A quantidade de insumos na construção civil foi drasticamente afetada pela pandemia, o que acarretou principalmente no aumento do preço dos produtos pela baixa oferta e alta demanda. Mesmo diante de um cenário altamente preocupante, o setor vem se recuperando com o aumento da produção e as perspectivas são de conquistar seu maior crescimento histórico dos últimos oito anos.
Segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da
Construção (Cbic), o Produto Interno Bruto do segmento deve avançar 4%, após
ter sofrido um grande baque em 2020, com uma queda de 11,4%. Se transformarmos
esses dados em valores, podemos ver claramente as consequências que geraram
tanto temor e preocupação entre os profissionais do ramo. Em todo o país, o
Índice Nacional da Construção Civil (INCC), registrou uma alta de 17,72% nos
valores dos insumos entre janeiro e novembro. O estado do Mato Grosso do Sul,
por exemplo, foi um dos mais afetados por essa alta, com um reajuste de 40% no
preço do cimento e de 150% nos fios de cobre, segundo a Associação dos
Construtores de Mato Grosso do Sul (Acomasul).
Além de impactar diretamente o funcionamento do
setor, a falta de insumos também pode afetar o consumidor final, que poderá
pagar um valor maior pelo imóvel. Felizmente, o segmento vem lutando bravamente
para contornar essa crise com ações que busquem o reequilíbrio da balança entre
a oferta e demanda dos produtos e, principalmente, em aumentar os locais de venda
de insumos. Afinal, somente a construção civil é responsável por 7% do PIB
brasileiro – uma grande parcela da nossa economia que deve ser bem cuidada para
evitar ainda mais consequências negativas.
Como solução, vários estabelecimentos estão
apostando em diversas ações estratégicas para se recuperarem dos efeitos da
pandemia em 2020, como investir na digitalização para possibilitar o
atendimento online e o aumento das vendas de seus produtos para todo o país,
flexibilizando as negociações e adotando preços diferenciados para que consigam
crescer e se destacar diante da grande concorrência que será criada e
estimulada.
Com tantas ações empreendedoras, é notável o
aumento da percepção positiva para os profissionais do ramo, que antes se viam
extremamente preocupados, sem uma luz no fim do túnel. Os efeitos causados pela
pandemia ainda serão sentidos por muito tempo, mas com a volta da produção em
massa – e especialmente o início da vacinação – as perspectivas para o
crescimento do setor são animadoras.
As conquistas econômicas dessa volta agressiva na
produção serão enormes, especialmente com o aumento do interesse de diversas
pessoas em investir na movimentação do setor. Inclusive, essa pode ser uma
grande estratégia para os empreendedores que estão buscando se recuperar. Será
um processo lento, mas que a longo prazo, trará resultados positivos para a
construção civil – e principalmente para a economia do país. Vamos todos trabalhar
a todo vapor para fazer de 2021 um dos melhores anos da história da construção
civil no Brasil.
Wanderson
Leite - CEO da Prospecta Obras. Formado em administração de empresas
pelo Mackenzie, ele também é fundador das empresas ProAtiva, app de
treinamentos corporativos digitais, e ASAS VR, startup que leva realidade
virtual para as empresas.
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