Quando diagnosticado em estágio inicial e tratado em centros especializados, as chances de cura da doença superam 90%
O Hospital do GRAACC,
referência no tratamento de casos de alta complexidade do câncer
infantojuvenil, acaba de elaborar uma cartilha digital (https://bit.ly/retinoblastoma-graacc)
e uma campanha para as redes sociais (#UmFlashSalva) com informações sobre
alguns sinais de alerta para diagnóstico do retinoblastoma, câncer ocular
infantil que registra cerca de 250 novos casos diagnosticados por ano, de
acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Se detectado em estágio
inicial e tratado em centros especializados, as chances de cura passam de 90%.
"O diagnóstico
precoce é imprescindível em qualquer tipo de câncer, pois quanto mais cedo for
descoberto maiores são as chances de cura. No caso do retinoblastoma, em mais
de 60% dos casos, o tumor pode causar leucocoria, que é um reflexo anormal da
pupila quando exposta à luz conhecido como ‘reflexo do olho de gato’. É
perceptível em fotos com flash por meio de um brilho branco diferente no olho
da criança", comenta a Dra. Carla Macedo, oncologista pediátrica do
GRAACC.
O Hospital do GRAACC
possui um dos mais modernos centros de tratamento do retinoblastoma, comparado
aos principais serviços existentes em países da Europa e nos Estados Unidos.
Experiência de 10 anos na aplicação da quimioterapia intra-arterial,
procedimento minimamente invasivo que injeta a medicação diretamente na artéria
oftálmica agindo direto no foco da doença, com mais de 1500 quimio-cirurgias
realizadas. "Esse procedimento, juntamente com a quimioterapia sistêmica,
quimioterapia intraocular e as demais técnicas de tratamento local, reduz, em
média, para 20% as necessidades de enucleação, que é a remoção do globo ocular",
afirma Dr. Luiz Teixeira, oftalmologista do GRAACC.
CAMPANHA
Com o conceito
#UmFlashSalva, a campanha convida influenciadores, entre fotógrafos, pais e
mães de crianças pequenas a usarem as mídias sociais para conscientizarem a
população sobre como identificar de forma precoce a doença. Partindo de um
elemento cotidiano da vida das pessoas, o flash da câmera fotográfica, os
influenciadores trarão situações do dia a dia com dicas de como usar o flash
como ferramenta do diagnóstico.
A ideia é mostrar que
o câncer infantil de olho pode ser diagnosticado por meio de uma simples foto
com flash, bastando prestar atenção no aspecto do olho da criança ao ter
contato com o flash. Todas as postagens serão repostadas no Instagram do GRAACC
disseminando o conceito da importância do diagnóstico precoce. A campanha
também terá o reforço de uma personagem infantil de peso. Em parceria com a
série Show da Luna!, o GRAACC vai trazer em seu canal no Instagram a personagem
e sua família em um tutorial simples e lúdico, que mostrará que um flash pode
fazer muito mais do que apenas iluminar fotos.
Os TikTokers também
foram convidados para fazer o desafio da dança com o flash do celular ligado. A
ideia é viralizar a ação para que as pessoas sigam esse movimento e, principalmente,
descubram que existe uma campanha de conscientização além da performance de
dança proposta, usando a popularidade da rede social em prol do combate do
câncer infantojuvenil.
PRINCIPAIS SINTOMAS
Os cuidados com os
olhos, desde os primeiros dias de vida da criança, são fundamentais. "O
exame de fundo de olho é o mais indicado na rotina de consultas com o pediatra
para diagnosticar em estágio inicial qualquer alteração ocular nos bebês.
Independente do surgimento ou não de sintomas aparentes é muito importante
também que pais e responsáveis levem a criança para avaliação de um
oftalmologista no primeiro ano de vida", alerta a oncologista pediátrica.
Alguns sintomas podem
revelar alterações oculares que devem ser investigadas. Os mais comuns são:
Reflexo branco na
pupila:
(reflexo do olho de gato). Pode ser percebido quando o olho da criança aparece
com um brilho branco diferente em fotos tiradas com flash e, também, por meio
de um exame oftalmológico. É considerado um dos principais sinais de retinoblastoma.
Estrabismo: desvio ocular que
pode acontecer por conta da fraqueza do músculo que controla o movimento do
olho, sendo o retinoblastoma uma das raras causas.
Proptose: deslocamento anterior
do olho na cavidade da órbita.
Outros sinais também
merecem atenção como, por exemplo: problemas de visão; aumento do tamanho do
olho, dor nos olhos; vermelhidão da parte branca do olho e sangramento na parte
anterior do olho.
TRATAMENTO
Como centro de
referência no tratamento do câncer infantojuvenil, o Hospital do GRAACC possui
equipe multidisciplinar especializada e todas as modalidades terapêuticas
necessárias: quimioterapia intravenosa, quimioterapia intra-arterial,
intravítrea, braquiterapia, laser e crioterapia.
"Um dos grandes
avanços no combate ao retinoblastoma é a quimioterapia intra-arterial. Um
microcateter é introduzido, normalmente em um acesso na virilha, e por meio de
micronavegação é posicionado na artéria oftálmica do olho onde será injetada a
medicação quimioterápica que tem concentração 80 vezes maior que a
quimioterapia sistêmica. Geralmente são suficientes de 3 a 5 sessões para a
remissão do câncer", explica Dra. Carla.
O tratamento varia de
acordo com cada caso e pode contemplar também: quimioterapia sistêmica que
combina medicamentos administrados por via oral ou intravenosa;
radioterapia; braquioterapia com dispositivos contendo material radioativo;
terapia a laser; crioterapia e, como último recurso, a enucleação para a
extração cirúrgica do globo ocular.
RETINOBLASTOMA
Apesar de raro, é o
tipo mais comum de câncer no olho em crianças, independentemente de sexo ou
etnia. É formado na retina e 95% dos casos ocorre em crianças de até 5 anos. A
maioria dos casos o retinoblastoma é unilateral, ou seja, se manifesta em
apenas um dos olhos. 30 a 40 % restantes afetam os dois olhos (bilaterais).
Também pode ser hereditário, o que ocorre em aproximadamente 40% dos casos.
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