Especialista
explica motivos por trás de tantos ilegais tentarem adentrar o país
Após um crescimento de 142% de brasileiros detidos
tentando imigrar para os Estados Unidos, muitas dúvidas cercam o motivo que
leva uma pessoa a entrar em um país de forma ilegal. As razões para que isso
ocorra são inúmeras e, para desvendar algumas dessas intenções e quais suas
consequências, a advogada especialista em imigração, Ingrid Baracchini, explica
quais as situações mais comuns para milhares de pessoas tentarem viver
ilegalmente nos Estados Unidos.
O caso mais comum e conhecido é o de pessoas que
estão passando por dificuldades em seus próprios países e tentam uma fuga para
os Estados Unidos. Por não terem condições financeiras de bancar uma entrada
legal no país, tentam as formas mais baratas e perigosas. “São pessoas
que estão passando por uma condição financeira muito difícil, não consegue
sustentar a família, tem dificuldade de encontrar emprego, estão passando fome
ou discriminação em seus paises”, comenta Ingrid.
Existem duas formas de uma pessoa entrar nos
Estados Unidos, ou pelo México ou pelo Canadá. “A entrada pelo Canadá é um
pouco mais complicada porque a pessoa tem que entrar no Canadá primeiro e
depois atravessar a fronteira de gelo. Por isso, o caminho mais comum é o do
México”, explica a especialista. Em meio a essa passagem,
geralmente já tem um coiote ou contato que espera a pessoa para busca-la e
fazer o transporte para a entrada ilegal no país. “Das pessoas que já conversei
que passaram pela situação, não são experiências boas. Ou o coiote começa a
ameaçar ou pede mais dinheiro. É muito perigoso.
Nessa altura, a pessoa não têm
muitas opções. Ou se submete as chantagens ou será pega pelas autoridades”,
conta a advogada.
As consequências da ilegalidade não são apenas na
entrada para o país, mas também para morar, pois essas pessoas terão
dificuldades para encontrar trabalho e não terão uma vida tranquila. “Nessa
situação os indivíduos ficam vivendo nas sombras. Quando conseguem um trabalho
chegam a ficar 15 horas trabalhando, moram nas obras e se submetem a serviços
pesados em péssimas condições”, descreve Ingrid. No caso de
moradia, as pessoas que passam pela mesma situação ilegal se unem em grupos e
dividem um apartamento com até em 20 pessoas.
Para muitos, as únicas pessoas que tentam a entrada
ilegal são os mais pobres, mas a realidade é que algumas pessoas melhores
financeiramente também realizam a prática. “São os que optam pelo caminho mais barato, que não
querem investir ou não querem fazer o processo legal de entrada nos Estados
Unidos, o que não é legalmente aconselhável”, esclarece a
especialista.
Independente da classe social de quem tenta entrar
no país sem os processos legais, a prática é desaconselhável, pois o perigo não
é apenas ser pego pela imigração, mas também no processo para atravessar um
país e outro. “O nome já diz, é ilegal. Existem outras oportunidades para entrar nos
Estados Unidos”, lembra Baracchini.
Confira abaixo algumas opções de vistos para entrar
no país:
Visto de estudantes (F1): permite
que o estudante resida nos Estados Unidos pela mesma duração do curso;
Visto de programa de incentivo (J1): para quem
participa de processos de trainees ou estágio;
Visto de trabalho temporário (H2B): promovido
por agências para trabalhos com períodos determinados, não exige um diploma de
ensino superior;
Visto de turista (B2): permite
que a pessoa visite o país por um período máximo de seis meses, o visto não
concede autorização para trabalhar ou estudar;
Visto para investidores (EB-5): através de
um investimento de 500 mil dólares em uma empresa, o investidor recebe o visto.
Se o investimento der certo e gerar mais de 10 empregos, o visto pode ser
trocado por um Green Card.
Ingrid Baracchini - formada em Direito pela
Universidade Paulista (UNIP) e possui 11 anos de experiência na área
imigratória em parceria com o advogado Reza Rahbaran, eleito TOP 25 Immigration
Attorneys. O escritório representa o cliente brasileiro na requisição de
qualquer tipo de visto para os Estados Unidos, além de clientes estrangeiros em
qualquer área de demanda no Brasil de cunho imigratório, familiar, cível ou
criminal. A advogada faz parte da AILA - Associação Americana de Advogados de
Imigração. Para saber mais sobre Ingrid acesse www.advogadasdeimigracao.com.
Nenhum comentário:
Postar um comentário