Então, para que se possa realmente combater a inflação, é necessário ter consciência e disciplina, trazendo toda a família – inclusive as crianças – para o mesmo objetivo. Para tanto, será necessário fazer um diagnóstico financeiro detalhado dos gastos, descobrindo para onde está indo cada centavo do dinheiro.
Dessa maneira, fica mais fácil saber onde estão os supérfluos e os exageros, para reduzi-los ou até eliminá-los. A partir daí, novos hábitos estarão sendo formados e o comportamento em relação ao uso e à administração do dinheiro será diferente, garantindo que o período econômico ruim do país não interfira tanto na situação financeira das famílias.
Desenvolvi mais algumas orientações para economia doméstica:
- Os gastos de energia elétrica são um dos que mais apresentam excessos; basta pensar em quanto tempo usa o chuveiro e quantas vezes deixa as luzes ligadas ou a geladeira aberta. Sem contar no uso de televisão e de computador. Por isso, vale a pena agir com mais cautela, pois reduzir essa despesa representará uma economia substancial no final do mês;
- O uso de telefones e smartphones também deve ser repensado, fazendo uma análise entre os valores do fixo e do celular. É preciso comparar o valor das tarifas sempre que possível. A opção deve ser pela menos custosa e não pela mais prática. Lembrando que nos pacotes que contratamos muitas vezes existem itens que sequer usamos;
- Antes de ir ao supermercado, faça uma lista de compras. Busque trocar produtos que aumentaram por outros mais baratos. Tenha também cuidado com as “promoções”. Quantas vezes compramos o famoso “pague dois e leve três” e acabamos perdendo produto por causa de validade e, consequentemente, perdendo dinheiro;
- A reciclagem de produtos também deve ser priorizada. O desperdício é recorrente, portanto, é possível reciclar desde alimentos até roupas e materiais escolares, sem perder a qualidade;
- Compare os preços quando for às compras. Seja em lojas, supermercados ou até restaurantes; é fundamental que se faça essa comparação, pois as variações são, muitas vezes, consideráveis. Evite produtos de “grife”, uma vez que nem sempre representam um produto de qualidade superior, mas apenas status;
- Antes de comprar roupas, eletrodomésticos e outros utensílios, certifique-se se são realmente necessários, muitas vezes quando deixamos a compra de um dia para o outro, percebemos que não fez tenta falta deixar de comprar;
- Controle os gastos com passeios, diminua as vezes que sai para jantar fora, buscando opções caseiras e econômicas. E busque alternativas mais em conta de diversão com a família. Se for sair, lembre-se que preço não significa qualidade, existindo boas opções baratas;
- Se atente aos gastos supérfluos do cotidiano, muitas vezes não percebemos, mais uma grande fonte de desperdício são os ‘cafezinhos’, lanche e outro gastos que não percebemos, em uma conta rápida R$20,00 reais que se gaste diariamente sem se perceber, ao fim de um mês dará R$600,00;
- Economize ao utilizar o veículo. Não é necessário fazer tudo de carro; andar pode ser saudável e econômico. Além disso, é importante manter o carro revisado para que imprevistos não estourem as finanças;
- Na utilização de gás e água, também é possível economizar. Evite deixar o fogo, o chuveiro e as torneiras ligadas sem necessidade e busque reutilizar a água sempre que possível.
Reinaldo Domingos - educador financeiro, presidente da Associação
Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira e
autor do best-seller Terapia
Financeira, do lançamento Mesada não é só dinheiro, e da primeira
Coleção Didática de Educação Financeira do Brasil.
DSOP Educação
Financeira - www.dsop.com.br
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