Especialista esclarece uma dúvida e um
medo comum de quem tem o hábito de fumar
Segundo um relatório feito pela
Organização das Nações Unidas (ONU), uma pessoa morre de doenças relacionadas
ao tabaco aproximadamente a cada seis segundos, o equivalente a cerca de 6
milhões de pessoas por ano. Sendo que a estimativa é que esse número aumente
para mais de 8 milhões de pessoas por ano até 2030. Uma das preocupações que
dificulta o fumante a abandonar o vício é o medo de ganhar peso após a cessação
do tabagismo. Mas, será que isso é verdade ou um mito?
O endoscopista Bruno Sander,
especialista em gastroenterologia e tratamentos para a obesidade, explica que o
paciente, às vezes, devido à ausência da nicotina fica ansioso passando a comer
mais e com isso ganha peso. “Fumantes costumam falecer mais cedo e mais magros.
Também é comum ver pessoas que engordaram após largar o cigarro ou que dizem
continuar a fumar para não ganhar peso. Fumar não implica em emagrecer, mas
muitas pessoas dizem que não param de fumar por medo de ganhar peso”.
O médico conta que já há estudos que
levantam a possibilidade de desenvolver tratamentos com base na nicotina para
ajudar pessoas a pararem de fumar e, ao mesmo tempo, evitar a obesidade, além
de outros distúrbios. “Pesquisadores descobriram que a nicotina ativa um
conjunto específico de circuitos nervosos centrais e que aumentam sua
atividade, ou seja, a nicotina ativa células que sinalizam ao corpo que o
indivíduo já comeu o suficiente”, esclareceu.
Malefícios x benefícios
O especialista ressalta que os
malefícios do cigarro para o corpo são muitos, com o aparecimento de diversas
doenças desde um infarto a cânceres de pulmão, boca, laringe, esôfago e outros.
Para que o ex-fumante não tenha medo de começar a ganhar a peso depois que
abandonar o cigarro, ele recomenda um acompanhamento nutricional e até mesmo
psicológico, caso seja necessário.
Mas, por outro lado, os benefícios que o organismo ganha
quando uma pessoa para de fumar são inúmeros. “Após um ano sem fumar, o risco
de uma doença cardíaca cai pela metade. Após cinco anos diminuem as chances de
uma úlcera ou câncer de pulmão em 50% e o risco de ter um derrame é igual ao de
uma pessoa não fumante. 15 anos depois sem fumar, a possibilidade de sofrer um
infarto será igual ao de uma pessoa que nunca fumou e outras doenças também
chegam a esse patamar”, garantiu Sander.
Fonte: Bruno Sander Queiroz, médico
cirurgião endoscopista, especialista em gastroenterologia, nutrologia e
tratamentos de obesidade. É médico e diretor do Hospital
Dia Sander Medical Center, em Belo Horizonte. (RQE:
14270/32354/41292)
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