Aumentar o acesso à educação online para mulheres
pode melhorar suas oportunidades econômicas e ajudá-las a desenvolver novas
habilidades e a entrar em novas carreiras, de acordo com um relatório produzido
em conjunto com a Corporação Financeira Internacional (IFC), membro do Grupo do
Banco Mundial. De acordo com o estudo, 40% das mulheres que aprendem online
produzem ganhos para a economia e podem agregar até US $14 bilhões em valor à
educação online globalmente até 2026.
Este novo relatório intitulado "Mulheres e o
Ensino Online em Mercados Emergentes", desenvolvido em parceria com a
plataforma global de aprendizado online Coursera e a Comissão Europeia, analisa
os dados do Coursera para quantificar a participação das mulheres no
aprendizado online, identificar barreiras para uma maior participação e
oferecer recomendações para os setores público e privado para melhorar as
oportunidades e resultados ao longo da vida para as mulheres.
Nicole Amaral, líder de transformação de
habilidades para a América Latina e o Caribe no Coursera, afirma: “Nosso estudo
mostrou que dar às mulheres acesso aprimorado ao treinamento online pode criar
novas perspectivas de carreira e tornar a força de trabalho mais diversificada
e competitiva. Isso, por sua vez, pode potencialmente resultar em novas vagas
de emprego e crescimento econômico no Brasil. Esperamos que nossa
pesquisa estimule governos, empresas e líderes acadêmicos a agir e que líderes
introduzam iniciativas que possam ajudar a combater alguns dos principais
problemas enfrentados pelas mulheres no Brasil, como acesso gratuito à banda
larga, opções de educação continuada mais flexíveis e mais oportunidades de
emprego”.
Juan Gonzalo Flores, Country Manager da IFC México,
comenta: “As mulheres estão no centro dos esforços de recuperação após a
pandemia de covid-19. As perdas de empregos para as mulheres latino-americanas
foram 2,5 vezes maiores do que para os homens, e a recuperação foi lenta. Este
estudo mostra que a educação online oferece uma ferramenta conveniente para
ajudar as mulheres a encontrar novos empregos, bem como ajuda a criar novos
empregos, muito necessários para a economia. Na IFC, estamos comprometidos em
investir em tecnologias que moldarão o futuro da educação e gerarão dividendos
para todos”.
No Brasil, o acesso à educação é fundamental para
impulsionar melhores condições socioeconômicas.
Um relatório do Banco Mundial aponta que no país ter um diploma
universitário (em comparação com apenas ter completado o Ensino Médio)
significa, em média, um salário 125% mais alto. Da mesma forma, um estudo da
ANPEC aponta que quem conclui um curso profissionalizante de nível básico
ganha, em média, 37% a mais do que quem não fez.
Aprendizado online pode levar
a resultados de carreira em mercados emergentes.
- Cerca
de um terço das alunas entrevistadas disseram que encontraram um novo
emprego, abriram um negócio ou melhoraram seu trabalho ou desempenho nos
negócios depois de fazer cursos online.
- 22%
das mulheres viram um aumento em sua renda, quase 40% das quais relataram
um aumento de 10% ou mais.
-
Quase metade (47%) dos alunos que ingressaram no Coursera para iniciar ou
expandir seus negócios conseguiram fazê-lo – e homens e mulheres
alcançaram resultados iguais.
-
A educação online produz ganhos dentro da economia mais ampla por meio de
efeitos diretos e indiretos: um emprego é criado para cada 30 pessoas
treinadas no Coursera nos quatro países em foco.
O aumento da demanda por
aprendizado online provavelmente sobreviverá à pandemia.
-
Durante a pandemia, a participação das mulheres no ensino online
globalmente saltou de uma média de 39% nos três anos anteriores para 45%
em 2020 e 2021.
-
Quase todos os alunos disseram que planejam continuar aprendendo online
(75%) ou em formato misto (24%) após a pandemia.
Mulheres e outras populações
carentes veem o aprendizado online como algo mais acessível que a educação
presencial.
- Enquanto
na América do Norte e na América Latina as mulheres representam
aproximadamente metade dos alunos online, globalmente há lacunas na
participação das mulheres. As mulheres representam apenas 32% dos alunos
da plataforma na África, 34% no Oriente Médio e 39% na Ásia-Pacífico.
- 45%
das mulheres e 60% das cuidadoras disseram que teriam que adiar ou interromper
os estudos se o aprendizado online não fosse uma opção.
- Quase
metade dos alunos pesquisados relatou ter baixa renda.
- Entre
os alunos no México e na Índia que se identificaram como lésbicas, gays,
bissexuais, transgêneros ou queer (LGBTQ+), 40% disseram que eram mais
propensos a fazer perguntas e mais da metade (51%) eram mais propensos a
expressar suas opiniões online em comparação com aulas tradicionais.
- 17%
de todos os alunos se identificaram como deficientes, relatando uma leve
preferência pelo ensino híbrido.
Embora a pandemia tenha impactado o setor
educacional, principalmente nas economias emergentes, ela também trouxe mais
alunos para o e-learning. O relatório diz que mais mulheres se inscreveram nos
cursos do Coursera do que antes da pandemia e o aprendizado online permitiu que
40% das mulheres e 60% das cuidadoras tivessem acesso a uma educação que de
outra forma não teriam.
Globalmente, um emprego é criado para cada 30
pessoas treinadas no Coursera nos quatro países-alvo, de acordo com a análise.
A melhoria das competências e qualificações cria novos postos de trabalho por
meio da criação de novas empresas. Da mesma forma, novos empregos são gerados
indiretamente, por meio do aumento do consumo e das atividades econômicas
atribuídas ao aumento da renda.
O estudo se baseia em dados de usuários de quase 97
milhões de alunos do Coursera em mais de 190 países, pesquisas com cerca de 10
mil alunos globais e entrevistas com mais de 70 alunos globais e especialistas
do setor.
Para mais informações sobre o relatório, por favor
visite www.ifc.org/digital2equal.
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