Ao todo, foram criados 1.976.534 novos
negócios entre janeiro e dezembro do ano passado no país, maior registro desde
2010; entretanto, já é possível observar tendência de desaceleração no número
de empreendimentos
Entre janeiro e dezembro de 2016 foram
criadas no Brasil 1.976.534 novas empresas, o maior número para o período desde
2010, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas.
Trata-se de uma quantidade 0,6% superior ao anotado durante o ano de 2015,
quando ocorreram 1.963.952 nascimentos. Deste total, 47% dos negócios abertos
tinham mulheres como sócias, segundo levantamento inédito da Serasa.
Em dezembro/2016 o indicador apontou a criação de 120.633
novas empresas, número 7,1% maior do que o apurado em dezembro/2015, quando ocorreram
112.590 nascimentos. A quantidade é 21,1% menor que a do mês imediatamente
anterior (novembro/2016), quando tivemos 152.943 nascimentos.
De acordo com os economistas da Serasa Experian, o recorde
apresentado em 2016 foi determinado pelo chamado empreendedorismo de
necessidade. Com a destruição de vagas no mercado formal de trabalho, pessoas
que perderam seus empregos abriram novas empresas visando a geração de alguma
renda, por conta das dificuldades econômicas atuais.
Nascimentos de Empresas por natureza jurídica
O número de novos Microempreendedores Individuais (MEIs) nascidos
em 2016 foi de 1.548.950 contra 1.491.485 em 2015, alta
de 3,9%. As Sociedades Limitadas registraram criação de 148.017 unidades,
representando queda de 11,3% em relação ao ano anterior,
quando 198.263 empresas desta natureza surgiram.
A criação de Empresas Individuais caiu 19,8%, a maior queda entre as naturezas
jurídicas, com um total de 134.630 novos negócios em 2016; entre janeiro e
dezembro do ano anterior, o número havia sido de 167.767. O nascimento de novas
empresas de outras naturezas teve alta de 9,9%, com 117.022 nascimentos em
2016, contra 106.437 em 2015.
A crescente formalização dos negócios
no Brasil é responsável pelo aumento constante das MEIs, registrado desde o
início da série histórica do indicador. Em sete anos, passaram de menos da
metade dos novos empreendimentos (48,9%, em 2010) para 78,4% no último
levantamento.
Nascimentos de Empresas por Setor
O setor de serviços continua sendo o
mais procurado por quem quer empreender: de janeiro a dezembro de 2016,
1.238.386 novas empresas surgiram neste segmento, o equivalente a 62,7%do
total. Em seguida, 487.142 empresas comerciais (28,8% do total) e, no setor
industrial, foram abertas 163.010 empresas (8,2% do total) neste mesmo período.
Observa-se nos últimos seis anos um
crescimento constante na participação das empresas de serviços no total de
empresas que nascem no país, passando de 53,1% (janeiro a dezembro de 2010)
para 62,7% (janeiro a dezembro de 2016).
Por outro lado, a participação do setor
comercial de empresas que surgem no país tem recuado (de 35,6%, em 2010, para
28,8% no mesmo período de 2016). Já a participação das novas empresas
industriais se mantém estável., variando um pouco (8,5% em 2010 e 8,2% em
2016).
Análise das empresas por
Ramo de Atividade
Existem modalidades de empresas
mais visadas pelos empresários na hora de definir qual será o ramo de atuação
dos novos empreendimentos. Desta maneira, torna-se relevante também a
identificação daqueles que concentram as maiores taxas de nascimentos.
O gráfico a seguir exibe o ranking dos
ramos econômicos que concentraram o nascimento de novas empresas de janeiro a
dezembro de 2016.
Os dados mostram que, entre as
1.976.534 novas empresas nascidas no ano passado, 168.053 foram serviços de
alimentação (8,5% do total). Em seguida aparecem 143.129 novos empreendimentos
no ramo de reparação e manutenção de prédios e instalações elétricas (7,2% do
total). Na terceira posição estão 141.098 novos negócios na área de comércio de
confecções em geral (7,1%). Serviços de higiene e embelezamento pessoal (6,7%
do total) teve 133.183 nascimentos em 2016 e o comércio varejista de gêneros
alimentícios ganhou mais 82.244 empresas (4,2% do total). O ranking de todas as
empresas dá prioridade a cinco ramos, que concentram quase 35% dos novos
estabelecimentos.
Nascimento de Empresas por Região e estado
O Sudeste segue liderando o ranking de nascimento de empresas,
com 1.026.326 novos negócios abertos em 2016 ou 51,9% do total. A Região
Nordeste ocupou a segunda posição, com 16,8% (332.012 empresas). A Região Sul
ficou em terceiro lugar, com 16,8% de participação e 331.317 novas empresas. O
Centro-Oeste registrou a abertura de 171.219 empresas e foi responsável por
8,7% de participação, seguido pela Região Norte, com 94.601 novas empresas ou
4,8% do total de empreendimentos inaugurados.
A Região Sul foi a que registrou maior alta no número de
nascimentos (2,8%) comparando-se os meses entre janeiro e dezembro de 2016 com
igual intervalo do ano anterior. Já a região Sudeste teve crescimento de 1,1%
no período. Nas demais regiões houve queda no número de novos empreendimentos,
sendo a maior delas registrada no Nordeste (-5,9%), seguida pela região Norte
(-3,3%) e Centro-Oeste (-2,9%).
Ranking das variações acumuladas na comparação interanual
entre janeiro e dezembro de 2016 vs. janeiro e dezembro de 2015, por Unidades
da Federação
Entre os estados, em 2016, São Paulo foi responsável por
28,1% dos novos empreendimentos, totalizando 555.783. Em seguida, o estado com
maior número de novas empresas é Minas Gerais, com 216.676 nascimentos, 11,0%
do total. A terceira posição no ranking nacional de nascimentos de
janeiro a dezembro fica com Rio de Janeiro, com 214.646 novos empreendimentos,
10,9% do total.
Participação de cada unidade da federação no volume de novos
empreendimentos em 2016
Metodologia do estudo sobre Nascimento de Empresas
Para o levantamento do Nascimento de Empresas foi
considerada a quantidade mensal de novas empresas registradas nas juntas
comerciais de todas as Unidades Federativas do Brasil bem como a apuração
mensal dos CNPJs consultados pela primeira vez à base de dados da Serasa
Experian.
Serasa Experian
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