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Pesquisa do Instituto Avon em parceria com o
Data Popular revela que sete em cada dez estudantes já sofreram algum tipo de
violência no ambiente universitário. Trotes podem ser momentos de risco
e vulnerabilidade para as jovens, aponta estudo.
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As mulheres estão,
cada vez mais, ocupando o espaço acadêmico. Cerca de um milhão de alunas
devem ingressar nas faculdades este ano. O dado positivo, porém, chama
atenção para um fato alarmante: 67% das estudantes universitárias brasileiras
já sofreram algum tipo de violência nas faculdades, trotes ou em festas
acadêmicas. É o que aponta a pesquisa Violência
contra a Mulher no Ambiente Universitário (acesse aqui), realizada pelo Instituto
Avon em parceria com o Data Popular.
“Este dado revela que se o tema não for
discutido e não forem realizadas ações efetivas por parte da sociedade e das
universidades, mais de 714 mil mulheres serão vítimas de violência no
ambiente acadêmico em 2016”, explica Mafoane Odara, consultora de
projetos do Instituto Avon.
Outro
dado chocante é que 7% das universitárias afirmam que foram drogadas sem seu
conhecimento e 7% já foram forçadas a ter uma relação sexual nas dependências
da instituição ou em festas acadêmicas.
A
pesquisa revela que 42% das estudantes entrevistadas já sentiram medo de
sofrer algum tipo de violência no ambiente acadêmico. “Muitas vezes os
trotes são associados a bebidas, drogas e excessos. Para as mulheres, são
momentos de risco, uma vez que se dizem coagidas a beberem e participar de
‘brincadeiras’ e jogos”, explica Mafoane Odara.
Em
relação aos trotes, 67% dos homens e 77% das mulheres afirmam que as
instituições de ensino deveriam ter regras mais claras, incluindo regras
sobre a prática de violência contra a mulher. A maioria também acredita que o
que acontece nos trotes deve ser levado mais a sério, pois deixaram de ser
apenas brincadeiras ou tradições.
A
pesquisa mostra que os estudantes desconhecem as diversas formas de
violência. Quando questionadas, apenas 10% das estudantes relataram espontaneamente
já terem sofrido algum tipo de agressão, mas quando estimuladas com uma lista
de situações, 67% reconhecem que já foram submetidas a muitas delas. No caso
dos homens, o número jovens que assume já ter cometido algum ato de violência
sobe de 2% para 37% quando estimulados.
Para
muitos jovens, o ambiente universitário é um local de sociabilidade e
interação. Neste cenário, o consumo de álcool aparece como parte comum da
experiência universitária: quase a metade dos estudantes - 48% das mulheres e
45% dos homens - dizem que costumam ingerir bebidas alcoólicas nas
dependências da instituição de ensino ou em festas e confraternizações da
universidade.
A coerção não está associada somente ao
momento da violência contra as estudantes. A pesquisa mostra que 63% das
vitimas admitem não ter reagido quando sofreram a violência, muitas vezes por
medo ou insegurança. Entre as entrevistadas, 36% afirmaram que já deixaram de
fazer alguma atividade por medo.
Os
tipos mais comuns de violência associados a este espaço são: assédio sexual,
coerção, violência sexual, violência física, desqualificação intelectual e
agressão moral ou psicológica. “O estudo mostra que,
infelizmente, os muros da faculdade não são impermeáveis em relação à
violência contra a mulher. Dentro do ambiente universitário as alunas passam
constantemente por diversos constrangimentos que vão desde a
humilhação nos trotes, assédio sexual de professores até a desqualificação
intelectual. Tudo isso é violência. É fundamental usarmos nossas forças para
fomentar o diálogo, conscientizar a nossa sociedade e cessar esse ciclo de
práticas”, explica Renato Meirelles, presidente do Instituto
de Pesquisa Data Popular.
Apenas
1/5 dos universitários sabem da existência de grupos de combate à violência e
preconceito contra a mulher na sua faculdade. Entre os entrevistados, 64% dos
homens e 78% das mulheres concordam que o tema violência contra a mulher
deveria ser incluído nas aulas. Eles acreditam também que a faculdade deveria
criar meios de punir os responsáveis por cometer violência contra mulheres na
instituição: 88% dos alunos e 95% das alunas são desta opinião.
O
estudo foi realizado ao longo de setembro e outubro de 2015,
com 1.823 universitários dos cursos de graduação e pós-graduação. A pesquisa
contou com uma fase quantitativa, realizada online, e uma qualitativa, com
grupos de discussão envolvendo universitários de ambos os sexos e entrevistas
em profundidade com especialistas.
**LISTA
DE VIOLÊNCIAS
Fale Sem Medo – Não à Violência Doméstica
A
pesquisa faz parte da campanha Fale
sem Medo – Não à Violência Doméstica, do Instituto Avon, que
apoia iniciativas para o enfrentamento à violência doméstica desde 2008. A
campanha visa contribuir para a educação, conscientização e reflexão para a
prevenção e o combate da violência doméstica no país. O Instituto Avon já
direcionou R$ 10 milhões para a causa. Em 2012, a Avon se tornou a primeira
empresa a anunciar oficialmente apoio à campanha Compromisso e
Atitude – a Lei é mais forte, coordenada pela Secretaria de Políticas para as
Mulheres do Distrito Federal (SPM-DF), comprometendo-se a reforçar as ações
de divulgação da Lei Maria da Penha por meio de sua rede de revendedores,
além de atuar em parceria com a SPM-DF em outros projetos voltados para esta
causa. A campanha Fale Sem Medo do Instituto Avon se soma à campanha global Speak Out Against Domestic Violence
coordenada pela Avon Foundation For Women, que já direcionou mais de US$ 50
milhões para a causa em mais de 50 países.
Sobre as ações de responsabilidade social da
Avon
A
Avon é uma empresa global líder em ações sociais com foco em causas que
interessam especialmente à mulher. As ações sociais da empresa são
coordenadas pela Avon Foundation For Women, maior entidade focada em causas
voltadas para a mulher ligada a uma corporação. Até 2013, foram doados mais
de US$ 957 milhões em mais de 50 países para as causas que mais afetam a
mulher. A ação de responsabilidade social da empresa está concentrada na
disseminação de informações, na conscientização, no apoio a pesquisas sobre o
câncer de mama e na ampliação do atendimento a mulheres com esta doença, por
meio da campanha Avon Breast
Cancer Crusade (no Brasil, Avon
contra o câncer de mama) e nos esforços para reduzir a violência
contra a mulher, por meio da campanha Speak
Out Against Domestic Violence (no Brasil, Fale sem Medo – não à violência
doméstica). A Avon também atua de forma efetiva na prestação de
auxílio em caso de desastres naturais e emergenciais em várias partes do
mundo. Os folhetos de produtos Avon trazem itens criados especialmente para
arrecadar fundos para as causas. Além disso, a empresa promove eventos com
participação de milhares de pessoas em várias partes do mundo para gerar
fundos e promover a conscientização da sociedade, e distribui materiais
informativos divulgados pelos mais de 6 milhões de revendedores de produtos
Avon em todo o mundo. No Brasil, as ações sociais relacionadas ao combate ao
câncer de mama e à violência doméstica são coordenadas pelo Instituto Avon,
que celebra uma década de ações voltadas para a mulher. Desde 2003, a
organização já doou mais de R$ 57,7 milhões para projetos e ações
relacionados a essas causas no país. Siga o Instituto Avon: www.facebook.com/institutoavon
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sábado, 27 de fevereiro de 2016
Mais de 714 mil mulheres podem ser vítimas de violência nas universidades em 2016
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