Levantamento
mostra que prevalência de obesidade no brasileiro aumentou com a idade
O Índice de Massa Corporal (IMC) considerado
saudável para os idosos não é o mesmo daquele indicado para os jovens. O médico
nutrólogo e Chefe do Departamento de Obesidade e Síndrome Metabólica da
Associação Brasileira de Nutrologia - ABRAN, Dr. Paulo Giorelli, explica que “o
ideal para os pacientes acima de 65 anos é ter um IMC de 22 a 26,99 kg/m²”.
Paralelamente, um levantamento realizado pelo Núcleo de Estudos em Saúde
Coletiva, da Universidade Federal de Goiás, evidenciou que a prevalência de
obesidade na população brasileira aumentou com a idade e atingiu 17,1% na faixa
etária de 55 a 64 anos, 14% na categoria de 65 a 74 anos e 10,5% nos idosos com
75 anos. “É uma preocupação, pois é uma doença que atinge todas as faixas
etárias, mas representa um risco maior para os idosos”.
Existe uma relação clara entre a obesidade e o
risco de mortalidade. “Para 10% de peso acima do normal a possibilidade de
desenvolver alguma comorbidade aumenta em 30%. Podemos destacar diabetes tipo
2, dislipidemias, hipertensão arterial e cânceres”, afirma o médico nutrólogo.
Ele alerta que é preciso ter mais atenção em relação ao emagrecimento na
terceira idade, e que o paciente não deve aderir nenhuma dieta radical. “Como
os idosos são mais afeitos a perda de massa muscular, é preciso ter um cuidado
especial para que não haja perda da massa magra. O acompanhamento médico nesses
casos é essencial”, reforça. “Além disso, devemos ressaltar para esses
pacientes a importância de fazerem varias refeições ao dia, com pouca
quantidade de alimentos, assegurando-se a qualidade dos mesmos”, completa.
Medicamentos podem ajudar a
controlar a obesidade nos idosos?
Alguns
medicamentos podem ajudar no tratamento das doenças e também auxiliar na perda
e controle de peso. “Se o paciente apresentar dificuldade em aderir ao
tratamento, ou até mesmo se ele não apresentar o efeito desejado, o uso de
medicamentos pode ajudar. Todavia, todo remédio só deve ser prescrito sob
orientação medica e com acompanhamento regular”, explica o Dr. Paulo Giorelli.
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