Segundo
pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde em 2018, o índice de pessoas obesas
no Brasil atingiu seu maior patamar nos últimos 13 anos, alcançando a marca de
19,8% da população entrevistada. Se levarmos em consideração pessoas obesas e
com sobrepeso, chega-se ao preocupante número de 55,7% de pessoas afetadas por
desordens relacionadas ao peso.
A
obesidade é determinada pelo Índice de Massa Corporal (IMC), que é calculado dividindo-se o peso (em kg) pelo
quadrado da altura (em metros). Se o resultado for igual ou inferior a
18,5 acredita-se que essa pessoa apresenta peso abaixo da média esperada. Em
contrapartida, valores iguais ou superiores a 25,0 podem ser considerados como
indicativos de sobrepeso ou obesidade. Com base nessas referências,
profissionais de educação física elaboram programas de treinamento que incluem
atividades aeróbias (ex.: corridas e caminhadas) e anaeróbias (ex.: musculação)
com intuito de minimizar ou até reverter esses quadros.
Quando
uma pessoa obesa inclui em sua rotina um programa de exercícios físicos
regulares, automaticamente ela eleva sua taxa de metabolismo basal (o famoso
metabolismo lento/acelerado). Associado a uma dieta equilibrada e hipocalórica,
o metabolismo acelerado (influenciado por exercícios físicos) vai contribuir
para um emagrecimento mais rápido e eficaz. Porém, devemos lembrar que para uma
pessoa obesa iniciar um programa de treinamento físico é necessário mudar
alguns hábitos. Primeiramente é aconselhável tornar-se mais ativo em atividades
da vida diária, pois atitudes simples (como subir um lance a mais de escada,
descer em um ponto de ônibus antes de seu destino final ou até ir até a
panificadora a pé) auxiliam na adaptação ao exercício.
Sabe-se
que cada faixa etária responde de uma forma diferente a mudanças no padrão de
vida e a escolhas por hábitos mais saudáveis. No caso das crianças, a
sensibilização poderá ser feita por meio esportivo — em que a criança escolhe
pela atividade que mais lhe agrada —, por passeios ativos e ao ar livre, em que
ela pode explorar novos ambientes e novas vivências. E também não devemos
esquecer da velha e boa brincadeira com amigos da mesma faixa etária. O ato de
brincar eleva a autoestima e estimula a criatividade da criança.
No
caso de jovens e adultos, geralmente a motivação vem por metas estéticas, nas
quais a própria pessoa coloca como objetivo um padrão físico. Nessa faixa
etária recomendam-se exercícios regulares, geralmente trabalhados em academias,
pois nesses locais apropriados o monitoramento e acompanhamento da pessoa
tornam-se mais práticos ao profissional de educação física.
Devemos
lembrar que jovens e adultos, de um modo geral, atendem a uma demanda elevada
de atividades como estudo, trabalho e vida social. Quando chegamos à terceira
idade, notamos que existe uma resistência maior em relação à adoção de um
padrão de vida mais ativo. Nessa fase, é muito importante que a pessoa idosa se
sinta à vontade para retomar a prática de trabalhos manuais combinados a uma
proposta de atividade extra, como por exemplo caminhadas em grupo, passeios e
visitas a locais desconhecidos e uma possível iniciação a programas de
academia.
Lembramos
que é de suma importância uma vida ativa em qualquer fase da vida. A inclusão
de esportes e exercícios físicos regulares pode melhorar a qualidade de vida da
população de forma significativa. Como sugestão, inicie com pequenas mudanças
em sua rotina, aumente gradualmente o nível de atividade física, procure
esportes e atividades com as quais se identifique e mantenha o foco para que
todo seu investimento não fique para trás.
Eduardo
Emilio Lang Marés da Costa - professor especialista nos cursos de Licenciatura
e Bacharelado em Educação Física do Centro Universitário Internacional Uninter.
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