O crescimento desse novo
mercado deve fazer com que a venda de novos veículos caia 1%, aponta estudo
inédito do BCG
BOSTON
–
O compartilhamento de carros está ganhando espaço em áreas urbanas, tanto em
mercados desenvolvidos quanto nos emergentes, crescendo rapidamente no patamar
econômico, social e demográfico. Estudo
do The Boston Consulting Group “Whats
Ahead for Car Sharing? The
New Mobility and its Impact in Vehicle Sales”, lançado esta semana,
aponta que este mercado deverá gerar €4,7 bilhões para as empresas que
apostarem neste serviço.
O estudo também estima que a economia de compartilhamento
de carros irá reduzir em 792 mil o número de automóveis vendidos em 2021 – o
equivalente a um pouco mais de 1% dos 78,4 milhões de novos carros vendidos em
mercados onde o compartilhamento é viável. No entanto, essa redução causará
perdas na ordem de €7,4 bilhões em faturamento para as montadoras.
Na Alemanha, por exemplo, este
serviço já é uma realidade. Hoje, existem 140 serviços diferentes de car sharing em operação, controlando uma
frota que subiu de 1.000 unidades, em 2011, para mais de 15.400 nos dias de
hoje – cerca de 50% da frota total da Europa – com a maior parte de seu
crescimento a partir de 2011. A base de usuários cresceu de um pequeno grupo em
2001 para mais de um 1 milhão, também com maior aumento a partir de 2011.
Como
o mercado vai evoluir
Serviços de compartilhamento
de carros exigem uma grande
concentração de população para que sejam rentáveis e praticáveis. Para que o
negócio de compartilhamento de carros seja rentável na Europa e na América do
Norte, o BCG destaca que é necessário que haja uma população de pelo menos 500
mil habitantes. Já na Ásia-Pacífico, onde a renda per capita é geralmente menor
e a infraestrutura de transporte é menos desenvolvida, o car sharing só será economicamente viável em cidades com população
de 5 milhões de pessoas ou mais. “No entanto, em termos relativos, por conta do
tamanho e crescimento da população, a Ásia-Pacífico será o maior mercado”,
afirma Gang Xu, sócio do BCG e coautor do estudo.
Globalmente, em 2021, cerca de
35 milhões de pessoas estarão registradas em um serviço de car sharing, sendo 14 milhões na Europa, 6 milhões na América do
Norte e aproximadamente 15 milhões de usuários na Ásia-Pacífico. “Esses
usuários de serviços de compartilhamento de carros vão gerar uma receita global
de €4,7 bilhões em 2021, com uma receita bruta de €3.2 bilhões, proveniente de
usuários ocasionais, que precisam de um carro apenas para eventuais viagens”,
afirma Marco Gerrits, sócio do BCG e coautor do estudo. “A Europa será a região
com maior geração de receita, com €2,1 bilhões, seguido pela Ásia-Pacífico, que
irá contabilizar €1,5 bilhão e pela América do Norte, com €1,1 bilhão. ”
The Boston Consulting Group (BCG) -http://www.bcg.com
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