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A forma como
reagimos às críticas dos nossos parceiros diz muito sobre nós, sobre a nossa
maturidade emocional e sobre o funcionamento da relação em si. A Orientadora
Emocional Camilla Couto explica por quê.
“Como você
reage quando recebe uma crítica do seu parceiro ou parceira? Você é capaz de
receber e analisar o que o outro diz sobre você numa boa? Ou, antes mesmo de
processar as palavras, revida logo com uma crítica contrária?” A pergunta é da
Orientadora Emocional Camilla Couto, que trabalha com foco em relacionamentos,
e, segundo ela, a resposta é extremamente importante para entender nosso
comportamento emocional: “a forma como você reage a uma crítica fala muito
sobre como você lida com as próprias emoções”.
Segundo Camilla, temos duas formas de reagir, ao
sermos criticados pelo nosso amor: Ou somos receptivos e escutamos, ponderamos,
de forma aberta e curiosa, ou somos reativos, nesse caso, mal escutamos e já
contra-atacamos, muitas vezes até começando uma briga. “Uma coisa importante a
dizer é que a reação a uma crítica nada tem a ver com o fato de ela estar
correta ou não. Uma crítica nada mais é do a opinião do outro sobre algo em
nós. Temos o direito de concordar com ela ou não. A verdade é que todos estamos
sujeitos a receber críticas por onde passamos – em casa, no trabalho, no
círculo de amizades, na família. E o ato de receber uma crítica não quer absolutamente
dizer que estamos fazendo algo de errado”, lembra a orientadora.
Para ela, o que não pode acontecer é deixar que as
emoções tomem conta de nós ao sermos criticados. Isso porque, no calor da
emoção, fica difícil, inclusive, entender o que o outro realmente quer dizer.
“Quando percebemos a crítica como uma ameaça, reagimos com raiva, orgulho e
vaidade, e aí, partimos para o contra-ataque e não nos permitimos o tempo
necessário para entender o que nos está sendo criticado. Fora que, nesse caso,
o outro provavelmente também sentirá a necessidade de se defender e, então, a
confusão está formada. Esse é um típico exemplo de uma briga que começa “do
nada”, explica Camilla.
Por outro lado, segundo ela, quando conseguimos nos
manter calmos e centrados, no controle das nossas emoções, temos a chance de
compreender o que o parceiro realmente tem a dizer: “conseguimos discernir se a
crítica faz sentido – se há efetivamente algo em nós a ser olhado e modificado
(quando possível), ou se o ponto de vista nos parece equivocado. As críticas
podem, sim, ser construtivas. Talvez o outro esteja enxergando algo em nós que
somos capazes de melhorar, mas não havíamos nos dado conta”, afirma. Nem sempre
as críticas são uma forma de dizer que estamos errados, mas, só conseguimos
perceber a importância real da crítica se estivermos em equilíbrio com nossas
emoções.
“A questão não é sobre estar certo ou errado. Ser
melhor ou pior do que o outro. Ter ou não razão. Esse jogo de poder e
competição é totalmente nocivo para a relação e, se ele existe, há algo errado
acontecendo, já que relacionamento é parceria”, reafirma Camilla. Para ela,
ficar disputando espaço e preponderância na relação é pura perda de tempo. E,
talvez, até mesmo falta de amor.
“O que eu quero dizer quando digo que a forma como
reagimos a uma crítica diz muito sobre nós é que quando estamos em dia com a
nossa própria forma de ser, isto é, quando há amor-próprio, autoconfiança e
autovalorização, temos a consciência de estarmos dando o nosso melhor.
Portanto, quando nosso amor-próprio está fortalecido, nos sentimos mais
preparados a receber críticas. Acolhemos as opiniões do outro com mais
facilidade e abertura, e somos menos reativos”, revela.
Camilla finalizando lembrando: “observe seu modo de
receber críticas, de lidar com o modo como o outro pensa, inclusive sobre você.
Ser receptivo ou reativo são formas diferentes de lidar com algo que é real:
nem sempre faremos o melhor aos olhos dos outros e nem sempre vamos agradar. E
está tudo bem! O importante é perceber como as críticas chegam até nós, para
que não percamos nosso equilíbrio emocional e sejamos capazes de manter
relações leves e harmoniosas”.
Camilla Couto - Orientadora Emocional para
Mulheres, com foco em Relacionamentos. Criadora/ autora do Blog das Amarildas e
fundadora do PAR - Programa Amarildas de Relacionamentos. Orientadora
emocional, Terapeuta Floral (TF-153-17/SP) e Contoterapeuta, viveu durante 8
anos no exterior conhecendo diferentes culturas e comportamentos. No blog
amarildas.com.br, compartilha seus estudos sobre amor, relacionamentos e
dependência emocional - com o propósito de promover mais entendimento sobre
esses temas e de incentivar
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