Princípio
da solidariedade – mulheres em processo de reprodução assistida podem doar
parte de seus óvulos para aquelas que não os produzem
No dia 22 de setembro de 2015, o Conselho Federal de Medicina
alterou algumas regras de reprodução assistida por meio da Resolução 2.121/15.
Entre elas, a doação de óvulos compartilhada. Esse compartilhamento só poderá
ocorrer da seguinte forma: mulheres com até 35 anos, em processo de reprodução
assistida, poderão doar parte de seus óvulos para outras que não podem mais
produzi-los, em troca do custeio de parte do tratamento, o que está sendo
chamado de “princípio da solidariedade”.
Ou seja, casais poderão ter tratamentos de FIV a baixo custo se
doarem parte de seus óvulos e preencherem alguns requisitos. Deste modo, uma
mulher mais jovem, que esteja tentando engravidar e não consegue, e que não
tenha recursos financeiros para fazer um tratamento, poderá doar seus óvulos a
outra paciente, geralmente que não produz mais seus próprios óvulos. A
receptora, em troca, pagará parte do tratamento da doadora, porém, é
obrigatório que ambas estejam fazendo tratamento.
Muitos associam o problema da receptora somente à questão da idade
mais avançada, mas não é bem assim. Há muitos casos de mulheres que tiveram
menopausa precoce. Já outras passaram por tratamentos oncológicos, fazendo
químio e radioterapia - sem saber que deveriam congelar os óvulos - e se
tornaram inférteis. Há casos de mulheres que já nascem com algum problema
genético, o que as impede de engravidar.
Portanto, doar óvulos pode ser um gesto de solidariedade e amor
que beneficiará duas famílias. O Projeto Fertilizando Sonhos nasceu para
realizar sonhos, dos futuros pais e da nova vida que virá.
Fertilizando Sonhos
Sensíveis as
dificuldades dos casais, os integrantes do IPGO – Instituto Paulista de
Ginecologia e Obstetrícia - idealizaram o Projeto Fertilizando Sonhos. Trata-se
de um programa que disponibiliza consultas, às quartas-feiras, somente para
pacientes sem condições financeiras, que necessitam de uma avaliação. As consultas são agendadas via site http://www.ipgo.com.br/proj02.html ou pelo aplicativo - IPGO - que pode ser baixado tanto para Android como para IOS. Os interessados devem preencher uma ficha de inscrição.
O atendimento dos pacientes inscritos neste Projeto será feito pelo Dr. Arnaldo Cambiaghi, especialista na área e diretor do IPGO, ou por um dos médicos da equipe. Caso haja uma procura maior do que a esperada, será feita uma seleção por meio de critérios estabelecidos por uma comissão interna. Porém, o IPGO sempre conta com mulheres que sejam solidárias e que gostariam de ajudar outras mulheres que precisam da doação de óvulos. Como é necessário que haja uma compatibilidade entre doadora e receptora, toda doação é bem-vinda.
Regras gerais para doação de óvulos
A doação nunca terá caráter lucrativo ou comercial. Não se vendem
óvulos (nem espermatozoides). As doadoras não podem conhecer a identidade das receptoras,
e vice-versa. Obrigatoriamente serão mantidos o sigilo e o anonimato. A
legislação não permite doação entre familiares. As clínicas especializadas
mantêm de forma permanente um registro dos doadores, dados clínicos de caráter
geral com as características fenotípicas (semelhança física) e exames
laboratoriais que comprovem sua saúde física. A escolha de doadores baseia-se
na semelhança física, imunológica e na máxima compatibilidade entre doador e
receptor. Doadoras e receptoras devem assinar termo de consentimento livre e
esclarecido que explica detalhadamente todas as implicações da ovodoação.
• Idade entre 18 e 35 anos;
• Bom nível intelectual;
• Histórico negativo de doenças genéticas transmissíveis;
• Teste negativo para doenças infecciosas sexualmente transmissíveis;
• Tipagem sanguínea compatível com a da receptora (exceto se a receptora não se importar);
• Boa reserva ovariana.
Arnaldo Cambiaghi - diretor do Centro de reprodução humana do IPGO,
ginecologista-obstetra especialista em medicina reprodutiva, trilha sua
carreira auxiliando casais na busca por um filho e durante toda a gestação.
Membro-titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, da Sociedade Brasileira de
Cirurgia Laparoscópica, da European Society of Human Reproductive Medicine.
Formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa casa de São Paulo e
pós-graduado pela AAGL, Illinois, EUA em Advance Laparoscopic
Surgery. O especialista além de autor de diversos livros na
área médica como Fertilidade Natural, Grávida Feliz, Obstetra Feliz,
Fertilização um ato de amor, e Os Tratamentos de Fertilização e As Religiões,
Fertilidade e Alimentação, todos pela Editora LaVida Press e Manual da
Gestante, pela Editora Madras. Criou também os sites: www.ipgo.com.br; www.fertilidadedohomem.com.br;
www.fertilidadenatural.com.br,
onde esclarece dúvidas e passa informações sobre a saúde feminina,
especialmente sobre infertilidade. Apresenta seu trabalho em congressos no exterior, o que confere a ele um
reconhecimento internacional.
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