A
espasticidade é um dos sintomas mais comuns entre os afetados por essa doença
que, apesar de não ter cura, conta com novos tratamentos sintomáticos
Dia 30 de agosto é celebrado
o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla (EM), que é uma
condição que afeta o cérebro, os nervos ópticos e a medula espinhal, causando
inflamação e destruição da camada protetora das fibras nervosas. Em geral, essa
condição atinge pessoas de 20 a 40 anos e é mais comum na população dos países
nórdicos e nas mulheres1. O histórico familiar também aumenta as
chances de aparecimento da doença.
A EM faz com que as células
saudáveis do corpo sejam confundidas com invasores, desta forma o sistema
imunológico age para eliminá-las. Apesar de ser uma doença autoimune e sem
cura, existem tratamentos para melhorar a rotina dos pacientes que conviverão
com os sintomas decorrentes desse problema por toda a vida.
Sintomas
Os
sintomas mais comuns são disfunções sensoriais e motoras, tais como
espasmos musculares, fraqueza crônica e paralisia nas pernas, aparecendo em 40
e 39% dos casos, respectivamente2, além de visão
turva, falta de equilíbrio e problemas de cognição. Estes também podem variar, uma vez que nem todas as pessoas
apresentam os mesmos sintomas, o que dificulta o diagnóstico preciso de
forma rápida.
Já a espasticidade –
contração involuntária e excessiva dos músculos– é o problema mais comum entre
os diagnosticados com EM. Sabe-se que no Brasil existem cerca de 35 mil pessoas
diagnosticadas com a doença, e 84% dessas poderão sofrer com a
espasticidade, o que acarreta em grandes reduções da mobilidade3.
A EM tem efeitos devastadores em todas as áreas
da vida dos pacientes, principalmente por ser uma doença agressiva que, em seus
casos mais complexos, impede relações sociais e tira a independência de quem é
diagnosticado. Centros urbanos não adaptados e uma sociedade não preparada para
lidar com estas limitações dificultam ainda mais a vida dos pacientes.
Tratamento
Apesar da EM não ter cura, existem tratamentos
que evitam a progressão da doença por meio do controle das crises. Tudo é feito
com acompanhamento constante e varia em cada caso e
estágio em que a enfermidade se encontra. Consultas regulares ao médico
neurologista é rotina frequente na vida dos pacientes.
Os tratamentos contra a
espasticidade incluem o uso de bloqueadores nervosos, toxina botulínica e
sedativos, sejam injetados diretamente no músculo ou por medicação oral. Os
pacientes que não demonstram estabilidade da espasticidade podem ser submetidos
à novos tratamentos.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou
o primeiro medicamento à base de canabinoides
(derivado
da Cannabis Sativa) contra a
espasticidade. Indicado como tratamento para melhoria dos sintomas de pacientes
adultos com espasticidade devido à esclerose múltipla (EM) que não responderam
adequadamente a outra medicação antiespástica.
Ipsen
Referências
1.
ABEM. O mapa da esclerose múltipla. Disponível em: <http://abem.org.br/o-mapa-da-esclerose-multipla>
Acesso em: 24/07/2019.
2.
Disponível em Associação Brasileira de Esclerose Múltipla Website. Acesso em 05/05/2018.
3.
Rizzo MA, et al.
Prevalence and treatment of spasticity reported by multiple sclerosis patients.
Multiple Sclerosis 2004;10:589/595.
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