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sexta-feira, 1 de abril de 2022

Como a Medicina Nuclear contribui para a saúde e auxilia nos tratamentos oncológicos

Às vésperas do Dia Mundial da Saúde e do Dia Mundial de Combate ao Câncer, especialidade é utilizada por diversos espectros da área médica para realizar desde diagnóstico até o monitoramento da resposta de um tratamento

 

Os próximos dias 7 e 8 de abril marcam duas datas mundialmente importantes para a área da saúde. A primeira data se refere ao Dia Mundial da Saúde, instituída, em 1948, pela Organização Mundial da Saúde. Já no dia 8 de abril, lembra-se o Dia Mundial de Combate ao Câncer, criado pela União Internacional de Controle do Câncer (UICC). 

“A tecnologia tem revolucionado a medicina e dado mais segurança e melhor qualidade de vida a quem necessita realizar um tratamento de saúde, em especial na área da oncologia”, afirma George Coura, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN). 

A Medicina Nuclear é a especialidade médica que utiliza substâncias radioativas que, administradas aos pacientes, possibilita, por meio de diagnósticos precoces, o tratamento de inúmeras condições clínicas, além de servir como base para os mais diversos tipos de pesquisa na área médica. A especialidade auxilia diversos campos da ciência da saúde incluindo-se neurologia, cardiologia, oncologia e endocrinologia. 

Na Medicina Nuclear, é ministrado um fármaco radioativo, o radiofármaco, e a radiação é emitida pelo próprio paciente. São usadas doses extremamente baixas de radiofármacos, por isso são seguros e muito raramente provocam algum efeito adverso. A título de conhecimento, os efeitos adversos são menos frequentes que os relacionados a medicamentos de uso comum como analgésicos e antibióticos. 

“Os benefícios se sobrepõem aos efeitos colaterais porque, ao atuarmos em alvos específicos e já conhecidos, podemos destruir predominantemente as células cancerígenas e chegar à remissão total ou parcial da doença”, revela o Dr. George Coura. 

Um dos conceitos mais inovadores na área da Medicina Nuclear é justamente o descrito acima pelo presidente da SBMN, o chamado “Teranóstico”. A palavra é um neologismo da união entre “terapia” e “diagnóstico” e se refere à utilização de uma mesma molécula ativa para abordar um câncer, do diagnóstico ao tratamento. 

“O Teranóstico permite, através de uma mesma molécula usando espectros de radiação diferentes, o diagnóstico, a terapia e o monitoramento da resposta. Cobrindo todas as etapas do manejo do paciente oncológico. Além disso, a nossa especialidade possibilita visualizar órgãos e tecidos nos seus níveis celular e molecular, o que permite, além de um diagnóstico preciso, a definição da melhor estratégia terapêutica”, reforça o presidente da SBMN. 

Analisando a importância da Medicina Nuclear para a área da saúde, a situação pela qual a especialidade passou no ano de 2021 e o momento atual, o presidente da SBMN chama a atenção para o que classifica como fragilidades. “Vejo, nesse momento, uma fragilidade da Medicina Nuclear decorrente de limitações impostas pela pandemia e que necessitam de investimentos e atenção para que possamos manter a continuidade de oferta de saúde à população. Assim, precisamos de medidas que solidifiquem a oferta de opções de fornecedores de radiofármacos, de transporte de material radioativo e de viabilidade de operação dos serviços de medicina nuclear”, finaliza Dr. George Coura, presidente da SBMN, especialista em medicina nuclear.

 

 Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear - SBMN


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