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quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Prótese mamária: Entenda seus objetivos antes de realizar este procedimento



A cirurgia de aumento de mama ou mamoplastia, como também é conhecida, pode até parecer uma cirurgia simples e descomplicada, mas antes de tudo é preciso entender as razões que levam você a recorrer a este procedimento cirúrgico, que utiliza implantes para dar volume aos seios e também restaurar o volume mamário perdido após algum tratamento oncológico, como a mastectomia, ou perda de peso, gravidez ou, ainda, para tratamento estético.

O aprimoramento cirúrgico está cada vez mais avançado, contudo, o risco não é descartado. Por isso, é importante entender todo o procedimento antes de realizá-lo. A mamoplastia é uma cirurgia extremamente individual e deve ser feita para agradar o próprio paciente, no que o faz se sentir bem e confortável. Fazer esse tipo de escolha baseada em adaptar-se a algum tipo de imagem ideal, criada pela sociedade, ou para satisfazer a vontade de outra pessoa, não é aconselhável. O médico e a equipe profissional, responsáveis pelo procedimento, deverão informar todos os riscos e benefícios associados ao processo cirúrgico e o paciente quem deve decidir se os ricos e possíveis complicações estarão de acordo com seus objetivos.

Até o momento não existem trabalhos científicos validados de que as próteses têm impacto à saúde da usuária, a não ser as complicações inerentes à colocação e uso de próteses em si, mas é importante que antes do procedimento sejam realizados alguns exames como, por exemplo, mamografia, ultrassonografia de mamas e ressonância magnética, a fim de prevenir qualquer tipo de complicação durante e após a cirurgia. Para todos os efeitos, o mais importante é a sinceridade do paciente durante a consulta, pois existe um questionamento avaliativo para que o médico cirurgião ou mastologista autorizem o procedimento.

O papel do mastologista é saber orientar e avaliar qual paciente deve fazer uso de prótese, principalmente às que se encaminharem à mastectomia e também reconstrução de mamas. Hoje, existem nos hospitais mastologistas previamente orientados e aptos a fazerem essa cirurgia de remoção e reconstrução.

Após pesquisar sobre prótese mamária, cirurgia de aumento das mamas ou silicone, é possível que o paciente fique confuso, ansioso e com grandes expectativas, por isso, é recomendável tirar todas as dúvidas com um médico preparado para esclarecer e aliviar todo o estresse que as informações, às vezes desencontradas, podem causar. A paciente também precisa estar preparada para discutir sobre assuntos que não são muito confortáveis, como: o motivo pelo qual quer se submeter à cirurgia, expectativas, resultado desejado, histórico familiar de câncer de mama, uso de medicamentos, vitaminas, medicamentos naturais, fumo, álcool e drogas, e o mais importante, condições médicas, alergia medicamentosa e outros tratamentos médicos. Discussões essas que, muitas das vezes, podem ser determinantes para que o procedimento não seja realizado ou, talvez, seja necessário um tratamento complementar para que ele aconteça com segurança e menor risco possível.

Em todos os casos, é válido ressaltar a importância de uma equipe bem treinada para qualquer intercorrência. O local onde será realizado o procedimento também é fundamental e a indicação é que seja em um centro cirúrgico seguro e confortável, tanto para o médico quanto para a paciente, sobretudo, autorizado pela Vigilância Sanitária.

Seguir as orientações médicas é o fator determinante para um bom pós-operatório. Evite esforços excessivos e desnecessários nas incisões cirúrgicas e tenha cuidado ao se movimentar durante o período de cicatrização. A manutenção deve ser realizada pelos cirurgiões plásticos, oncoplásticos e também pelos mastologistas, com exames de ultrassonografia e mamografia anualmente e ressonância magnética a cada cinco anos ou conforme haja alguma alteração nas mamas. Além de acompanhar as próteses, os exames são fundamentais para garantir a saúde das mamas.

É importante ressaltar que as próteses mais antigas têm prazo de validade e devem ser trocadas entre 10 e 25 anos. As mais novas, feitas de gel coesivo, não precisam necessariamente de troca, mas devem ser revisadas a cada 10 anos, por meio de ressonância magnética e exames de sangue. Passadas da validade, as próteses podem ter pequenas rupturas, que aos poucos contaminam outros tecidos e apresentam risco à saúde da paciente. Neste caso precisam ser removidas e área precisa ser tratada para conter a infecção. As próteses utilizadas atualmente são muito seguras e a probabilidade de se romperem são quase nulas, exceto se a pessoa sofrer um impacto muito grande, como um acidente automobilístico ou uma forte pancada.




Dr. Nelson Taki -mastologista do Trasmontano Saúde.



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