O
mundo está vivendo uma nova era em que a perfeição é levada em primeira lugar
em qualquer situação da vida humana. A analista comportamental Andrea Murgel,
autora do best seller Mariposa Azul, desabafou sobre o tema.
"É
impressionante a quantidade de procedimentos para mudar os rostos ou mesmo
transformar corpos, sem falar das pílulas mágicas que nos bombardeiam com
promessas inusitadas. Concordo que envelhecer não é fácil, mudando nossas
aparências e corpos antes tão lisinhos e com aquela pela dura de gente
jovem", falou.
A
indústria da beleza segue evoluindo para nos garantias de juventude e ter
ganhos estratosféricos com isso. A analista indaga se essa transformação acontece
porque elas se preocupam com tudo o que envolve saúde, emocional ou psicológico
dos seres humanos, ou é apenas para ganhar dinheiro.
"Essa
semana atendi uma mulher de 54 anos completamente obcecada por cirurgias,
preenchimentos, pílulas da moda, e pude perceber o quanto isso afetou seu
emocional e sua vida familiar. Nós que devemos saber quando parar".
A
paciente fez cerca de 13 preenchimentos e seis cirurgias e começou a ter a
necessidade de fazer sempre - como se deixasse de fazer a faria envelhecer.
Isso virou um vício e sua derradeira financeira.
Seu
marido pediu o divórcio, seus filhos zombam dela dizendo que está horrível, mas
só o que ela vê é beleza.
O
diagnóstico: ficou com transtorno de ansiedade e deturpação de imagem, quando
se olha no espelho não vê a realidade.
Para
ter cuidado com esse tipo de transtorno, a analista adverte:
"Cuidado!
Meta os pés no freio enquanto há tempo!
Não se vicie na beleza e na juventude, use sim os recursos, mas com muita cautela para não parecer anormal.
Não acredite em milagres seja fiel a si mesmo.
O caso que citei é extremo, mas não se imagina a quantidade disso nas grandes metrópoles.
De repente a vida fica vazia porque você só mudou por fora, mas e por dentro?
Sou a favor de tentar suavizar o que te incomoda através de métodos e médicos muito sérios e já pesquisados, o que precisa haver é limite.
Ser suave com seu próprio corpo e não acreditar em tudo o que vê.
Veremos o que o futuro nos reserva, seremos enterrados com idades de anciãos mas face e corpo de jovens?", indaga.
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