Produtos
caíram no gosto do consumidor brasileiro por levarem fama de “naturais”, mas
podem causar alergias e outros efeitos colaterais a quem os usa de forma
indiscriminada
Os
medicamentos fitoterápicos são preparados com princípios ativos de origem
vegetal e, por isso, são vistos como uma alternativa “natural” quando
comparados a outros produtos – o que não é verdade. Eles passam por processo
industrial, como os sintéticos, e, além disso, a própria matéria-prima que
serve de base pode causar alergias e efeitos colaterais em algumas pessoas.
Constantemente
comparados a medidas caseiras ou chás, estes medicamentos estão mais próximos dos
efeitos causados por medicamentos sintéticos. É importante ressaltar que
qualquer substância tem efeitos em seres vivos, independente de sua origem. Por
isso, os fitoterápicos são substâncias ativas que podem ser nocivas.
É
evidente que os fitoterápicos também apresentam eficácia, pois são avaliados
com o mesmo rigor que medicamentos sintéticos e devem apresentar estudos
farmacológicos e toxicológicos que provem seu benefício e segurança.A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é o
órgão responsável pela regulação de medicações no Brasil e tem dado atenção
especial aos fitoterápicos. Em recomendação de 2014, por exemplo, a entidade
contraindicou o uso do Hedera Helix, bastante popular entre os consumidores
brasileiros, para menores de dois anos, por não apresentar provas suficientes
de sua segurança às crianças até esta idade.
A
orientação é que sempre se procure um médico especialista antes de ingerir
qualquer tipo de medicamento, incluindo fitoterápicos. O uso indiscriminado de
qualquer substância pode causar sérios problemas à saúde.
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