Para
conscientizar a população sobre os riscos do câncer colorretal, a Sociedade
Brasileira de Coloproctologia (SBCP) criou a campanha “Setembro Verde”,
alertando sobre a gravidade dessa doença e a importância da prevenção e do
diagnóstico precoce. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estimam-se
17.380 novos casos para homens e 18.980 para mulheres neste ano de 2019. O
câncer colorretal é o segundo mais frequente em mulheres e o terceiro entre os
homens. “Existe uma discreta predominância no sexo feminino, porém não é
estatisticamente significante”, comenta Dra. Maria Bernadette Zambotto,
coloproctologista e prestadora de serviços no Hospital América de Mauá.
O
câncer colorretal pode atingir qualquer parte do intestino grosso, composto por
ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, sigmoide e reto.
“Na fase de pólipo (tumores benignos de até 3cm), tudo é absolutamente
assintomático. Portanto, a prevenção é mandatória. O mais importante é
saber que todo câncer começa pequeno e curável”, explica a doutora.
Os
sintomas da doença dependem do local de incidência: tumores no intestino grosso
inicial (que fica do nosso lado direito) costumam provocar anemia, já os
tumores no intestino grosso final (que fica do nosso lado esquerdo) provocam
sintomas como obstipação (ressecamento), evacuação difícil e sangue e muco nas
fezes.
O
Hospital América de Mauá oferece aos pacientes exame “Gold Standard”
(padrão ouro) para detectar e retirar pequenos pólipos. “No Hospital América, a
colonoscopia é de alta resolução, o que nos permite, com procedimentos
avançados, rastrear e tratar tumores por meio desse exame. Também contamos com
uma equipe de cirurgia coloproctológica para assumir os casos em que não é mais
possível utilizar apenas a colonoscopia”, ressalta Zambotto.
Em
2018, a Sociedade Americana de Câncer (ACS, sigla em inglês) reduziu de 50 para
45 anos a idade em que se deve iniciar o rastreamento de câncer colorretal, já
que a doença tem sido diagnosticada em indivíduos cada vez mais jovens.
“Dependendo do histórico familiar do paciente, esse ‘corte’ para 45 anos pode
ser ainda maior, isto é, a idade mínima para o início da investigação da doença
pode diminuir ainda mais. O câncer colorretal tem alta prevalência genética, o
que significa que descendentes diretos (filhos) de pessoas portadoras de câncer
colorretal devem fazer o rastreamento assim que os pais forem diagnosticados.
Indivíduos em linhagem horizontal (irmãos) também devem ser investigados e, como
medida de cautela, é fundamental investigar até a segunda geração (netos)”,
informa a coloproctologista.
Hábitos
de vida pouco saudáveis estão fortemente relacionados ao risco de doenças
neoplásicas (cânceres). No que se refere ao câncer colorretal, um grande fator
de risco é ter uma dieta inadequada, em que há alta ingestão de gorduras
animais, corantes, aromatizantes, defumados, baixo teor de fibras e pouco
consumo de água.
Dra.
Maria Bernadette Zambotto Vianna - coloproctologista, colonoscopista e prestadora
de serviços no Hospital América de Mauá | Cremesp 83319
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