Professor universitário e psicólogo
explica como problema pode ser tratado. Dia 2 de janeiro é o Dia Mundial do
Introvertidopexels
Ano novo chegando e, com ele, também chegam novos desafios, que podem ser ainda mais difíceis para quem é tímido. Alunos que trocam de escola, adolescentes que mudam de cidade para estudar, trabalhadores que iniciam carreiras em novos empregos... Como superar a timidez excessiva – mesmo na fase adulta - e se integrar a estes novos grupos e fazer novos amigos nestas ocasiões?
A notícia boa é que tem jeito. Mestre em psicologia, Juliano Trindade é professor das unidades curriculares "Desenvolvimento Humano" e "Análise e Modificação do Comportamento", na Faculdade Una Lafaiete e é ele quem dá 5 dicas básicas para quem precisa encarar a questão de frente e aprender a superá-la. A faculdade integra o Ecossistema Ânima de ensino, na Região Central de Minas Gerais.
“A timidez pode ser vista como um padrão de comportamento que muitas pessoas possuem e esse padrão pode se tornar um problema quando ele começa a acometer a vida da pessoa em um nível muito significativo, ou seja, quando ele começa a trazer prejuízos na rotina desta pessoa”, alerta Trindade.
1 – Identificando
o excesso de timidez - “A timidez pode levar ao isolamento social, à
evitação ou a fuga de oportunidades importantes como, se candidatar a uma
entrevista de emprego, ou ir a eventos sociais. Aí sim é hora de se preocupar.
Além disso, observe quando a timidez começa a gerar sentimentos de frustração e
dificuldade para se conectar com as outras pessoas, mesmo no seu ciclo social
ou em outros ciclos”. De acordo com o professor da Una Lafaiete, se a timidez
estiver impedindo a pessoa de viver de forma mais plena e confiante, é
importante procurar maneiras de lidar com isso de uma forma mais assertiva.
2 – Vencendo
a timidez sozinho - “Existem técnicas, sim, que fazem com que a gente
trabalhe a timidez de forma individual. Uma dessas técnicas é enfrentar seus
medos de forma gradual. Isso significa que a gente deve começar com as
interações sociais mais simples, como cumprimentar alguém ou iniciar uma
conversa, mesmo que breve. Aos poucos, vá enfrentando situações mais
desafiadoras, como falar em um grupo ou em público. Isso ajuda a diminuir os
sinais e sintomas de ansiedade e aumentar a sua confiança”, sugere o professor.
3 – Reformule
seus pensamentos – “A maioria dos nossos pensamentos são automáticos,
rápidos e, muitas vezes, negativos e distorcidos. Como, por exemplo, acha que
as outras pessoas vão julgar o tímido ou que ele não é uma pessoa interessante.
A gente deve desafiar esses pensamentos. Lembrando-se que todos nós temos
inseguranças”, lembra. Um caminho importante para enfrentar isso é tornar os
pensamentos mais equilibrados, como por exemplo, compreendendo que todos
cometem erros e isso faz parte do aprendizado. “Isso é uma tarefa diária que
pode ser reforçada todos os dias”, indica. E por último, Trindade indica a
prática de técnicas de relaxamento. “Antes de enfrentar uma situação social que
causa ansiedade ou sinais e sintomas de ansiedade é interessante respirar
profundamente e de forma bem controlada. Isso faz com que a gente fique mais
calmo para lidar com as dificuldades”.
4 – Hora
de procurar um profissional – O profissional de Psicologia vai identificar
as causas, as raízes desse problema e desenvolver estratégias junto a essa
pessoa. “Este profissional vai conseguir traçar um plano terapêutico para
auxiliá-la e também recomendar um tratamento adequado que pode incluir também a
ajuda de outros profissionais”.
5 – Adulto
tem jeito? – “É totalmente possível conseguirmos vencer a timidez na fase
adulta. Para isso algumas estratégias podem ajudar bastante, que é o
enfrentamento gradual. Comece com pequenas interações sociais e aumente a dificuldade
aos poucos. E redirecione o foco: em vez de se preocupar com o que os outros
pensam, concentre-se na conversa, em ouvir o que o outro está dizendo, isso
reduz os sinais e sintomas de ansiedade e melhora a interação”, ensina o
professor da Una Lafaiete. No mais, é importante sempre buscar o aprendizado.
Afinal, ninguém nasce sabendo e viver é aprender a todo momento. “Pratique a
assertividade, aprenda a expressar suas opiniões e necessidades de forma clara
e respeitosa, isso ajuda a construir a autoconfiança e facilita também para que
as relações sejam mais saudáveis”, explica.
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