No mês de prevenção ao suicídio, a atenção volta-se para a doença
que se tornará a mais incapacitante a partir de 2020
Criado em 2015,
o Setembro Amarelo tem como objetivo a conscientização para prevenção do
suicídio. Em seu quinto ano, a campanha tem crescido devido ao aumento
desenfreado de casos de transtornos mentais, como a depressão, muitas vezes
responsáveis por criar nas pessoas o desejo de tirar a própria vida.
Para combater
esse mal, o Setembro Amarelo alerta para a necessidade de falar sobre
depressão, suicídio e outros transtornos que ainda são considerados tabus em
diversos setores da sociedade. “É um mal
silencioso, pois as pessoas fogem do assunto e, por medo ou desconhecimento,
não veem os sinais de que uma pessoa próxima esteja com ideias suicidas”,
aponta o movimento.
Dados
divulgados pela própria OMS corroboram com o que diz o movimento. De acordo com
o órgão, nove em cada 10 casos de suicídio poderiam ser evitados. Por isso, a
necessidade de busca por ajuda de pessoas com transtornos mentais, mas também
de sensibilização daquelas que estão ao redor de quem apresenta comportamentos
que indicam tendências suicidas.
Alguma
coisa está fora da ordem
Estudos
chancelados pela OMS em 2018 mostram que 800 mil pessoas se suicidam todos os
anos, e que essa é a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29
anos. No Brasil, os números também assustam. Em setembro do ano passado, o
Ministério da Saúde revelou que, em média, um caso de suicídio acontece a cada
46 minutos no país.
Não
por acaso, os dados ligados a transtornos psicológicos também são alarmantes.
De acordo com a OMS, em estudo divulgado no ano passado, 300 milhões de pessoas
sofrem com a depressão ao redor do mundo. Não à toa, essa será a doença mais
incapacitante do planeta a partir de 2020.
“Muitos
motivos podem levar pessoas a tirarem suas próprias vidas, como estresse,
problemas financeiros ou amorosos, doenças crônicas e dores, mas o suicídio
está diretamente ligado à depressão. E ambos têm apresentado números
preocupantes”, afirma Melina Cury Haddad, psicóloga da Care Plus.
Até
mesmo quem parece ter a vida dos sonhos está suscetível a esse mal.
Recentemente, o comediante, ator e youTuber Whindersson Nunes precisou se
afastar do público para se cuidar da depressão. Em 2018, o maior medalhista
olímpico da história, o nadador norte-americano, Michael Phelps, também revelou
lutar contra o distúrbio e a ansiedade. Outro que fala abertamente da
dificuldade de lidar com a depressão é o premiado ator e humorista Jim Carrey.
Novo cenário pede novos
serviços de saúde
A
atenção a comportamentos preocupantes nas pessoas ao redor, como alterações no
humor, no sono e no apetite, desânimo, fadiga excessiva, entre outros, é
fundamental. “Ao perceber algum colega ou familiar nessa situação,
ofereça apoio, ouça com gentiliza, adotando uma postura livre de julgamentos ou
sermões, e auxilie a pessoa a procurar ajuda profissional, pois a depressão é
uma doença e deve ser tratada como tal”, comenta Melina.
Foi justamente
com isso em mente que a operadora de saúde Care Plus criou um novo programa. O
Mental Health é focado em saúde mental e busca entender qual a
melhor jornada para os pacientes que precisam de tratamento para doenças
mentais. Trata-se de um programa que vai além do que a ANS exige e fornece
tratamento personalizado, avaliando a necessidade de cada indivíduo para poder
dar o melhor cuidado.
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