Mais do que produzir remédios, a indústria
farmacêutica tem se mostrado vital para a sociedade no que condiz a saúde e
cuidados. Essa percepção ganhou força principalmente com os impactos da
pandemia, que colocou o setor diante de uma verdadeira corrida contra o tempo
para realização de pesquisas e fabricação de vacinas e medicamentos para
combater a crise sanitária. E, para obter tais resultados em tão pouco tempo, a
tecnologia teve um papel importante nessa jornada.
Analisando do ponto de vista mercadológico, a
indústria farmacêutica segue tendo um desempenho expressivo. Segundo uma
pesquisa da Interfarma, nos últimos cinco anos, o setor apresentou uma alta de
62% no faturamento, totalizando R$ 146,7 bilhões em vendas. Os dados
refletem o atual momento vivido pelo segmento, cujo foco está em atender as
demandas individuais da população levando em conta as mudanças de hábitos e
comportamento da sociedade que impactam diretamente o seu desempenho.
Nessa perspectiva, precisamos enfatizar que a
indústria farmacêutica, diferentemente de outros setores, tem a obrigatoriedade
de seguir um rigoroso protocolo de controle que abrange desde a fabricação até
a distribuição dos medicamentos – além de ter como desafios principais a serem
superados o combate à falsificação de medicamentos através da codificação e
rastreabilidade destes.
Sendo assim, algumas tecnologias são capazes de
ajudar nesse processo, confira as que mais têm se destacado:
# 1 Blockchain: desde 2018, essa tecnologia vem ganhando força. O mecanismo de
armazenamento de dados garante a segurança e transparência no compartilhamento
de informações de forma que possam ser auditadas.
# 2 Big Data: ter acesso e disponibilidade a informação faz toda a diferença. Sendo
assim, através dessa tecnologia, é possível copilar uma alta quantidade de
dados da população – desde aspectos regionais e geográficos até a elaboração de
pesquisas acerca de hábitos comportamentais e concorrência.
# 3 Inteligência Artificial
(IA): é esse o recurso que possibilita a captação das
mais variadas informações. O seu funcionamento próximo ao raciocínio humano
ajuda na condução de pesquisas e análises preditivas, bem como na mitigação de
riscos logísticos.
# 4 Manufatura aditiva: conhecida por ser um sinônimo da impressão em 3D, esse recurso trata-se
da criação de objetos a partir de um modelo virtual. No caso da indústria
farmacêutica, esse método pode ajudar na realização de testes a fim de
comprovar a eficácia do medicamento em questão.
# 5 Realidade estendida: acompanhando o princípio da manufatura aditiva, a realidade estendida
potencializa a mesclagem entre o mundo físico e virtual, permitindo uma
experiência ainda mais digital para os usuários.
# 6 Terapia digital: a pandemia trouxe tendências para ficar. Dentre elas, a prática de
cuidados home care, consultas onlines entre outros recursos, são ações que
auxiliam no aperfeiçoamento da comunicação e na agilidade da prestação de
atendimentos.
# 7 Internet das coisas (IOT): é ela quem concilia todo o aspecto produtivo, ajudando na integração da
cadeia de produção, no atendimento e suprimento das demandas que seguem
crescendo em alta escala, facilitando o equilíbrio dos processos.
É importante destacar que a medida em que a
humanidade vai se desenvolvendo e evoluindo, novas demandas surgem e exigem o
imediatismo e agilidade frente a atual realidade. Por sua vez, a pandemia pode
ser considerada um verdadeiro guia nesse processo, pois apresentou como a
tecnologia é a principal aliada ao setor. Esse preparo, por exemplo, pode ser
aplicado na prática com os conflitos da Guerra da Ucrânia e tantos outros.
Mas, mesmo diante de tamanhos recursos dispostos
com a tecnologia, a indústria farmacêutica ainda tem diversos desafios a serem
superados pela frente. Diante disso, é importante ressaltar que a eficácia da
implementação dessas tecnologias dependerá do quão bem estruturada a fábrica
estiver. Nesse cenário, contar com o apoio de um sistema de gestão aliado as
melhores práticas do mercado, certamente fará toda a diferença na obtenção de
resultados ainda mais expressivos.
A indústria farmacêutica cada vez mais seguirá
evoluindo nos aspectos de conectividade e interatividade com novas tecnologias
que acompanham a evolução da Indústria 4.0 e sua transição para a 5.0. Contudo,
cabe destacar que o seu sucesso dependerá de um conjunto de práticas que
impactem desde a gestão, comprometimento com o ESG, até o apoio de medidas
governamentais que apoiem seu desenvolvimento. Nessa jornada, precisamos dizer
que a tecnologia sempre irá ajudar, mas nunca irá substituir o papel do ser
humano.
João Pires - executivo de Vendas da SPS Group. Formado em Marketing e Gestão Comercial pela UMESP, possui mais de 15 anos de experiência em vendas complexas, apresentando soluções das mais avançadas tecnológicas para organizações de todos os setores da economia.
SPS Group
https://spsconsultoria.com.br/
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