Cinco
dicas para melhorar os relacionamentos entre filhos e pais idosos
O Brasil está
amadurecendo, em 2020, teremos 30 milhões de idosos. Mas se passar
dos 60 anos é sinônimo de mais sabedoria, por outro lado, junto de tanta
experiência vêm os sinais do envelhecimento. Saber lidar de forma equilibrada
com as necessidades e limitações apresentadas nesta fase da vida é fundamental
para o bem-estar e a qualidade de vida. Para os especialistas o mais saudável a
se fazer é encarar as transformações, para isso, o idoso precisa entender o
processo, aceitar a realidade e adotar a prevenção como fator primordial.
Estas mudanças físicas, psicológicas e sociais alteram a maneira do idoso se relacionar consigo mesmo, com os outros e com o ambiente. Segundo pesquisa encomendada pela empresa Senior Concierge para a MC15 Consultoria, 49% dos idosos se preocupam em ser um peso para a família. Eles esperam ser tratados como qualquer adulto com capacidade de discernimento e poder de decisão, e ficam incomodados quando as pessoas os tratam como crianças, tomam decisões sem os consultar ou ignoram a sua própria vontade.
Mas nem sempre os filhos têm a opção de dar total autonomia para os pais. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2015 pelo IBGE, indicam que 17,3% das pessoas acima de 60 anos apresentam limitações para exercer atividades diárias como utilizar meios de transporte, cuidar do próprio dinheiro ou fazer compras. Nesse estágio, a família que não se preparou para assumir a responsabilidade de ajudar na manutenção de vida do idoso, é pega de surpresa. E mesmo cuidados simples como levar para fazer compras no supermercado ou acompanhar em uma consulta médica podem se transformar em uma tarefa complicada para os filhos, devido ao excesso de trabalho e a vida agitada das grandes cidades.
Márcia Sena, que já atuou como executiva em grandes multinacionais farmacêuticas, sentiu a pressão para conciliar a carreira e os cuidados com o pai que adoeceu no início de 2015: “Eu me via impossibilitada de acompanhá-lo ao médico ou para fazer exames, pois ou estava viajando, em reuniões ou até mesmo presa no trânsito caótico de São Paulo”, desabafa. Se levarmos em conta que três em cada 10 brasileiros levam em média uma hora entre um deslocamento, podendo levar até três horas se morar em uma região com mais de 100 mil habitantes, acompanhar um idoso em uma atividade externa demanda muito tempo de um dia útil de trabalho. Foi por perceber que outras pessoas passavam pela mesma situação de excesso de trabalho e falta de tempo que Márcia resolveu transformar sua dificuldade em oportunidade e montou uma empresa de suporte profissional para idosos que precisam de apoio para as atividades rotineiras.
Estas mudanças físicas, psicológicas e sociais alteram a maneira do idoso se relacionar consigo mesmo, com os outros e com o ambiente. Segundo pesquisa encomendada pela empresa Senior Concierge para a MC15 Consultoria, 49% dos idosos se preocupam em ser um peso para a família. Eles esperam ser tratados como qualquer adulto com capacidade de discernimento e poder de decisão, e ficam incomodados quando as pessoas os tratam como crianças, tomam decisões sem os consultar ou ignoram a sua própria vontade.
Mas nem sempre os filhos têm a opção de dar total autonomia para os pais. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2015 pelo IBGE, indicam que 17,3% das pessoas acima de 60 anos apresentam limitações para exercer atividades diárias como utilizar meios de transporte, cuidar do próprio dinheiro ou fazer compras. Nesse estágio, a família que não se preparou para assumir a responsabilidade de ajudar na manutenção de vida do idoso, é pega de surpresa. E mesmo cuidados simples como levar para fazer compras no supermercado ou acompanhar em uma consulta médica podem se transformar em uma tarefa complicada para os filhos, devido ao excesso de trabalho e a vida agitada das grandes cidades.
Márcia Sena, que já atuou como executiva em grandes multinacionais farmacêuticas, sentiu a pressão para conciliar a carreira e os cuidados com o pai que adoeceu no início de 2015: “Eu me via impossibilitada de acompanhá-lo ao médico ou para fazer exames, pois ou estava viajando, em reuniões ou até mesmo presa no trânsito caótico de São Paulo”, desabafa. Se levarmos em conta que três em cada 10 brasileiros levam em média uma hora entre um deslocamento, podendo levar até três horas se morar em uma região com mais de 100 mil habitantes, acompanhar um idoso em uma atividade externa demanda muito tempo de um dia útil de trabalho. Foi por perceber que outras pessoas passavam pela mesma situação de excesso de trabalho e falta de tempo que Márcia resolveu transformar sua dificuldade em oportunidade e montou uma empresa de suporte profissional para idosos que precisam de apoio para as atividades rotineiras.
Eliana
Palmieri, enfermeira especialista em serviços de saúde para a terceira idade da
Senior Concierge,
explica que o serviço de acompanhamento por um profissional de saúde tem um
papel muito importante na manutenção da independência e autonomia dos
idosos. “Eles podem continuar nas suas próprias casas e não vão se sentir
dependentes dos filhos para realizar as tarefas diárias. A visita profissional
tem como objetivo suprir a necessidade específica de cada idoso, como por
exemplo: serviços de enfermagem, que pode compreender dar banhos, injeções ou
fazer curativos; o acompanhamento em exames e consultas médicas; a ajuda em atividades
rotineiras como fazer compras e ir ao banco, ou até mesmo para momentos de
lazer como idas à igreja, ao cabeleireiro ou mesmo uma caminhada no parque. O
acompanhamento feito por uma enfermeira durante a consulta ajuda no
esclarecimento do que foi dito pelo médico e ainda tranquiliza os familiares de
que o idoso não irá se esquecer de nenhuma orientação. Já a função de
acompanhante nas atividades sociais aumenta a socialização, melhora autoestima
e a qualidade de vida deles. Como detectamos em nossas pesquisas que os idosos
se ressentem de serem vistos amparados por profissionais vestidos de branco,
por passar uma imagem de dependência, elaboramos um serviço de acompanhamento
no qual profissionais totalmente capacitados técnica e emocionalmente para dar
suporte aos idosos, se vestem de forma elegante, porém não de branco. Desta
forma, podem ser vistos como um amigo ou um membro da família, o que promove a
autoestima do idosos” explica.
A relação de dependência pode aumentar com o avançar da idade ou o surgimento de doenças mais sérias. A consultora de custo hospitalar, Leide Moitinho, de 60 anos, teve que deixar o emprego no início de 2015 para ajudar a irmã, que cuidava da mãe há mais de seis anos. Dona Lála, como é conhecida carinhosamente pela família, sempre teve uma saúde frágil. Hoje, com 83 anos, seu quadro se agravou com o diagnóstico de um câncer no intestino, dois AVCs e um tumor de pele. A rotina diária de cuidados é pesada e inclui higiene, alimentação, a administração de diversos medicamentos durante o dia, acompanhamento em visitas ao médico e fisioterapia. Com tantas atividades necessárias, dificilmente sobra tempo para algum lazer. A história da Leide e suas irmãs reflete o perfil dos cuidadores brasileiros, composto por membros da família e na sua maioria mulheres.
A falta de recursos financeiros para contar com cuidador 24 horas ao lado do idoso debilitado, ou mesmo o desejo de muitas famílias de estarem diretamente presentes nos cuidados diários dos parentes queridos, faz com que a contratação esporádica do serviço de acompanhamento pontual de saúde signifique um grande auxílio e, em muitos casos, a manutenção da saúde do próprio cuidador familiar.
O drama da dificuldade dos filhos em dar suporte aos pais idosos é tema de lei no Brasil. A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 230 diz: "A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida”. E o Estatuto do Idoso veio para priorizar ainda mais esses direitos.
Mas esta dificuldade de conciliar a vida moderna com as necessidades impostas pelo envelhecimento dos parentes não é exclusividade nossa. Na China a adoção da política do filho único, em 1979, trouxe consequências sérias à sociedade, porque somente uma pessoa fica responsável por amparar os pais na velhice. Tal situação levou o governo chinês a criar, em 2013, uma lei que permite que os pais processem os filhos que não dão atenção para eles. É obrigatório que os filhos façam visitas regulares e estabeleçam contato por telefone.
Cuidar de um idoso e dar suporte nesta etapa da vida pede muito amor e sabedoria por parte dos filhos e familiares. Para aqueles que desejam melhorar a qualidade desta relação entre gerações, a enfermeira especialista em serviços de saúde para a terceira idade da Senior Concierge, Eliana Palmieri, traz cinco dicas simples e eficazes:
1. Valorize seu conhecimento: Idosos são pessoas que já viveram muito, acumularam sabedoria e, por isso mesmo, merecem ter suas histórias de vida respeitadas. Valorize a opinião e leve em consideração os desejos dos mais velhos. Devemos conviver com o idoso, respeitando suas limitações e salientando as suas qualidades.
2. Incentive a olhar para o futuro: Incentive que tenham novos objetivos e os motive para que coloquem em prática novos projetos de vida. Ter sempre uma nova meta a qual realizar nos estimula física e mentalmente, gera motivação e alegria de viver.
3. Cuide com discrição: Dê a atenção que eles necessitam sem trazer à tona toda hora os aspectos negativos da velhice. Ofereça apoio, mas cuide para que não se sintam expostos. Eles se ressentem de serem tratados como incapazes.
4. Dê toda autonomia que eles merecem: Existem diversos produtos, serviços e estruturas especializadas que permitem que o idoso viva com independência. Muitas vezes não é preciso que eles morem no mesmo teto para que você possa cuidar bem deles.
5. Incentive a interação social: Estudos indicam um aumento na qualidade de vida e na longevidade em idosos que apresentam uma vida social intensa. A vida social do idoso não se resume apenas a participação dele nos grupos de terceira idade, mas também à boa relação com sua família, o envolvimento em grupos de sua comunidade, como um grupo religioso, por exemplo. Faça visitas e proponha atividades culturais para eles frequentarem.
Eliana ainda faz questão de lembrar que: “Mesmo diante de certa perda de vitalidade os idosos têm diversas possibilidades de desenvolvimento e muito que oferecer para a família e para a sociedade.
A relação de dependência pode aumentar com o avançar da idade ou o surgimento de doenças mais sérias. A consultora de custo hospitalar, Leide Moitinho, de 60 anos, teve que deixar o emprego no início de 2015 para ajudar a irmã, que cuidava da mãe há mais de seis anos. Dona Lála, como é conhecida carinhosamente pela família, sempre teve uma saúde frágil. Hoje, com 83 anos, seu quadro se agravou com o diagnóstico de um câncer no intestino, dois AVCs e um tumor de pele. A rotina diária de cuidados é pesada e inclui higiene, alimentação, a administração de diversos medicamentos durante o dia, acompanhamento em visitas ao médico e fisioterapia. Com tantas atividades necessárias, dificilmente sobra tempo para algum lazer. A história da Leide e suas irmãs reflete o perfil dos cuidadores brasileiros, composto por membros da família e na sua maioria mulheres.
A falta de recursos financeiros para contar com cuidador 24 horas ao lado do idoso debilitado, ou mesmo o desejo de muitas famílias de estarem diretamente presentes nos cuidados diários dos parentes queridos, faz com que a contratação esporádica do serviço de acompanhamento pontual de saúde signifique um grande auxílio e, em muitos casos, a manutenção da saúde do próprio cuidador familiar.
O drama da dificuldade dos filhos em dar suporte aos pais idosos é tema de lei no Brasil. A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 230 diz: "A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida”. E o Estatuto do Idoso veio para priorizar ainda mais esses direitos.
Mas esta dificuldade de conciliar a vida moderna com as necessidades impostas pelo envelhecimento dos parentes não é exclusividade nossa. Na China a adoção da política do filho único, em 1979, trouxe consequências sérias à sociedade, porque somente uma pessoa fica responsável por amparar os pais na velhice. Tal situação levou o governo chinês a criar, em 2013, uma lei que permite que os pais processem os filhos que não dão atenção para eles. É obrigatório que os filhos façam visitas regulares e estabeleçam contato por telefone.
Cuidar de um idoso e dar suporte nesta etapa da vida pede muito amor e sabedoria por parte dos filhos e familiares. Para aqueles que desejam melhorar a qualidade desta relação entre gerações, a enfermeira especialista em serviços de saúde para a terceira idade da Senior Concierge, Eliana Palmieri, traz cinco dicas simples e eficazes:
1. Valorize seu conhecimento: Idosos são pessoas que já viveram muito, acumularam sabedoria e, por isso mesmo, merecem ter suas histórias de vida respeitadas. Valorize a opinião e leve em consideração os desejos dos mais velhos. Devemos conviver com o idoso, respeitando suas limitações e salientando as suas qualidades.
2. Incentive a olhar para o futuro: Incentive que tenham novos objetivos e os motive para que coloquem em prática novos projetos de vida. Ter sempre uma nova meta a qual realizar nos estimula física e mentalmente, gera motivação e alegria de viver.
3. Cuide com discrição: Dê a atenção que eles necessitam sem trazer à tona toda hora os aspectos negativos da velhice. Ofereça apoio, mas cuide para que não se sintam expostos. Eles se ressentem de serem tratados como incapazes.
4. Dê toda autonomia que eles merecem: Existem diversos produtos, serviços e estruturas especializadas que permitem que o idoso viva com independência. Muitas vezes não é preciso que eles morem no mesmo teto para que você possa cuidar bem deles.
5. Incentive a interação social: Estudos indicam um aumento na qualidade de vida e na longevidade em idosos que apresentam uma vida social intensa. A vida social do idoso não se resume apenas a participação dele nos grupos de terceira idade, mas também à boa relação com sua família, o envolvimento em grupos de sua comunidade, como um grupo religioso, por exemplo. Faça visitas e proponha atividades culturais para eles frequentarem.
Eliana ainda faz questão de lembrar que: “Mesmo diante de certa perda de vitalidade os idosos têm diversas possibilidades de desenvolvimento e muito que oferecer para a família e para a sociedade.
Senior
Concierge - www.seniorconcierge.com.br
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