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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Herpes deve ser levado a sério






Quando se fala em herpes, vem logo à cabeça o desconforto que provoca. Mesmo quem nunca enfrentou o problema é capaz de imaginar. As bolhas e feridas no lábio causam coceira, dor, incômodo e mal-estar pela aparência ruim. As crises podem vir e voltar e são mais frequentes do que parece.
O HSV - vírus do herpes simples humano - tipo 1 é o principal responsável pelas lesões orais, e o tipo 2, pelas lesões genitais, mas ambos podem causar lesões orais e/ou genitais.
Normalmente, o quadro se inicia com um ardor e/ou dor e uma vermelhidão no local, que evolui com o surgimento de pequenas vesículas agrupadas e, em seguida, com formação de crosta. Outro tipo, mais grave, é a herpes zoster, causado pelo vírus Varicela zoster, o mesmo vírus da catapora.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, 90% da população têm o vírus do herpes simples e cerca de 40% manifestam sintomas. Os números mostram o quanto o herpes é contagioso. E é, principalmente, na infância que a transmissão costuma ocorrer, pelo contato com a saliva ou pele de quem está com o vírus ativo.
Na primeira vez que o herpes se manifesta, os sintomas costumam ser mais intensos. “As lesões podem acometer os lábios, região perioral, mucosas e outras regiões da face. Além disso, os pacientes podem apresentar febre, dor de cabeça e dificuldade para se alimentar”, explica a dermatologista Dra. Darleny Daher.
Com o tempo, as crises se tornam mais leves, mas a médica alerta que, mesmo assim, não devem ser desconsideradas. O acompanhamento com dermatologista é fundamental para aliviar os sintomas com remédios orais ou pomadas. Segundo a Dra. Darleny Daher, o herpes não tem cura, mas o tratamento pode diminuir a intensidade e a duração das crises. “É muito importante evitar a automedicação. O uso inadequado de remédios, sem prescrição do dermatologista, pode tornar o vírus mais resistente. O ideal é iniciar o tratamento o mais precocemente possível, assim que começarem os sintomas”, afirma.
A dermatologista ainda aconselha a lavar bem as mãos para que o vírus não se espalhe por outras partes do corpo. Como o herpes é contagioso quando está ativo, o ideal também é evitar beijar e falar próximo de outras pessoas, principalmente de crianças, até ficar totalmente curado. No caso do herpes genital, o recomendado é usar preservativo durante as relações sexuais.
Depois que os sintomas desaparecem, geralmente após sete dias, é hora de cuidar da prevenção junto com o dermatologista. Fatores desencadeantes, como quedas de imunidade, estresse e exposição ao sol, podem provocar novas crises. Mas com orientação e acompanhamento médico é possível ficar longe delas.
 Dra. Darleny Costa Daher, dermatologista

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