Há tempos, temas relacionados ao meio ambiente,
questões sociais e de governança têm norteado o posicionamento de empresas ao
redor do mundo. A sigla ESG (Environmental, Social and Governance) tem sido
cada vez mais urgente e inevitável para governos e companhias no decorrer dos
anos. Neste cenário, destacam-se como atores principais e essenciais os
consumidores Millennials e da Geração Z.
Não à toa, os consumidores mais jovens são
considerados os mais conscientes. Dados da pesquisa Millenium Survey apontam
que 42% da geração Z prefere empresas com práticas ESG e 38% deixaria de
comprar produtos de marcas que tenham má influência no meio ambiente. Para essa
geração composta por nativos digitais ter o compromisso com questões ambientais,
sociais e éticas é primordial e cada vez mais urgente.
Tal mudança de comportamento chamou a atenção das
empresas, obrigando-as a se atentarem aos novos hábitos de consumo. Além disso,
a adoção das práticas de ESG são fundamentais para garantir não apenas a
transformação necessária ao meio ambiente e à sociedade, como também atender a
um consumidor que já não tolera marcas que não se posicionam.
Reflexos de tais mudanças podem ser observados no
mercado de ações, por exemplo, no qual empresas sustentáveis têm registrado
grandes ganhos e apostado em um movimento importante: a transição da gestão
empresarial para uma mais consciente e sustentável. E, de fato, a força motriz
para tal mudança é a geração Z. Isso acontece, pois, caso as empresas não se ajustem
à agenda ESG, correm o sério risco de não sobreviverem no longo prazo.
À medida que os mais jovens começam a ocupar cada
vez mais espaço no mercado de consumo e trabalho, mais as empresas se sentem
pressionadas a responder às demandas relacionadas a esse grupo. E se tem algo
que é muito característico nas pessoas dessa faixa etária é a sua consciência
socioambiental. A geração Z quer ver as empresas se alinhando aos princípios
ESG, e se posicionar de forma favorável e coerente tende a trazer ainda mais valor
para a marca.
Para os próximos anos, espera-se que o ESG continue
ativamente na agenda de companhias dos mais variados tamanhos e segmentos. Além
disso, para se manter relevantes, as empresas precisam deixar de lado os
modelos antigos de gestão, com foco apenas em resultados, e adotar uma visão
centrada na conexão com consumidores, que vê as pessoas de modo mais holístico.
As marcas precisam levar seus produtos e serviços
para onde está concentrado o seu público alvo, adaptando-se não somente às
demandas, como também às exigências apresentadas por seus consumidores. Aqui
falamos de gerar conexão genuína. Quando determinada marca investe na adaptação
de linguagem e postura e transforma isso em posicionamento coerente, as chances
de sucesso e conversão são, na maioria das vezes, imensas.
Filipe Ratz - CEO e Diretor Executivo da Pira, empresa especializada na criação e realização full service de projetos, com foco no mapeamento de oportunidades e dados de consumo sobre a geração Z, cujo propósito é conectar marcas e comunidades digitais. Filipe é reconhecido pela contribuição em mudar a forma com que se faz conteúdo e comunicação digital no país na última década. Responsável pela primeira transmissão ao vivo realizada no YouTube Brasil, em 2010, Filipe ajudou a desenvolver o workflow e a tecnologia que foram utilizados pelos maiores artistas e criadores de conteúdo nos últimos anos, com a ascensão das Lives no Brasil. Sua experiência em audiovisual e conteúdo o fizeram fundar um dos maiores canais do YouTube brasileiro, o FitDance, no qual atuou como co-founder e ajudou a criar uma audiência de mais de 30 milhões de inscritos.
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