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quinta-feira, 28 de julho de 2016

Por que o brasileiro é apaixonado por açúcar?



 Parte da cultura e história do mundo, o ingrediente se mantém até hoje como umas das principais fontes de alimento e de renda no País 


Pesquisa realizada com pacientes do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia no âmbito da Campanha Doce Equilíbrio identificou que 71% da população consome açúcar habitualmente e, desse total, 26% ingere alimentos açucarados todos os dias. Os dados reforçam a forte ligação do brasileiro com o açúcar, o que já vem de muitos séculos. Além de ser a principal fonte de energia utilizada pelo cérebro, o ingrediente traz a sensação de bem-estar e ainda tem um papel muito importante na culinária.
Esses fatores compõe um cenário histórico e cultural relevante conhecido também como a Rota do Açúcar. Decorrente do processamento da cana, que tem seu primeiro registro há cerca de 12 mil anos, o produto chegou ao Brasil com as caravelas de Cabral, no século XVI, época do Descobrimento. Os portugueses estabeleceram engenhos de cana no País e trouxeram a tradição dos doces e da utilização do ingrediente em diversos pratos.
O produto foi a principal fonte de renda do Brasil no período colonial, e até os dias atuais tem forte presença na economia e na rotina alimentar dos brasileiros, principalmente nos preparos culinários de doces e bebidas. Como mostra a pesquisa feita no Instituto Dante Pazzanese, 88% dos que consomem açúcar afirmam utilizar o ingrediente no chá ou café, enquanto 62% preferem adicioná-lo em sobremesas e bolos.
Segundo o antropólogo e autor do livro Caminhos do Açúcar, Raul Lody, “o paladar doce é extremamente cultural, foi desenvolvido a partir do costume português de acrescentar o produto aos diversos alimentos e usá-lo em diversos tipos de celebrações. Deste modo, o brasileiro criou uma memória baseada nesta tradição.”
Na Idade Média, o açúcar foi considerado uma especiaria. Mais caro que o grama do ouro, era utilizado como medicamento e entregue como presente para papas, reis e nobres. Além de sua raridade, que provocava cobiça, associava-se aos produtos do Éden, aproximando homens e deuses.
Raul Lody explica que, por esses motivos, até hoje o doce é valorizado como um presente ou uma experiência gastronômica de grande valor. “Formou-se no mundo um entendimento de que tudo aquilo que chega do açúcar da cana está repleto de significados, de alegria a prazer”, afirma.

Equilíbrio:
Nos dias atuais, um dos assuntos mais discutidos em torno do ingrediente é a sua relação com algumas questões de saúde. A boa notícia é que o açúcar pode ser consumido normalmente, levando sempre em conta a recomendação da nutricionista Marcia Daskal, de que a ingestão deve ser feita de forma equilibrada.

“As
pessoas gostam de comer produtos açucarados e não há problema se isso acontecer diariamente, desde que se avalie a quantidade. Precisamos parar de eleger vilões e resgatar o prazer pela comida. Olhar para o alimento não isoladamente, mas num contexto de vida”, salienta a especialista.
Com séculos de história, o uso do açúcar e das demais especiarias fez nascer e crescer uma gastronomia com centenas de criações. “O ingrediente não só dá prazer, mas também auxilia o organismo a ser mais produtivo. Por este motivo, é uma paixão mundial, não devendo ser excluído do cardápio e sim valorizado”, complementa Marcia. 
Sobre a pesquisa: “Consumo equilibrado: uma nova percepção sobre o açúcar”
A pesquisa realizada pelo Instituto Dante Pazzanese para a Campanha Doce Equilíbrio tem o objetivo de compreender os hábitos e comportamentos de quem consome açúcar. Foram realizadas 1.199 entrevistas com homens e mulheres de 18 a 85 anos – pacientes do ambulatório do hospital e pertencentes às classes A, B e C – durante os meses de setembro e dezembro de 2015.


Sobre a campanha Doce Equilíbrio:
A Campanha Doce Equilíbrio é uma iniciativa da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) e tem como objetivo promover a informação sobre o equilíbrio na alimentação e estilo de vida. Equalizando o debate sobre o açúcar como componente que pode e deve fazer parte de uma vida saudável, a campanha visa o bem-estar da sociedade. Nas plataformas de blog (http://www.campanhadoceequilibrio.com.br/), Facebook (www.facebook.com/campanhadoceequilibrio) e Instagram (http://instagram.com/campanhadoceequilibrio), o público pode acompanhar e participar interativamente dos conteúdos relacionados ao universo do açúcar. O projeto conta ainda com o apoio da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (SIAMIG), do Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás (SIFAEG) e do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool do Estado da Paraíba (SINDALCOOL).

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