Os romanos
deram ao oitavo mês do ano o nome de agosto, numa homenagem ao imperador
Augustus, um dos mais sanguinários da antiguidade. Os romanos não gostavam
deste mês e acreditavam que um enorme dragão passeava pelos céus nesta época.
Crendices à
parte, o fato é que o mês de agosto tem sido marcado por tragédias contra a
humanidade. No dia 24 de agosto de 1572, Catarina de Médici, por questões
políticas e controle do trono, ordena a matança dos protestantes na França.
Esta matança
que teve início em Paris ficou conhecida como o Massacre de São Bartolomeu, e
acabou com mais de 100 mil huguenotes. Contam que o rio Sena tinha tantos
cadáveres que ninguém comeu seus peixes durante meses.
No dia 1º.
de agosto de 1914 teve início a 1ª. Guerra Mundial, com milhões de vítimas. Em
agosto de 1939, a Alemanha decide invadir a Polônia, iniciando a 2ª. Guerra
Mundial em 1º. de setembro.
Em 02 de
agosto de 1939, Albert Einstein escreveu uma carta ao então presidente americano
Roosevelt, sobre a possibilidade de se criar uma bomba atômica, partindo de
cadeia de reações nucleares em uma massa de urânio. Foi então criado um grupo
de cientistas, militares e políticos, sob o nome de Projeto Manhattan, cujo
objetivo era produzir a primeira bomba atômica. Em 06 de agosto de 1945, sob as
ordens do presidente americano Harry Truman, explode a 1ª. Bomba atômica na
cidade de Hiroshima.
O capitão
Robert Lewis, copiloto do avião que jogou a bomba, ao ver o resultado, disse:
Meu Deus! O que fizemos? Três dias depois, em 09 de agosto, a 2ª. bomba é
jogada em Nagasaki. As estimativas são de que morreram mais de 250 mil pessoas
em Hiroshima e 150 mil em Nagasaki, somente na ocasião da explosão. Depois, com
os efeitos da radiação, muito mais gente morreu, mas não se tem o número certo.
Anos mais
tarde, Albert Einstein lamentou sua carta recomendando a criação da bomba
atômica e disse estar alarmado com a hipótese de uma nova guerra atômica, pois
ela aniquilaria a Terra.
O Brasil
começa o mês de agosto de 2016 mergulhado em uma profunda crise econômica,
política e moral. Por outro lado, vivemos um período de muitas revelações e
transformações profundas, acreditamos, para melhor.
Também
teremos a votação final do impeachment de Dilma, as Olimpíadas no Rio de
Janeiro e, apesar de tantos problemas, talvez exista mesmo um enorme dragão
passeando nos céus, como diziam os antigos romanos.
Importante
lembrar que o dragão representa a sabedoria, a energia do fogo, o poder
indomável da natureza e a transformação. É aquele que destrói para reconstruir.
Neste momento, precisamos dele e de tudo o que representa.
Célio Pezza - colunista, escritor e
autor de diversos livros, entre eles: As Sete Portas, Ariane, A Palavra Perdida
e o seu mais recente A Tumba do Apóstolo. Saiba mais em www.facebook.com/celio.pezza
Nenhum comentário:
Postar um comentário