Conheça
as substâncias utilizadas em cada um dos produtos e saiba escolher as melhores
opções para evitar as doenças transmitidas pelo inseto
O
surto de Zika Virus, Dengue e Chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito
Aedes Aegypti, vem alarmando toda a população brasileira. A proliferação
descontrolada do inseto se deve, principalmente, ao crescimento urbano
desordenado de centros urbanos com lacunas significativas no setor de
infraestrutura, aliada às condições climáticas favoráveis. Atualmente, segundo
o Ministério da Saúde, o Aedes Aegypti está amplamente presente em mais de
4.300 municípios brasileiros.
Uma
das alternativas para se proteger do vetor é utilizar repelentes que contenham
ingredientes ativos reconhecidos pelos órgãos reguladores nacionais. “Esses
repelentes são produzidos à base de DEET, icaridina, e permetrina, substâncias
capazes de repelir o mosquito”, afirma Dra. Ligia Pierrotti, infectologista que
integra o corpo clínico do Alta Excelência Diagnóstica.
Segundo
ela, o repelente com maior eficácia se chama DEET, e quanto maior a
concentração do DEET, maior o tempo de ação do produto. “No Brasil, a maioria
dos produtos contém DEET em concentração menor que 10%, o que significa que as
reaplicações do produto devem ser feitas a cada 2 a 4 horas”, explica a médica.
O
DEET e a Icaridina são usados em forma de cremes e loções para passar
diretamente na pele; já a permetrina é utilizada para impregnar roupas para
serem usadas em situações especiais, como situações de acampamento. Entre os
repelentes naturais, apenas os repelentes à base de óleo de eucalipto-limão têm
eficácia comprovada. “Com concentração de 30%, eles são comparáveis ao DEET com
concentração de 20%, e conferem proteção de até cinco horas de duração”,
explica a infectologista.
Ela
explica que os repelentes à base de outros óleos de plantas naturais, como
alecrim, manjericão, lavanda, e cravo, não têm comprovação de eficácia e, por
isso, não são recomendados. Velas de andiroba e citronela têm ação repelente
muito limitada, de curta duração e curto raio de alcance, e portanto também não
devem ser utilizadas como único produto repelente. Da mesma forma, o óleo de
citronela garante proteção curta e variável, por ser extremamente volátil. “Ele
deve ser reaplicado a cada hora, sendo pouco prático”, diz Dra.Ligia.
Repelentes
eletrônicos
De
acordo com a médica do laboratório Alta, o uso de repelentes eletrônicos não é
recomendado. “Alguns estudos demonstram inclusive o aumento do número de
mosquitos e de picadas quando esses produtos estão ativados”. A ingestão de
vitaminas e alimentos específicos, como completo B ou vitamina B1, e ingestão
de alho, também não têm efeito repelente.
A
médica lista ainda algumas dicas para o uso correto do repelente:
-
O mosquito da dengue voa baixo, em média 1,20 metro de altura. Como ele pica
principalmente do joelho até os pés, é importante passar bastante repelente
nesta área do corpo nos horários mais críticos.
-
Se você estiver usando protetor solar, aplique primeiro o protetor solar e por
cima o repelente de inseto.
-
Utilizar repelente durante a noite se houver mosquitos dentro de casa.
-
Evite aplicar o repelente nas mãos, olhos e boca e aplicar com moderação ao
redor das orelhas.
-
Não use repelente em uma área do corpo em que a pele esteja irritada, com algum
ferimento ou corte.
-
Interrompa imediatamente o uso do repelente se você apresentar qualquer reação
alérgica ao produto. Lave a pele com água e sabão e se não melhorarem os
sintomas, procure orientação médica.
-
Repelente pode e deve ser utilizado por gestantes ou mulheres que estejam
amamentando.
O
Alta Excelência Diagnóstica - https://www.facebook.com/altadiagnosticos
- Blog: http://blog.altadiagnosticos.com.br/
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