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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Febre amarela: o que os pais precisam saber?



 Surto da doença tem preocupado e aumentado a procura por vacina


O aparecimento de casos de febre amarela nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo no início deste ano tem alarmado a população sobre um possível surto da doença em outras regiões do Brasil.

A disseminação do vírus preocupa uma vez que um de seus vetores é o Aedes aegypti, principal vetor também para Dengue, Zika e Chikungunya.

Até o momento o que se sabe é que os casos confirmados nesses estados são de febre amarela silvestre, ou seja, transmitida por meio dos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, presentes em áreas específicas de mata.

De acordo com o médico infectologista do Hospital Infantil Sabará, Francisco Ivanildo de Oliveira, não se deve alarmar a população, já que não há evidências de transmissão urbana. “Não é o caso de sair vacinando todo mundo. Por enquanto a vacina só faz sentido para aqueles que vivem em regiões de risco ou que vão viajar para estes locais. A vacina é segura e os efeitos colaterais costumam ser leves, mas algumas pessoas podem ter reações mais sérias, por isso é muito importante que ninguém seja vacinado sem necessidade”, explica.



Dicas

O médico elenca 5 pontos que são necessários saber sobre a doença neste momento. Confira:

ü A vacina é, sim, a melhor forma de prevenção. Porém, verifique no site do Ministério da Saúde se a sua cidade está na área de risco para transmissão da febre amarela. Nestes locais a vacina é recomendada e oferecida pela rede pública;

ü Se você pretende viajar pelo país, informe-se com antecedência se o seu destino é uma área com risco de transmissão da doença, pois a vacina precisa ser aplicada pelo menos 10 dias antes da viagem;

ü Em áreas de risco ou mesmo em regiões não afetadas, o uso de repelentes é sempre recomendado já que evita a picada de mosquitos, que podem transmitir outras doenças;

ü Demais barreiras físicas para impedir o mosquito também são bem-vindas, como uso de telas nas janelas e sobre a cama;

ü  Nas crianças que vivem em áreas com recomendação de vacina, a idade recomendada para a primeira dose é a partir dos 9 meses de idade.

ü  Grávidas e mulheres que estão amamentando não devem ser vacinadas.

Por fim é importante manter-se atento ao controle da proliferação dos mosquitos. Mesmo sem haver transmissão da febre amarela urbana, a redução de criadouros do Aedes é fundamental para prevenir outras doenças, como Dengue, Zika e Chikungunya.



Sintomas

A febre amarela causa sintomas semelhantes em crianças e adultos. “O aparecimento de febre alta sem explicação e repentina, além de dores musculares, calafrios e náuseas, indicam a necessidade de procurar um serviço de saúde”, completa o médico.


A maioria dos casos da doença se comporta de forma benigna e o paciente se recupera rapidamente. Porém, assim como toda doença infecciosa, a febre amarela pode evoluir para a forma grave causando icterícia e complicações hepáticas e renais. “É importante que se faça o diagnóstico correto o quanto antes. Portanto, pessoas não vacinadas que estiveram em áreas de transmissão da febre amarela e que apresentam quadro febril até 15 dias após a viagem devem procurar um médico e ele indicará tratamento e exames necessários”, finaliza.


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