O câncer de pâncreas é um dos tumores mais letais, sendo a terceira causa de morte nos EUA e a sétima no Brasil. A sobrevida não chega a 5% dos casos, segundo dados da American Cancer Society. O gastrocirurgião Marcos Belotto, do Hospital Sírio Libanês, destaca que "o diagnóstico da grande maioria dos casos de tumor no pâncreas é feito tardiamente e por isso se torna inoperável, além de ser um dos tumores mais agressivos e com poucos resultados positivos aos tratamentos".
Os pesquisadores observaram que, em camundongos, alguns tumores pancreáticos produzem uma quantidade acima do normal da molécula perlecan que remodela o ambiente fazendo uma reeducação das células vizinhas, assim as células cancerígenas se alastram mais facilmente e ficam protegidas contra tratamentos quimioterápicos.
A descoberta pode fornecer um caminho promissor para as opções de tratamento mais efetivos contra o câncer de pâncreas e outros tipos de doenças. Os cientistas acreditam que esta abordagem para redução dos níveis de perlecan irá melhorar a eficiência da quimioterapia e poderá ajudar a reduzir a progressão e a disseminação do tumor.
Fonte: Dr.
Marcos Belotto - especialista em gastro-oncologia. Atua como médico chefe da
cirurgia e médico do Núcleo de Fígado do Hospital Sírio-Libanês, além de ter
sua própria clínica e ser professor na Santa Casa.
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