Produto que contém substâncias químicas deve ser utilizado
no máximo três vezes ao dia e eliminado com água e sabonete antes de dormir
Alguns cuidados específicos sobre o uso do repelente devem
ser tomados para que o produto tenha ação efetiva e previna doenças
transmitidas pelo Aedes aegypti, além do incômodo causado por demais mosquitos
e pernilongos durante a época de calor intenso. As dicas são da Sociedade
Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC).
1. O uso do repelente não inibe a proteção solar. “Passe o filtro na pele e após ser absorvido, o repelente pode
ser aplicado, no máximo três vezes ao dia, dependendo da exposição e também
suor. Evite o uso excessivo, pois o produto tem substâncias tóxicas, que podem
causar danos à saúde e antes de dormir, tomar banho com sabonete para que o
produto seja eliminado da pele. Em casos de ferida e machucado, não é indicado
utilizar o produto, principalmente se estiver aberta, pois a substância pode
agravar o estado e atrasar a cicatrização”, alerta Rodrigo Lima, diretor da
SBMFC.
2. Após a aplicação é imprescindível lavar as mãos. Para que não haja contato da substância com boca e olhos que,
assim como o nariz, devem ser protegidos no momento da aplicação no rosto, que
pode e deve receber a proteção, com aplicação em locais ventilados para que não
ocorra acúmulo da substância no ambiente.
3. Em bebês de até seis meses, o uso de repelente não é
recomendado e não há nenhum produto registrado
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que assegure o uso nessa
faixa etária. As orientações são proteger a criança com roupas leves, porém
compridas como mangas e calças, além de, na hora de dormir ou do descanso,
utilizar o mosqueteiro. É importante também que pais ou cuidadores sempre
fiquem atentos ao ambiente da criança. “Antes de dormir verifique se nos
colchões, lençóis, travesseiros e em áreas como cantos de parede, embaixo do
berço, não há nenhum inseto antes de colocar a criança para dormir”, explica
Lima.
4. Os idosos podem utilizar o produto normalmente, porém com cuidado na aplicação devido a fragilidade da pele.
5. As mulheres grávidas também podem e devem fazer uso do
repelente, aplicando nas partes expostas; nas que ficam cobertas
pela roupa não há necessidade de aplicação.
Sintomas
Ao identificar sintomas como fortes dores no corpo,
cabeça, vômitos e náuseas constantes é necessário procurar atendimento em uma
Unidade de Saúde. “A dengue pode ser confundida com outras viroses como a
gripe e o diagnóstico é importante para definir o tratamento”, ressalta o
médico.
Diagnóstico
O diagnóstico pode ser feito apenas pelo exame clínico. Os
exames de sangue só são indicados para quadros suspeitos de potencial gravidade
ou quando há dúvida no diagnóstico. Lima ainda alega que se não for
diagnosticada a tempo, a doença pode levar a pessoa à morte. A doença,
principalmente a dengue hemorrágica, pode agravar o quadro clínico do paciente
se não diagnosticada e tratada a tempo.
Quem é o médico de família e comunidade (MFC)?
A medicina de família e comunidade é uma especialidade
médica, assim como a cardiologia, neurologia e ginecologia. O MFC é o
especialista em cuidar das pessoas, da família e da comunidade no contexto da
atenção primária à saúde. Ele acompanha as pessoas ao longo da vida,
independentemente do gênero, idade ou possível doença, integrando ações de
promoção, prevenção e recuperação da saúde. Esse profissional atua próximo aos
pacientes antes mesmo do surgimento de uma doença, realizando diagnósticos
precoces e os poupando de intervenções excessivas ou desnecessárias.
É um clínico e comunicador habilidoso, pois utiliza
abordagem centrada na pessoa e é capaz de resolver pelo menos 90% dos
problemas de saúde, manejar sintomas inespecíficos e realizar ações
preventivas. É um coordenador do cuidado, trabalha em equipe e em rede,
advoga em prol da saúde dos seus pacientes e da comunidade. Atualmente há
no Brasil mais de 3.200 médicos com título de especialista em medicina de
família e comunidade.
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