Alimentos
industrializados podem e devem fazer parte da sua dieta
A ciência e a
tecnologia dentro da indústria vêm se desenvolvendo de forma ágil, com
processos rigorosos de análises que comprovam a qualidade nutricional do
alimento e garantia para o consumo, são bilhões em investimento por ano com
ações transformadoras direcionadas para ampliação do valor nutricional dos
produtos, sustentabilidade da produção, pesquisas, implementação de novas
tecnologias, equipamentos e profissionais.
Quando o assunto é
alimentação saudável, se engana quem pensa que o ideal é comer apenas salada.
Uma boa alimentação está relacionada à ingestão equilibrada dos nutrientes
necessários para suprir nossas demandas diárias. Aquele biscoito recheado ou
coberto com chocolate, a macarronada e o sanduichinho no meio da tarde podem e
devem fazer parte da sua dieta!
De acordo com Maria
Julia Coto, consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de
Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI) "Os benefícios de
uma alimentação saudável não vêm de componentes isolados, mas sim da combinação
de nutrientes de uma refeição, portanto, não podemos ‘vilanizar’ e
excluir nenhum alimento específico", explica.
De acordo com a
nutricionista, o essencial é comer de forma equilibrada, garantindo o
bom funcionamento do corpo e alma, além de ser um dos fatores de prevenção para
algumas enfermidades, como obesidade, doenças do coração, pressão alta, entre
outras
Se considerarmos o
Guia Alimentar, documento oficial do Ministério da Saúde, que aborda os
princípios e recomendações de uma alimentação adequada e saudável, a
classificação atual dos alimentos mantida pelo documento os divide de acordo com
seu grau de processamento - divisão que encontra bastante controvérsia no meio
científico.
A categoria de
ultraprocessado, por exemplo, teria cinco ou mais ingredientes e por isso
prejudicaria a saúde e deveria ser evitado em uma dieta saudável. Vale destacar
que pesquisas conceituadas já mostraram que existem alimentos que são
classificados na 'categoria ultraprocessados' e que são feitos industrialmente
de forma semelhante a preparações culinárias caseiras, além de não existir
nenhuma evidência de que o valor nutricional e a saudabilidade de um alimento
estejam relacionados a uma menor quantidade de ingredientes.
De acordo com Claudio
Zanão, presidente-executivo da ABIMAPI, o uso dessa definição equivocada para
afirmar que os alimentos industrializados são inadequados, condena, de forma
genérica, centenas de produtos alimentícios existentes no mercado brasileiro
que são lícitos, certificados e aprovados para consumo. "É importante que
associemos a industrialização dos alimentos como algo positivo, um processo que
veio para melhorar o bem-estar das pessoas, trazendo mais conveniência e
segurança para o dia a dia. Além de ressaltar que os determinantes da qualidade
da dieta são os tipos e quantidades específicas de alimentos consumidos e não o
seu nível de processamento", ressalta.
Visando uma sociedade
saudável é necessário disponibilizar ao consumidor, para que exerça o seu
direito de escolha, informações verdadeiras e confiáveis, elaboradas por
pesquisadores que dominam os aspectos científicos e tecnológicos relacionados
ao processamento de alimentos.
ABIMAPI
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