Projeto
piloto de reabilitação foi realizado em cinco hospitais do SUS e demonstrou
resultados importantes na recuperação da independência motora e funcional de
pacientes pós Covid-19Crédito do foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Os primeiros resultados do projeto
piloto “Reabilitação pós-Covid-19” apontam que os pacientes que tiveram
Covid-19 podem ter uma melhora condição motora e funcional no Sistema Único de
Saúde (SUS). Após três visitas e dois encontros virtuais em cinco hospitais do
SUS, localizados nas cinco regiões do país, entre novembro/2020 a
dezembro/2020, para avaliar o desempenho na assistência hospitalar em pacientes
pós-Covid-19, possibilitaram um resultado no aumento de 26% na evolução dos
pacientes em relação a independência motora e funcional. Além de elevar para
120% o valor agregado da internação até a alta de cada paciente, ou seja, mais
qualidade nos serviços de saúde prestados e melhor experiência vivida por eles.
“O nosso objetivo é proporcionar mais
qualidade de vida aos nossos usuários, principalmente àqueles que ficam
debilitados, acometidos pela Covid-19 e outra doença crônica associada,
diminuindo assim o aparecimento de novas patologias indesejáveis”, comenta o
secretário de Atenção Especializada à Saúde, Luiz Otavio Franco Duarte.
A iniciativa é do Ministério da
Saúde, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do
Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), executada pelo Hospital Sírio Libanês. Os
projetos implementados no Hospital Geral de Fortaleza (CE), Hospital de Base
(DF), Hospital Municipal de Contagem (MG), Hospital Geral de Palmas (TO) e
Hospital Geral do Trabalhador (PR), tem como objetivo trabalhar a reabilitação
de pacientes críticos pós Covid-19, implementar a alta segura, o giro de leitos
e promover a retomada segura das atividades hospitalares eletivas no SUS.
O Hospital Geral de Fortaleza, no
Ceará, implementou 97% das ações planejadas e conseguiu atingir 60% de evolução
geral. Já o Hospital Municipal de Contagem, me Minas Gerais, conseguiu implementar
74% das ações do projeto e mostrar um quadro de evolução de 267% geral nos
serviços de saúde prestados.
Um dos desafios do projeto é
implementar o trabalho das equipes multiprofissionais e capacitar esses
profissionais em meio a pandemia. Na fase piloto, cerca de 250 profissionais
foram capacitados em mais de 320 horas de troca de conhecimento mútuo.
O “Reabilitação pós-Covid-19” tem
duas fases, a primeira tem duração de dois meses de intervenção e a segunda
consiste em quatro meses de monitoramento. A equipe de intervenção é composta
por: médico, especialista em gestão hospitalar, fisioterapeuta, nutricionista,
enfermeiro, fonoaudiólogo e assistente social.
Para realizar esse projeto, foi
utilizada a filosofia Lean e ferramentas como, o plano de resposta hospitalar,
o Round interdisciplinar e também as cartilhas de apoio.
O projeto se mostrou necessário e foi
muito bem recebido pelas instituições participantes. Ele continuará no próximo
triênio 2021-2023 e deverá atender dez hospitais por ano.
Ministério da Saúde
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