Hospital Alemão Oswaldo Cruz adere a
campanha “Julho Verde”, que alerta para a prevenção do câncer de cabeça e
pescoço; álcool e tabagismo ainda são os principais fatores
de risco
Os tumores
de boca, faringe, laringe e amígdala, denominados cânceres de cabeça e pescoço,
estão atingindo cada vez mais os adultos jovens, de 30 a 45 anos, que não fumam
ou consomem bebida alcoólica. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que,
neste ano, haja cerca de 15 mil novos casos de câncer de cavidade oral
(orofaringe, boca e garganta), 20% deles ligados ao HPV (Vírus do Papiloma
Humano). Os tumores de cabeça e pescoço são o quarto tipo mais frequente entre
os homens brasileiros. Em países da Europa e nos Estados Unidos o vírus é
responsável por 70% dos cânceres de língua ou amígdalas.
Diante deste cenário, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz adere ao “Julho Verde”,
que celebra o Dia Mundial do Câncer de Cabeça e Pescoço (27/7),
para alertar a população sobre os principais fatores de risco e sobre a
importância da prevenção da doença. Durante este mês, como uma forma de
simbolizar a campanha, a fachada do Complexo Hospitalar estará iluminada de
verde.
De acordo com o oncologista Carlos Henrique Teixeira, do Centro de Oncologia do
Hospital, o tabagismo e o consumo excessivo de álcool são os principais
responsáveis pelo surgimento de câncer de cabeça e pescoço, no entanto, nos
últimos anos o HPV se tornou um importante fator de risco. “O fato do câncer de
cabeça e pescoço, associado ao HPV, estar crescendo entre a população jovem, se
deve a mudança do comportamento sexual e da prática do sexo oral sem proteção.
Homens e mulheres estão vulneráveis ao surgimento destes tumores”, afirma
Teixeira.
O especialista ainda
alerta sobre a importância do diagnóstico precoce da doença. Feridas na boca
que não cicatrizam, sangramento espontâneo da parte interna da cavidade bucal,
manchas brancas ou vermelhas, rouquidão contínua e mudanças no tom de voz,
nódulos e dores na região do pescoço podem indicar o surgimento da doença.
“ O autoexame é
importante para observar as regiões internas e externas dos lábios, boca, língua
e bochechas, além da procura de gânglios na região do pescoço. Caso a pessoa
identifique algo diferente é importante procurar um dentista ou um médico para
a confirmação diagnóstica”, diz Teixeira.
Tratamento Integrado
O Centro de Oncologia do
Hospital Alemão Oswaldo Cruz conta com equipe multidisciplinar composta por
médicos oncologistas, cirurgiões de cabeça e pescoço, cirurgiões bucomaxilofacial, radio-oncologistas, além de
psicólogos, nutricionistas e fonoaudiólogo, capazes de oferecer atenção adequada
a todas as fases da doença.
“Durante ou após o
tratamento o paciente pode apresentar dificuldade para comer ou para falar. Por
isso é extremamente importante ele poder contar com especialistas que irão
disponibilizar um cuidado integrado. Além do tratamento específico, é
extremamente importante amenizar os efeitos colaterais e atuar na reabilitação
dos pacientes”, diz o oncologista.
No Centro de Oncologia do
Hospital, pacientes se beneficiam dos avanços e das novas técnicas de
radioterapia, que atualmente permitem dirigir o feixe de radiação de uma forma
que atinge o tumor em todas as suas dimensões, sem agredir os tecidos das
regiões próximas, promovendo sequela mínimas e mais rapidez no tratamento.
Todos os recursos de imagem necessários para o planejamento preciso da
radioterapia - PET- CT, tomografias e ressonâncias magnéticas -, são
diferenciais oferecidos no Centro.
“A conduta no tratamento,
entre cirurgia, radioterapia ou ambos, associados ou não a quimioterapia,
sempre vai depender de cada caso. Por isso a importância de uma equipe
integrada que contemple todo o tratamento. Em casos de pacientes de cabeça e
pescoço ligados ao HPV, geralmente o prognóstico é melhor. Porém, o tratamento
padrão ainda deve ser seguido, com quimioterapia, cirurgia e/ou radioterapia”,
finaliza Teixeira.
Hospital Alemão Oswaldo Cruz – www.hospitalalemao.org.br
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