Fernando
Meirelles, presidente do LIDE Conteúdo e professor titular da FGV-EASP
(Crédito/foto:
Fredy Uehara/Uehara Fotografia)
A 115ª edição da Pesquisa Clima
Empresarial LIDE-FGV, realizada com CEOs, presidentes e outros líderes
corporativos presentes no Almoço-Debate realizado nesta quinta-feira (7), na
capital paulista, revela que o empresariado mantém confiança na gestão do
presidente interino Michel Temer. O índice, calculado pela Fundação Getúlio
Vargas (FGV), é uma nota de 0 a 10, resultante de três componentes com o mesmo
peso: governo, negócios e empregos.
Apresentado no final do evento,
que contou com exposição do ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de
Moraes, o levantamento coordenado por Fernando Meirelles, presidente do LIDE
Conteúdo e professor titular da Faculdade Getúlio Vargas (FGV-EASP), mostra que
nesta edição de julho os governos obtiveram índice de eficiência gerencial de
3,7 para a esfera federal (em junho era 3,9, já com Temer, e em abril era 0,3,
durante a gestão Dilma); 5,3 para estadual (no âmbito do Estado de São Paulo;
ante 5,5 em junho) e 1,4 para a municipal (relativa à capital paulista, em
junho era 1,5).
A pesquisa mostra, também,
contínua elevação do índice de clima empresarial: 4,3 (ante 4,1 em abril, já na
gestão do presidente interino Michel Temer, e frente à média de 2,2 obtida ao
longo dos Almoços-Debates realizados em 2015, ao longo da gestão Dilma Rousseff).
O levantamento também aponta ligeira melhoria no otimismo dos líderes
empresariais quanto à situação atual dos negócios: para 36% dos empresários,
ela piorou (em junho o índice era superior, 44%); para 45%, vai ficar igual
(frente a 41% do mês anterior); e 19% disseram que haverá melhoras (ante 15% de
junho).
Entre os fatores que impedem o
crescimento das empresas, em julho o Cenário Político (59%) mantém os altos
percentuais registrados no mês anterior (62%), seguido da Carga Tributária
(23%), Nível de Procura (14%) e Taxas de Juros (4%). Questionados sobre qual a
área que o Brasil mais precisa melhorar, os empresários apontaram a Política
(34%), seguida de Educação (29%), Infraestrutura (20%), Segurança (11%) e Saúde
(6%). Apesar da melhora dos índices de avaliação do governo federal, o Cenário
Político se mantém como o tema mais preocupante na atual conjuntura (86%),
inferior porém ao mês de junho (92%), seguido da Inflação (12%), Câmbio (1%) e
Crise Internacional (1%).
Para 51% do empresariado, o
Brasil somente voltará a crescer em 2018 (em junho, era 46%); 33% já em 2017
(38% no mês anterior), 7%, em 2019 (10% em junho); 7% em 2020 (3% no mês
anterior); e 2%, ainda neste ano (ante 3% de junho). Quanto às contratações,
23% dos líderes empresariais pretendem empregar neste ano (em junho eram 21%);
55%, manter o quadro atual de empregos (no mês anterior, era 52%); e 23%,
demitir (frente 27% de junho).
Questionados sobre o prazo de
eventual condenação de Dilma Rousseff pelo Senado Federal, 75% dos empresários
acreditam que será condenada em até 60 dias e 22%, em até 90 dias. Somente 3%
acreditam que a presidente afastada será absolvida.
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