impactada por outros custos, como a
desvalorização do Real e o preço da energia. “Se os descontos forem reduzidos
e, por consequência, o preço do medicamento subir, há o risco de perder mercado.
Por outro lado, o custo da indústria também está aumentando”, afirma Antônio
Britto, presidente-executivo da Interfarma (Associação da Indústria
Farmacêutica de Pesquisa).
O desafio do acesso a medicamentos já
era grande no país e, com o novo reajuste, se torna ainda maior. Pelo menos 75%
da população conta com os próprios recursos para a compra de remédios, sendo
que cerca de metade dela não consegue custear todas as terapias que precisa,
pelo tempo necessário.
“Com o envelhecimento da população,
as doenças crônicas e complexas, como diabetes e câncer, estão se tornando mais
frequentes. E isso aumenta o gasto com saúde”, aponta Britto.
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