Chegar no fim do mês sem ter recursos financeiros para quitar as dívidas é uma das preocupações que mais prejudica o sono de muita gente, não é mesmo? O número de famílias endividadas no país alcançou, em abril, 67.5%, segundo Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Pois é, a situação financeira de um indivíduo pode sim influenciar diretamente na sua saúde mental e acabar prejudicando outras áreas da vida. Mas, também é totalmente possível reverter esse quadro com ajuda médica e, claro, educação financeira.
"Um dos
principais problemas financeiros de quem sofre quando a conta não fecha no azul
é a falta de controle e a dificuldade de assimilar tudo o que se ganha versus o
que se gasta", explica Luciana Ikedo, assessora de investimentos, CEO e
fundadora do escritório Ikedo Investimentos . "Muitos acabam se excedendo e ficando no
negativo sempre, e é isso que leva ao endividamento", reforça Ikedo. Esse
é um problema que parece ser apenas com o dinheiro mas, que pode desencadear
outros riscos. São exemplos de problemas financeiros: a compulsividade e
confundir a necessidade com o desejo.
A boa notícia é que a
mudança de hábitos pode ser uma grande aliada nesses casos. E, como toda
mudança, tal atitude pode ser difícil no começo mas, é preciso insistência. A
especialista relaciona algumas dicas que podem ajudar nesse equilíbrio entre a
saúde mental e a financeira, confira:
• Procure enxugar os
seus gastos. Comece cortando supérfluos do orçamento e oxigene a sua
renda. Dessa forma será possível voltar a fazer planejamentos e sonhar com
objetivos mais plausíveis que proporcionem uma satisfação muito mais duradoura.
Para que você tenha uma vida financeira equilibrada, a regra de ouro é: gaste
sempre menos do que você ganha. E esse ajuste orçamentário precisa ser feito
já, visando não só a sua saúde mental, mas também o seu bem-estar financeiro e
a busca por seus objetivos.
• Evite gastar em
busca de compensação emocional. Algumas pessoas também gastam para contrabalançar
algum tipo de frustração ou outro problema. A lógica é sempre a mesma: "se
eu trabalho demais, vou comprar por que eu mereço" ou "quando eu
consigo um bom resultado profissional, vou comprar porque estou feliz", e assim
por diante em uma armadilha mental que quase sempre resulta em um desastre
financeiro. Para não cair nessas armadilhas e retomar o controle da sua vida
financeira, prezando também pela saúde emocional, é importante avaliar
realmente o que está por trás da decisão de compra. Saia do lado emocional e
parta para o lado racional.
• Faça um orçamento e
tenha controle sobre os ganhos e gastos. É imprescindível que você traga o dinheiro para
um patamar controlável e que pode gerar mais tranquilidade e evitar que esses
problemas ocorram. "Tenha consciência de que a liberdade financeira vai
proporcionar muitas oportunidades e realização de sonhos mas, é você quem
controla o dinheiro e não o contrário. Entenda que é mandatório que você
assuma, hoje mesmo, as próprias rédeas das suas finanças e consiga contornar
situações adversas", finaliza a especialista.
Luciana Ikedo - Assessora de investimentos, CEO e fundadora do escritório
Ikedo Investimentos. Possui certificações CFP®, CPA-20 e 25 anos de experiência
nas áreas de finanças e investimentos; MBA Internacional em Gestão Empresarial
pela FGV e em International Strategic Business Leadership Paths to the Future
da Universidade de Ohio; MBA em Finanças e Gestão de Pessoas pelo Insper e em
International Business Immersion na Universidade de Tampa, na Flórida.
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