O ano de 2016 foi um período difícil para muitos
brasileiros: com os altos índices de desemprego e inflação, reduzir gastos e
manter as contas em dia não foram tarefas simples. Tanto para quem se empolgou
nos gastos e ultrapassou os limites do próprio salário, quanto àqueles que
acumularam dívidas por conta de demissões, uma palavra é a chave para um ano
com mais sustentabilidade, equilíbrio e saúde financeira: organização.
Como é possível organizar-se, na prática? Por onde se deve começar? Primeiramente, recomenda-se a identificação das despesas realizadas durante o mês e sua classificação em três categorias: gastos que devem ser mantidos; despesas que necessitam de redução; e custos a serem eliminados.
Depois dessa tarefa, consumidores de todas as faixas de renda podem garantir muitos benefícios para o próprio perfil financeiro. Veja dez atitudes fundamentais a serem seguidas após a fase de “classificação” das despesas:
1) Mude de gastador para investidor.
Invista somente em comprar o que realmente precisa e que vai levá-lo a um
propósito de mais realização.
2) Caso esteja com dívidas, não se desespere, apenas
se responsabilize. Parece difícil, mas assim como elas foram
criadas, podem ser solucionadas ao longo do tempo.
3) Coloque as dívidas em ordem de prioridade.
A organização pode variar: da mais cara para a mais barata, ou da mais fácil de
pagar para mais difícil, por exemplo. O importante é ter em mente que, à medida
que paga uma dívida, a autoestima tende a melhorar e, com isso, a motivação
para continuar liquidando débitos também cresce.
4) Negocie com seus credores. Se não é
possível pagar a dívida completa de uma só vez, converse com seus credores para
averiguar um valor a ser pago mensalmente. Dessa forma, é possível evitar o
acúmulo ainda maior de juros e o efeito “bola de neve” sobre as dívidas atuais.
5) Afaste-se de créditos que o deixam ainda mais
endividado. Empréstimos, cheque especial e cartão de crédito
parecem excelentes alternativas quando o salário acaba, mas os altos juros que
exigem não colaboram em nada quando o assunto é redução de dívidas, uma vez que
o “pagamento mínimo” de faturas ou até mesmo a realização de gastos maiores do
que o próprio salário são facilmente atingidos – colaborando para aumentar
ainda mais o volume de dívidas.
6) Avalie o que você já possui.
Compradores compulsivos geralmente gastam montantes abusivos em itens que são
facilmente esquecidos instantes após a compra. Para não cair nessa armadilha,
organize tudo o que é prioridade no seu dia a dia e avalie o que realmente é
necessário adquirir.
7) Identifique novas oportunidades de gerar receita.
Desde a venda de artigos usados até a busca por novas oportunidades de emprego,
é fundamental estar atento às novas chances que podem surgir para conseguir
fazer o dinheiro durar até o final do mês. Negociar descontos e condições
especiais de pagamento também é uma ótima oportunidade nesse caminho.
8) Cuide do seu crédito para não voltar a se endividar.
Depois de saldar as dívidas, continue mantendo a casa em ordem para não perder
de vista o limite de gastos. Tenha sempre em mente que seu crédito é seu
patrimônio.
9) Faça seu dinheiro trabalhar por você. Depois
de saldar as dívidas, tenha sempre em mente um valor fixo a ser aplicado em
algum tipo de investimento. Nesse caminho, a periodicidade é mais importante do
que a quantidade: mesmo que pareça insignificante investir com retornos que
muitas vezes não passam de centavos, não perca o foco e continue guardando seu
patrimônio.
10)Tenha disciplina e foco até alcançar o objetivo de
gastar menos do que ganha. A principal estratégia não está em
quanto se ganha, mesmo diante de crises. E sim encontrar o equilíbrio entre o
que se ganha, investe e se gasta.
Dirlene Costa - Vice-Presidente
Administrativo-Financeiro na MultiCrédito
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