Veludo
molhado, couro, suede, lã, cashmere e peças de alfaiataria, trench coats,
sobretudos e capas têm particularidades que precisam ser respeitadas para que
durem mais
O inverno
veio com tudo neste ano. Com ele, os tecidos e peças mais bonitos da estação
saíram dos guarda-roupas e das vitrines e estão nas ruas, tornando o dia a dia
mais bonito...
Veludo
molhado e suede são a novidade da estação. E, claro, os tradicionais couro, lã
e cashmere não podem faltar para aquecer quem ama moda nos dias mais frios. Falando
em tendência, a alfaiataria veio com tudo nesta estação e os trench coats,
sobretudos e as capas reinam absolutos.
Você,
que entende de moda, sem dúvida quer cuidar bem de suas roupas. Sabe, porém,
como fazê-lo? “É necessário entender que para cada um dos tecidos e peças
citados há um tratamento adequado a se tomar na hora de lavar, secar, passar e
guardar a roupa. A temperatura da água, o produto químico utilizado na hora de
lavar, o método de secagem, a temperatura do ferro e a forma de guardar influenciam
na durabilidade da peça e podem causar manchas, deformação e até inutilizá-la
permanentemente. Por isso, é imprescindível que se conheça cada detalhe das
roupas”, alerta Alaor Chiodin, diretor da Lavanderia Wash, que há mais de 40
anos cuida de roupas finas.
Ele
dá dicas sobre cada tecido e tipo de roupa citado aqui:
Veludo molhado e suede – O veludo molhado (ou veludo
alemão) é um tecido com brilho e extremamente delicado. Não deve ser lavado na
máquina comum, em casa, porque o atrito quebra suas fibras e ele marca
completamente. Também não deve ser torcido, pelo mesmo problema. É um tecido
que mancha facilmente, tanto com resíduos de sujeira, como alimentos e bebidas,
quanto pelo uso incorreto de sabão em pó. “Por isso, o ideal é observar a
etiqueta de lavagem e limpá-lo a seco. Vale lembrar que limpeza a seco é
realizada com solvente, sem água, por lavanderias especializadas”, explica
Chiodin. O mesmo vale para o suede. “Esse delicado tecido mancha até com
desodorante. É dificílimo de ser limpo e jamais pode receber o contato com a
água. Somente a limpeza a seco o deixa como novo”, alerta.
Na
hora de guardar, é importante que as peças sejam protegidas por capa de TNT ou
simplesmente penduradas do lado avesso.
Couro – Alaor Chiodin sempre lembra que o couro é uma peça viva e
precisa de respirar. “Tire suas peças de couro do armário para arejar e nunca
as guarde imediatamente após o uso. Deixe-as pendurada de um dia para o outro,
à sombra, em lugar ventilado. Depois, pendure-as em cabide largo e proteja-as
com capa de TNT. É importante lavá-las, apenas em lavanderia especializada em
couro, periodicamente, para que durem muitos anos. Nunca as molhe em casa
porque elas apodrecerão”, ensina.
Lã e Cashmere – O grande problema dessas peças não
é o método de lavar – e sim a forma como devem ser secas. “A lã e a cashmere
deformam. A água pesa nas fibras e estica a peça. Além disso, elas não podem
ser lavadas na máquina comum e nem centrifugadas. Precisam secar na horizontal
e não devem ser colocadas na máquina de secar, porque encolhem. São muitos
detalhes que, se não forem observados, estragam a peça após o primeiro uso.
Peças de alfaiataria, trench coats, sobretudos e capas – Mais uma
vez, o problema é a deformação. “Quem compra uma peça de alfaiataria busca o
corte perfeito, o caimento adequado. E se espanta após lavá-la e secá-la de
qualquer maneira e ela perder toda a sua elegância. É o erro de colocar na
máquina caseira, porque o atrito entorta a peça e a deforma, ou pendurar de
maneira errada”, diz o profissional. Além disso, ele alerta para o ferro
desregulado. “O ferro comum causa brilho na peça, o que a estraga
permanentemente. É muito deselegante usar um blazer ou uma calça com brilho nas
costuras, proveniente do ferro de passar. Nas lavanderias, isso não acontece
porque o ferro é especial e regulado na temperatura correta”, diz.
Trench
coats, sobretudos e capas passam pelo mesmo problema, com o agravante que não
secam direito pelo tamanho maior das peças ou não são passadas adequadamente,
pelo mesmo problema. “O ideal é passá-las na mesa, se for o caso de fazê-lo em
casa, observando-se o cuidado com as mangas, para não marcá-las”, aconselha.
Na
hora de guardar, cuidado com a luz!
Os closets estão cada vez mais iluminados, seja por luzes
artificiais ou pela iluminação natural. Por não terem portas, eles permitem
que as roupas recebam a iluminação diretamente, o tempo todo. E essa luz
desbota e mancha as roupas guardadas, mais precisamente o lado que está
exposto à iluminação. “Temos recebido muitas peças manchadas apenas de um
lado e não temos o que fazer com elas. Basta uma estação – poucos meses –
para que o estrago seja feito, tanto em peças de tecido quanto no couro”,
conta Alaor Chiodin.
Por isso, ele aconselha a proteger as peças de pouco uso
com capas de TNT, e virá-las no closet, sempre que possível. “Também é
aconselhável manter o ambiente escuro, sempre que possível”, ensina.
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Lavanderia
Wash - www.wash.com.br
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