Especialista fala sobre a importância
do conhecimento das diferenças entre os tipos da enfermidade e as formas de
contágio
ão
Paulo, 26 de julho de 2016 –
A Organização Mundial de Saúde (OMS) instituiu 28 de julho como Dia Mundial de
Luta Contra as Hepatites Virais. Estima-se que no Brasil mais de duas milhões
de pessoas tenham algum tipo de hepatite e cerca de 1,5 milhão são portadores
do tipo C, o mais grave. Com o objetivo de atrair atenção para o tema, o
gastroenterologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), Dr.
Moacir Augusto Dias, aproveita a celebração da data para incentivar o diálogo
sobre o tratamento e prevenção da doença.
“Hepatite
é uma inflamação do fígado, que pode ser causada por vírus ou bactéria, ou uso
excessivo de medicamentos, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes,
metabólicas e genéticas”, diz Moacir. Segundo o especialista, os principais
sintomas são mal estar, dor abdominal (principalmente no lado direito do
abdômen), febre, dor de cabeça, cansaço, vômitos, pele e olhos amarelados
(icterícia), coceira pelo corpo, urina escura e fezes claras.
·
Hepatite
A e E: a transmissão
pode se dar pelo contato com saliva e fezes da pessoa contaminada ou por meio
da ingestão de água e alimentos contaminados. As hepatites A e E não se tornam
crônicas, apesar de poderem levar à morte por insuficiência hepática em alguns
casos. As principais formas de prevenção são manter as mãos limpas, beber água
filtrada e ingerir frutas e verduras que tenham sido higienizadas em uma
solução contendo água sanitária.
·
Hepatite
B e D: é transmitida
por relações sexuais sem proteção e compartilhamento de objetos de uso pessoal
contaminados, como lâminas de barbear, escovas de dente, equipamentos de
manicure, agulhas, seringas, equipamentos de tatuagem e piercing, além de
agulhas de acupuntura. A hepatite causada pelo vírus B evolui para doença crônica
em 5 a 10% dos casos, podendo levar à cirrose hepática. O vírus da hepatite D
depende da presença do vírus da hepatite B para se reproduzir, e as maneiras de
evitá-la são as mesmas do tipo B da doença.
·
Hepatite
C: a transmissão se
dá pelo contato com sangue contaminado que pode estar presente em objetos de
uso pessoal sem esterilização. A hepatite C atinge o quadro crônico na maioria
das pessoas (70 a 80% das infecções), evoluindo para cirrose hepática e para câncer do fígado. A principal forma de se prevenir é
praticar sexo seguro, usar preservativo nas relações sexuais e não ter contato
com sangue contaminado. Não existe vacina.
Excesso
de bebida alcoólica
O
consumo em excesso de bebidas alcoólicas pode causar a doença hepática
alcoólica, já que é o fígado o principal responsável por metabolizar a
substância. Quando o álcool é processado, o órgão produz substâncias altamente
tóxicas que podem provocar três tipos de lesões hepáticas: acúmulo de gordura
(fígado gordo), a inflamação (hepatite alcoólica) e o aparecimento de
cicatrizes (cirrose).
Hepatite
medicamentosa
É
uma grave inflamação do fígado causada pelo uso de remédios em excesso ou
porque a pessoa tem hipersensibilidade a certos medicamentos, como se fosse uma
reação alérgica do fígado manifestada na forma de hepatite.
Recomendações
ü Manter boas práticas de higiene
pessoal;
ü Lavar bem e cozinhar os alimentos;
ü Usar preservativos e seringas
descartáveis;
ü Utilizar equipamentos de proteção para
quem trabalha com materiais como tintas;
ü Fazer exames periódicos;
ü Evitar automedicação – remédios
somente com prescrição médica;
ü Não ingerir remédios e chás caseiros.
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