Seconci-SP alerta sobre os riscos
decorrentes do uso do cigarro e orienta sobre os problemas causados pelo
tabagismo
om a proximidade do Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado em
29 de agosto, a pneumologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), dra.
Marice Ashidani, dá algumas orientações sobre os problemas de saúde causados
pelo tabagismo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esta é a
principal causa de morte evitável no planeta, sendo considerado, portanto, um
problema de saúde pública. A entidade estima que haja 200 milhões de fumantes
no mundo, com sete mortes por minuto por doenças relacionadas ao uso do
cigarro.
“Estima-se que 90% das pessoas que desenvolvem câncer de pulmão
apresentem como fator responsável o fumo. Tendo em vista esse cenário, é
importante destacar que as chances de cura para essa doença são bastante
baixas”, diz a médica. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), ocorrem
200 mil mortes por ano no Brasil em decorrência do fumo. Esse valor salta para
cerca de 4,9 milhões em perspectiva mundial.
Segundo a dra. Marice, o tabagismo pode desencadear cerca de 50
problemas de saúde, dentre os quais, destacam-se:
-
vários tipos de câncer – pulmões, laringe,
faringe esôfago, estômago, pâncreas, fígado, bexiga, rim, colo de útero,
leucemia;
-
doenças respiratórias – enfisema,
bronquite, infecções respiratórias;
-
doenças cardiovasculares – angina,
infarto do miocárdio, hipertensão arterial, aneurismas, AVC, tromboses;
-
úlcera péptica, osteoporose,
catarata, impotência sexual masculina, infertilidade feminina, complicações na
gravidez, hipertensão, diabetes etc.
A médica explica que a nicotina, presente no cigarro, é uma
substância psicoativa que provoca sensação de prazer com mecanismos semelhantes
aos da cocaína, do álcool e da heroína. “Ela estimula a liberação de
neurotransmissores e, com o tempo, o cérebro se adapta e passa a precisar de
doses maiores para o mesmo efeito”, disse.
Tabagismo
passivo
Fumante passivo é o não-fumante que convive com fumantes em
ambientes fechados, ficando exposto aos componentes tóxicos e cancerígenos
presentes na fumaça do tabaco, que contém praticamente a mesma composição da
fumaça tragada pelo fumante. São cerca de quatro mil compostos, dos quais mais
de 200 são tóxicos e cerca de 40 são cancerígenos.
Mesmo que não fumem, adultos com longa exposição à fumaça podem
desenvolver câncer de pulmão. Já as crianças nessa situação podem apresentar
rinite, tosse, conjuntivite, exacerbação de asma, otites e aumenta a chance de
doenças cardiovasculares na vida adulta.
“A ventilação ambiental por deslocamento de ar não é suficiente
para deixar o ambiente em condições aceitáveis de exposição, daí a importância
da proibição de fumar em lugares fechados”, preconiza a especialista.
Sobre o tratamento, a pneumologista diz que o sucesso depende,
principalmente, da motivação e determinação do indivíduo em parar de fumar, mas
o acesso à informação dos malefícios do tabagismo, oferta de tratamento com
estímulo dos profissionais de saúde e apoio de familiares também são
importantes. “As recaídas ocorrem, mas as pessoas não devem considerar como
derrotas. Às vezes, são necessárias vár tentativas, e, a cada uma delas, a
chance de sucesso se renova”, conclui.
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