O ajuste abaixo da inflação nos últimos anos da Tabela Progressiva de Imposto de Renda Pessoa vem fazendo com que cada vez menos brasileiros estejam isentos de realizar essa declaração e consequentemente recolher esse tributo.
Isso onera
principalmente os bolsos de uma parcela da população que ganha menos e que
antes não eram obrigadas a declarar o Imposto de Renda Pessoa Física e agora
passam a ser.
Segundo análise do
diretor executivo da Confirp Consultoria Contábil, Richard Domingos, entre
janeiro de 1996 e dezembro de 2020, a tabela progressiva do imposto de renda
foi corrigida 111,5% (era R﹩900,00 o valor em janeiro de 1996 e passou para R﹩ 1.903,98 atualmente).
"No mesmo período
a inflação medida pelo IPCA foi de 346,92% impactando em uma defasagem muito
grande. Ou seja, se a tabela tivesse sido corrigida pelos índices oficiais da
inflação, o limite de isenção atual de R﹩ 1.903,99 deveria ser
de R﹩ 4.022,24, ou seja, mais que o dobro", explica Richard
Domingos.
Outro ponto relevante
é que essa falta de atualização também impacta em outros valores relacionados,
para se ter ideia, a dedução das despesas com instrução que atualmente é de R﹩ 3.561,50, se fosse atualizado de acordo
com a inflação, seria de R﹩
7.597,56. Já as despesas com dependentes, que atualmente é de R﹩ 2.275,08, se fosse corrigido conforme a
inflação seria de R﹩ 4.826,68.
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