Brasil ocupa o segundo lugar entre os países
com a população mais estressada do mundo
Jornada
de trabalho extensa, pressão por bons resultados, alta competitividade e falta
de reconhecimento levam trabalhadores a um estado de estresse constante, que,
com o passar do tempo, acarreta na baixa produtividade e danos à saúde física e
mental, também conhecida como ‘Síndrome de Burnout’. Um estudo realizado pelo
International Stress Management Association (Isma-BR), em 2012, apontou o
Brasil como o segundo País com maior nível de estresse no mundo. No mesmo ano,
dados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) revelaram que os gastos
com auxílio doença concedidos por transtornos mentais ultrapassou 218 milhões
de reais, causados pelo estresse no trabalho.
Na
opinião da Headhunter e Executive Coach Luciana Tegon, sócia diretora da Tegon
Consultoria, o estresse no ambiente profissional é encarado por muitos como o
“mal do século”, mas há dicas importantes para amenizar o quadro que prejudica
o desempenho de muitas pessoas. “Procure ajuda se não estiver conseguindo lidar
sozinho com as situações. O coaching é uma ótima opção para fortalecer seus
pensamentos, entender opções e adotar comportamentos que o farão atravessar
cenários turbulentos de forma positiva e construtiva”, revela.
A
qualidade de vida é uma das prioridades das empresas hoje em dia, por buscar
alta performance e redução de problemas com seus funcionários. Para Tegon, há
profissões muito estressantes, mas nem sempre elas são as únicas culpadas por
gerar um desequilíbrio no trabalho. “Há pessoas que sofrem com o estresse por
outros motivos como a falta de identificação com o trabalho que realizam,
problemas de relacionamento com equipes e gestores ou até submissão à uma
cultura ou valores da empresa que não representam seus próprios valores”,
explica.
Nas
empresas, os estresses mudam para cada cargo: funcionários e empresários.
Confira as cinco dicas da especialista para reduzir e lidar com o estresse, nos
dois perfis.
Para o funcionário:
1. Crie estratégias para enfrentar as situações de pressão.
Quem se prepara para situações que podem vir reagem de forma menos precipitada
e emocional. Estude sua área, a situação da empresa, observe os fatos e pense
estrategicamente qual deve ser seu comportamento para agregar valor à empresa e
colaborar para que todos vençam as dificuldades. Este tipo de postura demonstra
inteligência emocional e será percebido positivamente por seus gestores,
elevando suas possibilidades de manter-se na empresa e até ser considerado para
posições maiores.
2. Organize seu tempo de acordo com as prioridades. Em tempos
de equipes enxutas, sobram atividades e falta tempo. Dizer não às vezes não é a
melhor estratégia. Sugiro negociar com seu chefe as tarefas e entregas. Aqueles
que reagem a tudo de forma negativa começam a perder espaço dentro das
corporações. A palavra de ordem é “resiliência”.
3. Saiba avaliar o tamanho de cada problema. Não reaja a tudo
da mesma forma. Pequenos problemas não devem ser recebidos e nem tratados com a
mesma gravidade de grandes dificuldades. Avalie e trate cada situação
individualmente e evite o efeito “ultima que para transborda o copo”.
4. Mantenha o pensamento positivo. Por mais difícil que seja
não contaminar-se com o baixo astral dos corredores corporativos, assuma a
postura de que na vida tudo é um ciclo e que este ciclo desafiador também vai passar.
Isto contribui para sua qualidade de vida e para estimular as outras pessoas a
fazerem o mesmo melhorando o ambiente de trabalho como um todo.
5. Mantenha uma rotina de alimentação, atividade física e
sono adequadas. O sistema nervoso será bastante exigido. Um corpo forte e
equilibrado responderá melhor ao estresse, estando menos vulnerável a doenças
comuns aos períodos de pressão nas empresas como depressão, problemas
respiratórios, enxaquecas, gastrites, taquicardia, pressão alta e baixa
imunidade.
Para o empresário:
1. Atenção a forma de comunicar-se com os funcionários.
Pequenos ruídos de comunicação podem gerar grandes males. Transparência é
fundamental porém, o adequado uso de palavras e do momento certo podem
transformar uma mensagem difícil em um chamado para que todos se dediquem com o
objetivo de superarem juntos o cenário desafiador. O poder do engajamento dos
colaboradores é determinante para as empresas vencerem crises.
2. Mantenha a estrutura e o ambiente de trabalho saudáveis. Muitas
vezes com o objetivo de reduzir custos, pequenos benefícios são tirados dos
funcionários gerando mal estar e temor. Avalie o custo X benefício e
principalmente o impacto que a medida vai gerar financeiramente para a empresa
X impacto moral no time.
3. Mantenha as lideranças alinhadas e afinadas no discurso e
na postura. Maus gestores são destruidores de equipes.
4. Esteja atento a focos de “incêndio” nas áreas.
Identifique, corrija ou demita colaboradores que adotam postura inadequada
semeando discórdia e caos. O momento é de coalizão e esforço conjunto.
5. Comemore sempre! Pequenas vitórias devem ser sempre
comemoradas e valorizadas. São pequenas lampejos de alegria e esperança que vão
alimentando e motivando a equipe a fazer mais e melhor a cada dia!
Luciana
Tegon - Headhunter,
Personal, Professional,Executive & Positive Coach pela Sociedade Brasileira
de Coaching. Graduada em Direito, Pós-Graduada em Direito Processual e MBA em
Gestão de Recursos Humanos. Sócia Diretora da Consultants Group by Tegon,
consultoria especializada em Recrutamento, Seleção, Outplacement e Recolocaçao
de Executivos. Articulista do Linkedin, Blog do Headhunter
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