O que você vai ser quando crescer? Hoje, mais do que nunca, esta é pergunta é uma incógnita. Em plena quarta revolução industrial, a tecnologia implementa uma nova dinâmica, impulsionando novos setores como inteligência artificial, robótica, nanotecnologia, impressoras 3D, genética e biotecnologia. De acordo com dados divulgados da pesquisa "O Futuro do Trabalho", durante o Fórum Econômico Mundial deste ano, haverá a extinção de 5,1 milhões de empregos no mundo até 2021.
Se há alguns anos prevalecia o modelo local de gestão e atuação, hoje os profissionais estão diante de um cenário globalizado. Mesmo as empresas locais estão interligadas com investidores de todas as partes do mundo. Com isso, segundo a pesquisa, essa nova revolução industrial, consequentemente impactará no conjunto de habilidades requeridas para prosperar neste novo panorama.
Por isso, os vestibulandos devem ficar atentos as novas necessidades do mercado de trabalho. De acordo com Rodrigo Schluchting, CEO da Exato Vestibulares, uma das maiores plataformas de preparação EAD para vestibulares, o estudante deve ter em mente que o mercado de hoje é mais dinâmico e em vive em constante mutação. O tempo de ser especializado em uma única área do seu trabalho acabou. E para adequar-se a essa nova realidade será preciso investir em educação e capacitação continuadas.
"O setor de saúde é o que sofrerá o maior impacto negativo em termos de empregos nos próximos cinco anos, seguido conjuntamente por Energia e Serviços Financeiros e de Investimento", descreve o texto. Em ascensão os setores de Tecnologia da Informação e da Comunicação, seguido por Serviços Profissionais, Mídia e Entretenimento.
Veja profissões resistentes à crise
Contador - É cada vez maior nas empresas a necessidade de corte de custos, análises contábeis/financeiras, cálculo de rentabilidade do negócio etc. Profissionais com inglês fluente e passagem por consultoria big four (as quatro maiores do mundo) serão bastante demandados.
Bioquímico/Farmacêutico - O mercado de Healthcare e Life Sciences é outro que vem apresentando crescimento constante no país. Indústrias farmacêuticas, laboratórios de pesquisa avançada e produtos de beleza e higiene pessoal demandam cada vez mais profissionais com essa formação.
Engenheiro Eletricista - Profissionais com essa formação podem atuar em empresas de energia renovável, telecomunicações e projetos de expansão de redes elétricas. Conhecimentos avançados de inglês e alemão são garantias de boas remunerações.
Agrônomo - Não há crise no agronegócio. O Brasil, como celeiro mundial e inovador em pesquisa agrícola fornece boas oportunidades, principalmente nas regiões Centro-Oeste, Triângulo Mineiro e interior de São Paulo.
Advogado - Profissionais especializados na área tributária são requisitados para trabalhos de consultoria, gerando ganhos consideráveis para as empresas. Também há uma grande demanda por profissionais especializados na área societária, de fusões e aquisições.
Engenheiro de Produção - Profissionais com experiência em consultoria de gestão, mapeamento, redesenho de processos e gestão de projetos têm sido necessários para fortes reestruturações nas grandes empresas.
Físico - Com grande capacidade analítica e quantitativa, muitos físicos têm sido contratados por empresas da área financeira, como hedge funds e mercado financeiro em geral.
Analista de Sistemas/Computação - Com crescimento do mercado de tecnologia da informação (TI), profissionais com experiência em programação e habilidades para desenvolver soluções são demandados em quantidade crescente.
Sociólogo - Pessoas com essa formação são cada vez mais utilizadas pelas empresas para pesquisas de mercado, análises quantitativas de clientes e comportamento do consumidor. A área de ciências políticas também demanda analistas de conjuntura nacional e internacional.
Veja profissões em baixa:
Engenheiro Civil - As crises no cenário político econômico praticamente interromperam novos projetos de infraestrutura e construção no Brasil. Muitos profissionais que escolheram a carreira devido ao boom dos anos anteriores estão desempregados. Além disso, há excesso de oferta de mão de obra no mercado.
Engenheiro de Petróleo - Forte crise de confiança no governo, entraves políticos e falência de grandes players do setor afetaram a indústria de petróleo. É uma das carreiras que mais sente a queda do mercado.
Engenheiro Mecânico - Há uma forte crise no Brasil no setor metal-mecânico. Além disso, o mercado de automação e mecatrônica também não apresenta forte crescimento.
Engenheiro Naval - A crise no setor de óleo e gás, aliada aos escândalos de corrupção nos grandes consórcios e estaleiros, praticamente estagnou a encomenda de embarcações de grande porte. Como alternativa à baixa demanda por profissionais, um mercado recomendado para esses profissionais é o de consultoria de gestão.
Engenharia Ambiental - A queda no número de projetos de obras públicas e de mineração está contribuindo na queda da demanda por projetos de licenciamento ambiental. Recentes acontecimentos, como desastre ambiental e crise hídrica, podem voltar a aquecer a necessidade de profissionais com essa formação.
Engenheiro Metalúrgico - A desaceleração do crescimento da economia mundial, aliada à concorrência chinesa, tem causado forte crise na área. Empresas de metalurgia, siderurgia e refratários possuem perspectiva de fortes cortes de pessoal.
Geofísico - A carreira está em baixa devido à falta de novos projetos de infraestrutura e mineração no país.
Turismólogo - Antes chamado de "profissional do futuro", o turismólogo tem sido preterido por candidatos com formação em administração. Um MBA ou pós-graduação em gestão pode ser o diferencial para cargos de gerência em grandes redes internacionais.
Geólogo - A crise no setor de mineração é uma das maiores do país. Dificuldades com o marco regulatório, queda de preços do minério e problemas ambientais têm causado uma quase paralisia nos investimentos.
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