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sábado, 30 de novembro de 2024

Época natalina é propícia para associar, nas crianças, a imagem do Papai Noel a valores de união e fraternidade



Figura do simpático 'velhinho barbudo', dentro da tradição de cada lar, ajuda a valorizar os momentos em família


Repleto de simbologias e tradições, o Natal é uma festividade que muitas famílias não deixam de comemorar. Para os pais, essa época oferece uma oportunidade única de conversar com seus filhos sobre o verdadeiro significado do Natal. Ao explicar os valores da generosidade, da gratidão e da importância do tempo juntos, os responsáveis podem fortalecer laços e transmitir ensinamentos que perduram por toda a vida.

“Incentivar a crença no Papai Noel e consequentemente na magia da ocasião é absolutamente saudável. Mais do que isso, é imprescindível! Toda criança merece viver o encantamento do Natal, e ninguém deve tirar dela a capacidade de fantasiar. O papel da mãe e do pai é facilitar o mundo da imaginação para os pequenos, oferecendo-lhes todas as possibilidades de sonho e fantasia. O Papai Noel é, sem dúvida, uma das recordações mais bonitas que trazemos da infância”, explica a psicopedagoga e escritora, Paula Furtado.

Criar tradições significativas, como decorar a árvore e a casa juntos, assar biscoitos ou preparar doces típicos, visitar lugares com enfeites natalinos, além de elaborar uma cartinha para o Papai Noel que comece com um agradecimento pelas conquistas e termine com um pedido de presente, são práticas que enriquecem a celebração do Natal. Segundo a escritora, essas atividades não só valorizam os momentos vividos em família, como também ajudam as crianças a associar o Natal a sentimentos de afeto, união e compaixão.  

No entanto, existem crianças que não gostam de se aproximar do Papai Noel, neste caso, para evitar traumas, Paula diz que o importante é respeitar e acolher o medo de cada um. “A pessoa não deve ser obrigada a se aproximar ou sentar no colo de um “estranho”. Deve-se, nesse caso, explicar o símbolo do ‘bom velhinho’ e sugerir que a criança converse com ele, faça um pedido ou entregue a chupeta, por exemplo. Caso o medo persista, é possível encontrar outras formas de comunicação que seja menos traumático, como mandar cartas, e-mails, telefonemas ou desenhos”, sugere a profissional.

A tradição de montar a árvore e enfeitar a casa em conjunto cria memórias afetivas nas crianças


Sentido da data

A literatura infantil se destaca como uma poderosa ferramenta educativa e lúdica para mostrar à garotada a verdadeira origem da época natalina e afasta a ideia de que o ‘velhinho barbudo’ é apenas um símbolo que entrega presentes. “Existem inúmeros contos natalinos, como o Um Conto de Natal, de Charles Dickens - a história de Ebenezer Scrooge que ensina sobre compaixão, generosidade e a importância de valorizar as pessoas ao nosso redor. Mas gosto particularmente das religiosas, que explicam, por exemplo, a origem de Santa Claus/ São Nicolau, isso aumenta o sentimento de pertencimento à convicção de cada lar. Independentemente da religião, as histórias em geral já trazem mensagens de bons valores e sentimentos, superação de dificuldades e possibilidades de final feliz”, diz a escritora.


Solidariedade

No diálogo com os filhos, é possível reforçar a imagem do Papai Noel como um símbolo de compaixão, em vez de apenas associá-lo à compra e troca de objetos. Este é um momento propício para criar um laço forte com os valores de altruísmo e empatia. Focar em experiências significativas, como participar de festas em ONGs, orfanatos e casas de acolhimento, ou incentivar a doação de brinquedos, roupas e cestas básicas, pode ser transformador. “Permitir que as crianças entreguem pessoalmente esses donativos e observem a gratidão dos mais necessitados traz uma importante conscientização social. Essas práticas transformam o Natal em um instante de reflexão sobre o próximo, e promove uma experiência mais rica e solidária, além de afastar o foco do consumo e da recepção de presentes”, aconselha Paula.

 

Paula Furtado - pedagoga, formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com especialização em Psicopedagogia, Neuropsicopedagogia, Educação Especial, Arte de Contar Histórias e Arteterapia pelo Instituto Sedes Sapientiae e Leitura e Escrita, também pela PUC-SP. A profissional já trabalhou como professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental na rede particular de ensino, e já atuou como assessora pedagógica em escolas públicas e particulares. Paula Furtado atende crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizado. Nesta área da educação, a pedagoga ministra cursos para formação de educadores nas instituições de ensino pública e particular e realiza palestras para pais sobre a importância de contar histórias. Como autora, Paula completa seu trabalho escrevendo diversos livros infantojuvenis (100 obras até o momento) e, dentro de suas atuações de jornada literária, também foi coordenadora e supervisora psicopedagógica em diversas publicações infantis (Contos de fadas, Lendas e Folclore) com Girassol Brasil e Mauricio de Sousa. A autora conclui suas atividades escrevendo para diferentes revistas de educação sobre temas pedagógicos, além de trabalhar na criação e patente de Jogos Pedagógicos como: Desafio, Detetive de Palavras, De Olho na Ortografia, dentre outros.



Festa de fim de ano sem ressaca moral - veja orientações para participar e se destacar positivamente


Com a proximidade do fim de ano está chegando o período das empresas realizarem seus encontros para confraternização, ou ‘festa da firma’, como alguns brincam. Hora de confraternizar e comemorar os resultados obtidos e renovar relações para o próximo ano. Contudo, são muitas as dúvidas sobre como se comportar em tais eventos – que nada a ver com as festas comuns.

Existem casos de erros de postura nesses eventos que ocasionam sérios problemas profissionais para as pessoas no futuro. Existindo até mesmo casos de que posturas erradas sejam fatores determinantes para uma demissão.
 

“É comum que as pessoas extravasem nesses tipos de eventos. Conforme nos aproximamos do fim do ano, um período em que muitos refletem sobre suas realizações anuais e estabelecem novas metas, é natural que surjam sentimentos conflitantes. Enquanto alguns encontram felicidade e satisfação, outros podem sentir-se insatisfeitos. Daí a mistura de confraternização, a chance de extravasar e, em alguns casos, a mistura com álcool, leva muitos a ações impensadas”, analisa Dr. Vicente Beraldi Freitas, médico e consultor em saúde da Moema Assessoria em Medicina e Segurança do Trabalho. 

Segundo Vicente Beraldi Freitas é sempre importante que as pessoas tenham em mente que haverá um amanhã, e que se estabeleça limites a serem seguidos. Mas, em caso de excessos e problemas, é também necessário buscar não se desesperar e ter calma e clareza para reverter a impressão negativa passada, quando possível. 

“É importante também que não se deixe levar por problemas ocorridos em um evento isolado para o dia a dia profissional. Isso pode ocasionar problemas ainda maiores e ser gatilhos para problemas como depressão e Síndrome de Burnout”, complementa Dr. Vicente Beraldi Freitas. 

Outro ponto, é a situação contrária, sendo que a pessoa pode utilizar dessa oportunidade para passar uma boa impressão para empresa. Isso muitas vezes pode até mesmo abrir caminho para crescimento profissional, quando se tem um destaque positivo. 

"A confraternização é uma oportunidade para a empresa agradecer aos seus colaboradores, fortalecer parcerias, celebrar as conquistas e o encerramento de mais um ciclo de trabalho. Além disso, oferece um ambiente descontraído, ideal para o fortalecimento de relacionamentos. Vale ressaltar que esses momentos também são excelentes oportunidades de networking, promovendo a aproximação entre todos, independentemente dos níveis hierárquicos", destaca Richard Domingos, diretor executivo da Confirp Contabilidade. 

A seguir, veja lista com 10 dicas para não perder a compostura nas festas de fim de ano: 

1. Aceite o convite da empresa e participe da confraternização, pois isto poderá ajudar a criar um ambiente de relacionamento saudável;

2. Não sendo possível comparecer, agradeça e informe o motivo pelo qual não poderá estar presente;

3. Chegue no horário para que possa ter tempo de cumprimentar a todos, lembre-se não se trata de uma balada;

4. Não exagere em bebidas alcoólicas durante a festa, beba com responsabilidade e não dirija após o término da festa;

5. Crie um ambiente de igualdade e procure se relacionar com todos os presentes, misture-se e evite grupinhos;

6. Use roupas discretas e condizentes com o ambiente, procure utilizar roupas alegres respeitando seu visual. É importante não se destacar pelas vestimentas, mas sim pela simpatia e interação;

7. Seja cordial com todos os presentes independente se não tiver contato próximo e buscar falar de temas neutros que não prejudiquem a imagem da empresa ou das pessoas;

8. Caso perceba que algum colega esteja exagerando, ajude-o retirando de forma sutil da situação e desviando a atenção para outros temas ou postura;

9. Evite exageros, desde bebidas, até comida, comentários, piadas e danças. Dá para aproveitar de forma moderada e aproveitar. Recomendo não ser o último a sair da festa, não é uma regra, mas é de bom tom;

10. Evite sair junto com os superiores, para que não passe a impressão que estava na festa apenas por causa do mesmo. 


Como evitar que a política estrague a ceia de Natal: dicas práticas de um influenciador político

Banco de imagens
CO - Assessoria

Com o Natal se aproximando, a expectativa de reunir a família para celebrar é grande, mas a tensão política que marcou os últimos anos no Brasil ainda paira sobre muitas mesas. Para ajudar famílias a preservarem a harmonia durante a ceia, um influenciador político de 40 anos compartilha estratégias práticas para evitar conflitos. 

Ele sugere que o primeiro passo seja estabelecer limites antes do evento. “A melhor forma de evitar atritos é combinar previamente que assuntos polêmicos, como política ou religião, não farão parte das conversas durante o Natal. O foco deve estar no reencontro e na celebração”, orienta. Ele explica que uma conversa franca antes da reunião pode poupar momentos constrangedores e garantir um ambiente mais acolhedor. 

Outra dica importante é moderar o consumo de álcool, já que o excesso pode exacerbar emoções e alimentar discussões desnecessárias. “O Natal não é uma competição de quem bebe mais. Manter o controle ajuda a preservar o clima e evita que desentendimentos pequenos se transformem em grandes problemas”, afirma. Ele sugere que anfitriões ofereçam opções de bebidas sem álcool, para equilibrar o consumo. 

Para situações em que o assunto indesejado surge, o influenciador recomenda ter frases prontas que ajudem a apaziguar o momento. “Algo simples, como ‘Vamos aproveitar o Natal e deixar esse papo para outro dia?’, pode ser suficiente para mudar o foco da conversa sem gerar desconforto.” Segundo ele, a comunicação gentil é fundamental para redirecionar a atenção sem parecer rude. 

Outra sugestão é saber reconhecer o momento certo de se afastar, caso a situação saia de controle. “Às vezes, a melhor solução é dar um tempo. Levantar, ir até a cozinha ou ao quintal para respirar pode evitar que a tensão aumente”, aconselha. Ele reforça que manter a calma é essencial: “Você não precisa concordar com tudo ou tentar convencer alguém em um momento de celebração.” 

Por fim, o influenciador político ressalta que o espírito do Natal é sobre união, não sobre divisão. “Lembre-se de que essas ocasiões são raras. Em vez de focar no que nos separa, devemos valorizar o que nos une, como o amor, o respeito e a gratidão pela presença uns dos outros”, conclui.


2025 sem timidez: como superar a condição em 5 passos

pexels
Professor universitário e psicólogo explica como problema pode ser tratado. Dia 2 de janeiro é o Dia Mundial do Introvertido


Ano novo chegando e, com ele, também chegam novos desafios, que podem ser ainda mais difíceis para quem é tímido. Alunos que trocam de escola, adolescentes que mudam de cidade para estudar, trabalhadores que iniciam carreiras em novos empregos... Como superar a timidez excessiva – mesmo na fase adulta - e se integrar a estes novos grupos e fazer novos amigos nestas ocasiões? 

A notícia boa é que tem jeito. Mestre em psicologia, Juliano Trindade é professor das unidades curriculares "Desenvolvimento Humano" e "Análise e Modificação do Comportamento", na Faculdade Una Lafaiete e é ele quem dá 5 dicas básicas para quem precisa encarar a questão de frente e aprender a superá-la. A faculdade integra o Ecossistema Ânima de ensino, na Região Central de Minas Gerais. 

“A timidez pode ser vista como um padrão de comportamento que muitas pessoas possuem e esse padrão pode se tornar um problema quando ele começa a acometer a vida da pessoa em um nível muito significativo, ou seja, quando ele começa a trazer prejuízos na rotina desta pessoa”, alerta Trindade.

 

1 – Identificando o excesso de timidez - “A timidez pode levar ao isolamento social, à evitação ou a fuga de oportunidades importantes como, se candidatar a uma entrevista de emprego, ou ir a eventos sociais. Aí sim é hora de se preocupar. Além disso, observe quando a timidez começa a gerar sentimentos de frustração e dificuldade para se conectar com as outras pessoas, mesmo no seu ciclo social ou em outros ciclos”. De acordo com o professor da Una Lafaiete, se a timidez estiver impedindo a pessoa de viver de forma mais plena e confiante, é importante procurar maneiras de lidar com isso de uma forma mais assertiva.

 

2 – Vencendo a timidez sozinho - “Existem técnicas, sim, que fazem com que a gente trabalhe a timidez de forma individual. Uma dessas técnicas é enfrentar seus medos de forma gradual. Isso significa que a gente deve começar com as interações sociais mais simples, como cumprimentar alguém ou iniciar uma conversa, mesmo que breve. Aos poucos, vá enfrentando situações mais desafiadoras, como falar em um grupo ou em público. Isso ajuda a diminuir os sinais e sintomas de ansiedade e aumentar a sua confiança”, sugere o professor.

 

3 – Reformule seus pensamentos – “A maioria dos nossos pensamentos são automáticos, rápidos e, muitas vezes, negativos e distorcidos. Como, por exemplo, acha que as outras pessoas vão julgar o tímido ou que ele não é uma pessoa interessante. A gente deve desafiar esses pensamentos. Lembrando-se que todos nós temos inseguranças”, lembra. Um caminho importante para enfrentar isso é tornar os pensamentos mais equilibrados, como por exemplo, compreendendo que todos cometem erros e isso faz parte do aprendizado. “Isso é uma tarefa diária que pode ser reforçada todos os dias”, indica. E por último, Trindade indica a prática de técnicas de relaxamento. “Antes de enfrentar uma situação social que causa ansiedade ou sinais e sintomas de ansiedade é interessante respirar profundamente e de forma bem controlada. Isso faz com que a gente fique mais calmo para lidar com as dificuldades”.

 

4 – Hora de procurar um profissional – O profissional de Psicologia vai identificar as causas, as raízes desse problema e desenvolver estratégias junto a essa pessoa. “Este profissional vai conseguir traçar um plano terapêutico para auxiliá-la e também recomendar um tratamento adequado que pode incluir também a ajuda de outros profissionais”.

 

5 – Adulto tem jeito? – “É totalmente possível conseguirmos vencer a timidez na fase adulta. Para isso algumas estratégias podem ajudar bastante, que é o enfrentamento gradual. Comece com pequenas interações sociais e aumente a dificuldade aos poucos. E redirecione o foco: em vez de se preocupar com o que os outros pensam, concentre-se na conversa, em ouvir o que o outro está dizendo, isso reduz os sinais e sintomas de ansiedade e melhora a interação”, ensina o professor da Una Lafaiete. No mais, é importante sempre buscar o aprendizado. Afinal, ninguém nasce sabendo e viver é aprender a todo momento. “Pratique a assertividade, aprenda a expressar suas opiniões e necessidades de forma clara e respeitosa, isso ajuda a construir a autoconfiança e facilita também para que as relações sejam mais saudáveis”, explica.


Oniomania: quando as compras se tornam compulsão

Entenda o transtorno psiquiátrico que transforma compras em compulsão, causando prejuízos emocionais e financeiros

 

Comprar é uma atividade cotidiana para a maioria das pessoas, mas, para alguns, pode se tornar uma compulsão incontrolável que traz sérias consequências. A oniomania, ou compulsão por compras, é uma perturbação psiquiátrica caracterizada por um padrão de comportamento repetitivo, difícil de interromper, e com impactos significativos na saúde mental e na vida financeira.

Segundo a psicóloga Natalia Reis Morandi, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, “a oniomania é um transtorno crônico que se manifesta por meio de comportamentos repetitivos e impulsivos. Ela provoca prejuízos emocionais e materiais consideráveis, afetando a vida pessoal, profissional e social do indivíduo”.

Esse transtorno muitas vezes acompanha outros diagnósticos psiquiátricos, como depressão, ansiedade, transtorno bipolar, dependência química e distúrbios alimentares, além de perturbações do controle dos impulsos e da personalidade.


Quando o problema se agrava

A compulsão por compras muitas vezes só é reconhecida como um problema em estágios avançados, quando os danos causados se tornam evidentes. Um dos sinais mais alarmantes é o acúmulo de dívidas que o indivíduo não consegue pagar, muitas vezes acompanhado de ocultação dos gastos e rupturas nos relacionamentos pessoais.

“É importante identificar os sinais precoces e procurar ajuda especializada para evitar que a compulsão se torne ainda mais difícil de controlar”, alerta Natalia.


Sintomas da oniomania

Alguns dos sintomas mais comuns que podem indicar a presença do transtorno incluem:

  • Comportamento repetitivo e impulsivo em relação às compras;
  • Pensamentos constantes e incontroláveis sobre comprar;
  • Tentativas frustradas de resistir ao impulso de consumir;
  • Aquisição de itens desnecessários, frequentemente em duplicidade;
  • Uso de compras como uma forma de lidar com emoções negativas, como tristeza, frustração ou ansiedade;
  • Acúmulo de dívidas que superam as condições financeiras;
  • Recorrer a empréstimos ou usar limites de crédito para financiar o consumo;
  • Mentir ou omitir gastos e dívidas para familiares ou amigos;
  • Conflitos familiares e sociais, muitas vezes devido ao estresse financeiro;
  • Isolamento social como consequência da vergonha ou da necessidade de esconder o comportamento compulsivo.


Como lidar com o transtorno

A psicóloga ressalta que o primeiro passo para lidar com a oniomania é reconhecer o problema. “A aceitação é essencial para que o indivíduo busque ajuda e possa iniciar um tratamento adequado, que geralmente inclui psicoterapia, intervenções psicoeducativas e, em alguns casos, medicação”, explica.

Além disso, construir uma rede de apoio, composta por familiares e amigos, pode ser um fator determinante no processo de recuperação. “O suporte emocional é crucial para ajudar o paciente a enfrentar o problema e a retomar o controle sobre sua vida”, destaca Natalia.


Prevenção e conscientização

Com o aumento do acesso a compras online e facilidades de crédito, a compulsão por compras tem se tornado mais prevalente. Por isso, a conscientização sobre a oniomania é essencial, tanto para a população quanto para os profissionais de saúde.

“A sociedade muitas vezes glamouriza o consumo excessivo, mas é preciso estar atento aos sinais de alerta e oferecer suporte para aqueles que enfrentam esse transtorno”, conclui Natalia.

Se você ou alguém que conhece apresenta sintomas de compulsão por compras, procure ajuda especializada. O tratamento é essencial para recuperar a qualidade de vida e prevenir danos maiores.

 

Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo 


3 vantagens de aplicar testes de personalidade nas empresas

Divulgação
Otimização de processos, engajamento e produtividade são alguns dos pontos positivos apontados pelo psicólogo parceiro da Vetor Editora


A avaliação da personalidade nas empresas é uma estratégia importante para auxiliar a compreensão das singularidades e aptidões de cada colaborador. Além disso, ela também auxilia na formação de equipes de alto desempenho e na construção de uma cultura organizacional sólida e saudável.

“Entre as diversas opções, os testes de forma geral são importantes para fornecer informações detalhadas sobre o indivíduo a partir de um número reduzido de itens como abertura à experiência, extroversão, emotividade, mantendo a qualidade dos resultados”, explica o autor do recém lançado teste, psicólogo Felipe Fernandes Vieira de Lima.
 

Pensando nisso, o autor da Vetor Editora, parte do grupo Giunti Psychometrics, líder em psicometria científica, que há 60 desenvolve soluções psicométricas e neuropsicológicas, elencou 3 vantagens da aplicação da avaliação de personalidade para o ambiente organizacional. Confira:
 

1- Otimizar processos de recrutamento e seleção para funções específicas

Um dos desafios do processo seletivo em uma empresa é encontrar profissionais que atendam aos pré-requisitos de um cargo, estejam alinhados à cultura e missão daquela empresa. Cada profissional tem uma vivência e experiência diferente que vai refletir na sua forma de trabalhar. Com o instrumento de personalidade é possível capturar uma ampla gama de perfis de forma rápida e eficaz, junto de um relatório detalhado que irá prevenir conflitos, criando, assim, um ambiente de trabalho mais produtivo.
 

“O IPHEXA - teste da Vetor Editora - considera vários tipos de insights valiosos para o meio organizacional. São eles: abertura à experiência, que diz respeito à disposição para experimentar coisas novas e a criatividade; amabilidade, que reflete a empatia e a vontade de ajudar os outros; a conscienciosidade, que avalia a organização e o comprometimento do trabalhador. Já a emotividade é referente às emoções e ao gerenciamento do estresse; a extroversão que identifica a sociabilidade e a assertividade e, por fim, honestidade e humildade, que traz um recorte de como aquela pessoa lida com questões éticas e comportamentais”, esclarece Felipe Lima.
 

2- Auxilia no engajamento e retenção de talentos

Muito se discute a respeito de estratégias de engajamento. Compreender as características pessoais de cada trabalhador pode ser um apoio para melhorar a satisfação e reduzir a rotatividade. “A abordagem focada na personalidade é parte de um processo abrangente de gestão de recursos humanos, contribuindo com equipes de alto desempenho e líderes habilidosos. Além da seleção, ela aprimora a gestão dos colaboradores existentes. Os líderes podem ajustar sua abordagem de liderança, comunicação e feedback de acordo com as necessidades individuais das equipes, promovendo um ciclo positivo de engajamento e desempenho”, complementa Felipe. 


3- Estabelece uma melhor comunicação e impacta na produtividade das equipes  

Em todas as esferas da nossa vida a comunicação se faz essencial e no ambiente de trabalho não é diferente. Felipe destaca que a compreensão da personalidade pode impulsionar uma comunicação eficaz entre os times. Isso vai refletir diretamente no andamento de projetos, cumprimento de prazos e em uma cultura mais colaborativa. “De maneira geral, adotar uma ferramenta como essa leva a um crescimento que não se limita às companhias, mas também ao desenvolvimento do profissional ”, finaliza.


2025 vai pegar fogo: resoluções quentes para um ano cheio de prazer

Descubra como explorar o novo e ter um ano cheio de prazer


Novo ano, novas metas – e por que não dar aquela atenção especial para a sua vida sexual? Afinal, 2025 pode (e deve) ser o ano em que você decide explorar mais, descobrir coisas novas e, principalmente, se divertir! Para te ajudar nessa missão, há algumas sugestões que são verdadeiros convites para você se abrir ao novo e aproveitar tudo o que sua sexualidade tem a oferecer.


1. Experimentar sexo com alguém novo

Se você está solteiro ou em um relacionamento aberto, que tal se permitir viver novas conexões? Transar com alguém diferente não é só sobre a excitação do novo. É também uma oportunidade de descobrir preferências, compartilhar experiências e até aprender truques diferentes. Claro, o essencial aqui é o consentimento e a disponibilidade de todas as partes.


2. Explorar novas fantasias

Sabe aquela ideia que te instiga, mas você nunca teve coragem de colocar em prática? 2025 pode ser o ano para transformar fantasias em realidade! Conversar com seu(sua) parceiro(a) ou encontrar alguém que compartilhe dos mesmos desejos é o primeiro passo. A confiança e o diálogo são fundamentais para que tudo aconteça de forma segura e prazerosa.


3.  Baixar um app de encontros e conhecer pessoas novas

Os apps de encontros são uma ótima porta de entrada para flertes, conversas instigantes e, quem sabe, novas aventuras. O Ysos, por exemplo, conecta pessoas de mente aberta, a fim de testar coisas novas e que não vão te julgar se o seu interesse for buscar o prazer. 


4. Ler um livro erótico

Livros eróticos não só estimulam a imaginação como também podem acender aquela chama adormecida. Escolha um título que desperte seu interesse e aproveite para se conectar com o erotismo de um jeito mais intimista. Quem sabe até role compartilhar a leitura com alguém especial?


5. Escrever um conto erótico

Colocar no papel suas fantasias pode ser libertador – e incrivelmente sexy! Além de explorar sua criatividade, você pode descobrir mais sobre seus desejos e até compartilhar seus textos em comunidades que valorizam a literatura erótica.


7. Ouvir um podcast erótico

Uma boa história erótica narrada no tom certo pode ser um gatilho para lá de excitante. Para deixar o momento ainda mais especial, crie um ambiente aconchegante: luz baixa, velas aromáticas, uma taça de vinho... Feche os olhos, dê o play e deixe sua imaginação fluir.


7. Experimentar brinquedos novos

O mercado de sex toys está cada vez mais inovador, com opções que atendem a todos os tipos de curiosidade. Vibradores, anéis, plugs – o importante é encontrar algo que te deixe confortável e disposto(a) a experimentar novas sensações.


8. Se exibir mais

Seja para um(a) parceiro(a) ou nas redes sociais (sempre com responsabilidade!), o ato de se exibir pode ser empoderador. Brincar com fotos sensuais ou até mesmo com vídeos pode te ajudar a se sentir mais confiante e conectado(a) com sua própria sexualidade.


Encare o novo com leveza

“Essas resoluções são convites para explorar o prazer de forma livre e consciente. A ideia é experimentar sem pressão, focando no autoconhecimento e na diversão”, ressalta Gustavo Ferreira, head de marketing do app. Então, que tal abraçar 2025 como o ano da sua revolução sexual? Aposte em novas experiências, respeitando sempre seus limites – e os do outro.


Ysos


Piscina e férias: como manter as crianças seguras nas piscinas

Capa Levita é a única automatizada produzida no Brasil 
Escolher os acessórios e produtos de segurança são práticas indispensáveis para a tranquilidade da família às vésperas da estação mais quente do ano


Após maior permanência das famílias em casa durante a pandemia, reformas e instalações de piscinas para lazer, as preocupações com os afogamentos em meio à chegada do verão aumentam. 4,1% dos óbitos por afogamento no Brasil ocorrem em piscinas, segundo com dados recentes da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa).  

A iGUi, maior fabricante e comercializadora mundial de piscinas pré-fabricadas, presente em cinco continentes, tem em todo o seu portfólio de produtos a segurança como prioridade. Os índices de afogamento também mostram que é um problema especialmente grave entre crianças de 0 a 9 anos, com 65% das mortes nessa faixa etária ocorrendo em piscinas. A maioria dos casos acontece nas residenciais (49%), mas também em clubes e academias (10%) e escolas (7%). Em 2024, o total de mortes por afogamento no país chegou a 5.488, com homens representando a maior parte das vítimas, morrendo 6,4 vezes mais que as mulheres. 

Todas as piscinas iGUi contam com o sistema de sucção aberta, o mais seguro do mercado. Em países onde a segurança é prioridade, a sucção fechada já é proibida há muitos anos. Com esse equipamento, a aspiração, a drenagem e a circulação da água são feitas sem pressão exposta ao usuário, evitando totalmente o risco de machucar ou aprisionar as pessoas submersas. 

A rede também lançou em 2017 a única cobertura de piscinas totalmente automatizada, a Levita. Ecologicamente correta e produzida em PVC, a cobertura dispensa o uso de lonas de vinil e plástico bolha ou telas para cobrir a piscina, porque cumpre todas as funções dos seus correlatos: segurança, auxiliar de limpeza e termicidade, além de ser a única automatizada. Principalmente para quem tem crianças em casa, mas também para pets, este produto torna-se indispensável para quem deseja uma vida tranquila. A Levita cobre totalmente a superfície da água e pode aguentar até 50 quilos. “É o fim da preocupação dos pais em relação a acidentes”, comenta Filipe Sisson, presidente e fundador da iGUi Worldwide.


Perigo do cloro  

Muitos estudos têm apontado para o perigo do cloro, principalmente se usado de forma irregular ou em excesso. Dificuldade respiratória, dores na garganta, reações na pele e até risco de câncer são alguns dos sintomas ligados à exposição contínua ao cloro. 

Pensando no bem-estar dos usuários, a iGUi desenvolveu o Solo, um poderoso biocida capaz de destruir, neutralizar, impedir ou prevenir a ação de microrganismos vivos indesejáveis e nocivos à saúde do homem. 

De acordo com Filipe Sisson, “o cloro é um produto químico pouco usado para fins domésticos em diversos países do mundo, especialmente nos mais avançados. O Solo veio justamente para substituir o uso do cloro nas piscinas. Sei que há ainda muito trabalho a ser feito para que isso ocorra, mas sonho com o dia em que o uso do cloro será proibido no Brasil”, afirma.

Isento de odor e cor, uma das grandes vantagens do Solo é a sua alta eficiência a baixas concentrações. É utilizado diluído em água, o que lhe confere uma toxicidade praticamente nula. O biocida não contém metais pesados, grandes responsáveis pela contaminação do ecossistema e prejudiciais aos organismos dos seres vivos. O efeito germicida do Solo é o mesmo que o dos shampoos, não provoca alergia, mantém pele e cabelos hidratados e conserva a pintura da piscina. Aplicado em média a cada 30 dias, o Solo não evapora e fideliza os clientes.

O Solo é um dos produtos exclusivos da TRATABEM, franquia pioneira e especializada no tratamento, limpeza, assistência técnica, manutenção e venda de produtos para todos os tipos de piscinas, criada pela iGUi em 2012.

 


Fotos: TRATABEM/Divulgação   


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Veja dicas de como fazer o seu filho dormir melhor e ter melhoria no aprendizado para o próximo ano

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Estudo recente da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP indica que a qualidade do sono infantil está diretamente relacionada ao ambiente em que as crianças estão inseridas


Com a chegada de um novo ano, muitas pessoas definem metas para melhorar a qualidade de vida. Entre elas, um objetivo simples, mas extremamente eficaz, pode fazer toda a diferença: melhorar a qualidade do sono. Estudos recentes mostram que dormir bem é fundamental para a saúde física, mental e emocional, especialmente para crianças e adolescentes, cujas rotinas de sono impactam diretamente o desenvolvimento cognitivo e emocional. 

Pesquisas divulgadas pela American Academy of Sleep Medicine indicam que crianças em idade escolar (6 a 12 anos) precisam de 9 a 12 horas de sono por noite, enquanto adolescentes (13 a 18 anos) necessitam de 8 a 10 horas. No entanto, dados da Sleep Foundation apontam que cerca de 73% dos adolescentes dormem menos do que o recomendado, o que está associado a problemas como dificuldade de aprendizado, irritabilidade e aumento do risco de doenças como obesidade e depressão. 

Em um mundo cada vez mais conectado, o sono das crianças se tornou uma preocupação crescente para muitas famílias. Estudo recente da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP indica que a qualidade do sono infantil está diretamente relacionada ao ambiente em que as crianças estão inseridas. Escolas e creches que adotam práticas que favorecem o desenvolvimento integral das crianças podem ser essenciais para garantir noites de sono tranquilas e reparadoras.

Imagem: Queissada Comunicação

O ambiente escolar ou de creche deve ser um espaço que estimula tanto o gasto de energia física quanto o mental. Atividades ao ar livre, como brincadeiras na natureza e práticas esportivas, não só ajudam as crianças a gastar energia, mas também contribuem para a sua saúde física e mental. Segundo o estudo da American Academy of Pediatrics, a falta de atividade física está relacionada ao aumento da ansiedade e distúrbios do sono em crianças. 

A prática do “diário das emoções”, onde as crianças registram seus sentimentos e experiências do dia, é outra ferramenta valiosa. Esse hábito não apenas diminui a ruminação ao deitar, mas também incentiva a alfabetização emocional, permitindo que as crianças compreendam e expressem seus sentimentos de forma saudável.
 

O impacto na vida dos pais

Quando as crianças não conseguem dormir bem, a vida dos pais é severamente impactada. Estudos da National Sleep Foundation revelam que a privação de sono infantil está associada a comportamentos desafiadores e dificuldades de concentração, gerando um ciclo de estresse que afeta a dinâmica familiar e o bem-estar dos adultos. 

De acordo com Beta, psicanalista e pedagoga na Escola Ágora, a primeira green school da América Latina, localizada em Cotia, “um ambiente educacional que promove o contato com a natureza, a interação social entre diferentes faixas etárias e a expressão emocional, livre das telas de celulares ou computadores, é fundamental para o desenvolvimento das crianças. Esses fatores não apenas diminuem a ansiedade, mas também promovem um sono mais profundo e restaurador, levando a um despertar cheio de energia.” 

Dormir bem é crucial para o aprendizado. Um estudo publicado na revista Nature Reviews Neuroscience afirma que o sono desempenha um papel vital na consolidação da memória e na aprendizagem. Durante o sono, o cérebro processa informações e experiências do dia, facilitando a retenção do conhecimento. 

Criar um ambiente escolar que priorize o desenvolvimento holístico das crianças, que incentive atividades físicas, contato com a natureza e expressão emocional, é um investimento no bem-estar delas e na qualidade de vida das famílias. Proporcionar esses elementos essenciais não só melhora a qualidade do sono infantil, mas também garante que os pais possam desfrutar de um lar mais harmonioso e saudável.



Ágora - Escola de Ensino Fundamental
Saiba mais, aqui!


Transtorno de ansiedade no mundo corporativo: um desafio que precisa ser enfrentado

A ansiedade no ambiente de trabalho é um problema crescente, caracterizado por sentimentos de preocupação excessiva, nervosismo e apreensão relacionados ao trabalho. Essa condição afeta o desempenho, as relações interpessoais e a saúde mental dos colaboradores. Todos sabemos que o mundo corporativo, marcado por prazos apertados, alta competitividade e constantes mudanças, tem se mostrado um ambiente propício ao desenvolvimento de transtornos de ansiedade. 

As causas mais recorrentes estão relacionadas ao excesso de tarefas, prazos curtos e responsabilidade excessiva; em ambientes competitivos caracterizados por pressão e busca por resultados e perfeição. O medo de falhar, de perder o emprego ou de não ser reconhecido; relações interpessoais conflituosas com os colegas ou superiores e até a  falta de autonomia (pouco, ou nenhum controle sobre decisões e o próprio trabalho). 

As consequências do Transtorno de Ansiedade são muitas, que vão desde a dificuldade em se concentrar, por conta dos pensamentos intrusivos e distração constante, o medo excessivo de errar que leva a procrastinação das tarefas, sensação de cansaço crônico, mesmo após o período de descanso, até a problemas físicos e comportamentais como insônia, dores de cabeça e problemas gastrointestinais. 

Ao identificar os sinais de ansiedade, o ideal é manter uma comunicação aberta, falar com gestores sobre suas preocupações, estabelecer prioridades e gerenciar o tempo de forma eficiente, praticar atividades físicas, uma alimentação equilibrada e dormir bem. Praticar meditação, yoga e exercícios de respiração. Experimente sentar se confortavelmente, de preferência com a coluna reta, fechar os olhos para não permitir distrações, inspirar lentamente por 5 segundos, prender a respiração por 7 segundos e exalar lentamente em 9 segundos, enquanto pratica, perceba o próprio corpo e repita por 5 vezes, pratique esse exercicio  3 vezes ao dia e vá sentindo a mudança das sensações. 

Para prevenir o transtorno de Ansiedade, algumas atitudes como, promover a colaboração mútua, o reconhecimento e o bem estar dos colaboradores, fomentar a saúde mental através do incentivo à prática de exercícios físicos e a busca por um equilíbrio entre vida pessoal e profissional, oferecer programas de apoio como manter a disposição os serviços profissionais de psicoterapeutas e programas de gestão do estresse. 

A Ansiedade no trabalho é uma questão séria mas que pode ser tratada, não apenas garantindo a saúde mental e física dos colaboradores, mas também promovendo uma produtividade de excelência. 



Tony Borba - Psicanalista e Hipnoterapeuta
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Ainda Estamos Aqui

Estava dando uma aula online, para um grupo de Mentoria de uma boa amiga, quando uma aluna me perguntou sobre a Terapia de Constelações Familiares, esperando de mim algum tipo de ataque ou condenação, tão frequentes no “establishment” tanto da Psicologia quanto da Psiquiatria. Respondi que acredito mais em terapeutas do que em terapias, o que não foi a resposta esperada. Já recebi relatos de experiências intensas e curativas nessa modalidade terapêutica, assim como tive que socorrer clientes que ficaram mexidos e mesmo desestruturados, após vivências em locais inadequados, como uma empresa ou um workshop de final de semana, na mesma terapia. Essas duas experiências foram bastante negativas e mesmo perigosas para a integridade psíquica das pessoas envolvidas. Tem muita gente formada em cursos de final de semana cutucando nos traumas e nas psiques das pessoas. Cuidado. Mas, a princípio, não vou cair na atitude farisaica de criticar de maneira generalizada esse trabalho, até porque conheço o pensamento de seu criador, o psicoterapeuta alemão Bert Hellinger.

O que muita gente não conhece é o tipo de psicoterapia que, muito provavelmente, influenciou Bert Hellinger: a Gestalt Terapia. Mas, deve-se estar perguntando o leitor ou a leitora que abriu, acidentalmente ou não, esse artigo:  o que faz esse texto após o título acima, de um filme recém lançado e provável candidato brasileiro ao Oscar – “Ainda Estamos Aqui”, baseados na obra de Marcelo Rubens Paiva? Já vou explicar.

Gestalt quer dizer “forma completa”, ou “figura completa”. Em terapia, é como o fechamento de uma ferida que ficou aberta. Vou dar um exemplo pessoal e canino; quem já leu essa coluna deve saber que eu sou um inveterado cachorreiro. Uma doguinha querida era Chiara, uma boxer meio pilhada que teve infelizmente aos sete anos um Câncer comum na raça, o Mastocitoma. Quando seu sofrimento ficou intolerável, levei a Chiara para encerrar seu sofrimento. Ela tomou uma injeção pacificamente enquanto eu cantava uma música no seu ouvido. Fiquei reconfortado por ter estado lá com ela. E vida que segue. Alguns anos depois, num curso de Processamento de Memórias, a cena me voltou como um flash e eu pude, finalmente, chorar a tristeza de ter passado por aquilo. Pode-se dizer que a Gestalt, que estava aberta, se fechou: eu levei o luto no peito e pude, anos depois, encerrar aquela vivência. Essa é a base da Gestalt e das Constelações: chorar perdas, pedir desculpas, entender histórias pessoais e familiares. Realizar fechamentos de feridas.

“Ainda Estamos Aqui” é um filme sobre feridas abertas numa família de classe média, no início dos anos setenta. O ex deputado Rubens Paiva é levado de sua casa, sem intimação ou mandato judicial, para interrogatório por agentes à paisana. Foi o começo de uma via crucis de desinformação, angústia e perda da família de Eunice Paiva (trabalho fantástico, inesquecível, de Fernanda Torres), com a violência impressionante de um pai de família sendo abduzido de sua casa por suspeita de colaboração com a luta armada. E ele realmente colaborava e protegia amigos perseguidos pela Ditadura Militar. Mas nunca participou da luta armada.

Vou fazer um micro spoiler, que eu espero que incentive as pessoas a verem esse filme lindo de Walther Salles: algumas décadas depois do desaparecimento de seu pai, a família se reúne para recuperar fotos e lembranças para Marcelo, tetraplégico desde a adolescência por um acidente de mergulho, escrever o livro que deu origem ao filme. No final do almoço, Marcelo conversa com a irmã, sobre quando sepultaram internamente seu pai, realizando que não voltaria: Marcelo quando viu sua mãe doar as roupas de seu pai, sua irmã quando eles saíram meio fugidos do Rio de Janeiro, para reconstruir a vida em São Paulo. Cada um com seu tempo.

O Luto sem fechamento talvez seja dos mais dolorosos de todos. O parente desaparecido. O pai que abandona a família e some no mundo. O crime que oculta a verdade sobre uma morte. Por mais que, racionalmente, as pessoas envolvidas saibam que a pessoa não vai voltar, tem um tipo de Memória que sempre vai deixar uma esperança de que ela vai retornar. Cada toque no telefone pode ser quem eu estou esperando. A Gestalt não se fecha. O Luto fica sem fechamento, muitas vezes por toda a vida. Tem um filme de um cachorro que passou o resto de sua vida indo para uma estação de trem esperar seu dono, que tinha morrido. Esse é o aspecto mais doído do luto sem fechamento: é a espera eterna.

“Ainda Estamos Aqui” é a celebração de uma família que, através da força inacreditável da mãe e do amor que unia a todos, resistiu à tragédia, à violência e à falta de sentido para buscar justiça e fechamento das feridas. Na sala lotada que eu assisti o filme, aplaudimos o mesmo por alguns minutos. Com meus olhos embaçados de lágrimas.   

 

Marco Antonio Spinelli -médico, com mestrado em psiquiatria pela Universidade São Paulo, psicoterapeuta de orientação junguiana e autor do livro “Stress o coelho de Alice tem sempre muita pressa”



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