Às vésperas do Dia Mundial da Saúde e do Dia Mundial de Combate ao Câncer, especialidade é utilizada por diversos espectros da área médica para realizar desde diagnóstico até o monitoramento da resposta de um tratamento
Os próximos dias 7 e 8 de abril marcam
duas datas mundialmente importantes para a área da saúde. A primeira data se
refere ao Dia Mundial da Saúde, instituída, em 1948, pela Organização Mundial
da Saúde. Já no dia 8 de abril, lembra-se o Dia Mundial de Combate ao Câncer,
criado pela União Internacional de Controle do Câncer (UICC).
“A tecnologia tem revolucionado a
medicina e dado mais segurança e melhor qualidade de vida a quem necessita
realizar um tratamento de saúde, em especial na área da oncologia”, afirma
George Coura, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN).
A Medicina Nuclear é a especialidade
médica que utiliza substâncias radioativas que, administradas aos pacientes,
possibilita, por meio de diagnósticos precoces, o tratamento de inúmeras
condições clínicas, além de servir como base para os mais diversos tipos de
pesquisa na área médica. A especialidade auxilia diversos campos da ciência da
saúde incluindo-se neurologia, cardiologia, oncologia e endocrinologia.
Na Medicina Nuclear, é ministrado um
fármaco radioativo, o radiofármaco, e a radiação é emitida pelo próprio
paciente. São usadas doses extremamente baixas de radiofármacos, por isso são
seguros e muito raramente provocam algum efeito adverso. A título de
conhecimento, os efeitos adversos são menos frequentes que os relacionados a
medicamentos de uso comum como analgésicos e antibióticos.
“Os benefícios se sobrepõem aos efeitos colaterais porque, ao atuarmos em alvos específicos e já conhecidos, podemos destruir predominantemente as células cancerígenas e chegar à remissão total ou parcial da doença”, revela o Dr. George Coura.
Um dos conceitos mais inovadores na área da Medicina Nuclear é justamente o descrito acima pelo presidente da SBMN, o chamado “Teranóstico”. A palavra é um neologismo da união entre “terapia” e “diagnóstico” e se refere à utilização de uma mesma molécula ativa para abordar um câncer, do diagnóstico ao tratamento.
“O Teranóstico permite, através de uma
mesma molécula usando espectros de radiação diferentes, o diagnóstico, a
terapia e o monitoramento da resposta. Cobrindo todas as etapas do manejo do
paciente oncológico. Além disso, a nossa especialidade possibilita visualizar
órgãos e tecidos nos seus níveis celular e molecular, o que permite, além de um
diagnóstico preciso, a definição da melhor estratégia terapêutica”, reforça o
presidente da SBMN.
Analisando a importância da Medicina
Nuclear para a área da saúde, a situação pela qual a especialidade passou no
ano de 2021 e o momento atual, o presidente da SBMN chama a atenção para o que
classifica como fragilidades. “Vejo, nesse momento, uma fragilidade da Medicina
Nuclear decorrente de limitações impostas pela pandemia e que necessitam de
investimentos e atenção para que possamos manter a continuidade de oferta de
saúde à população. Assim, precisamos de medidas que solidifiquem a oferta de
opções de fornecedores de radiofármacos, de transporte de material radioativo e
de viabilidade de operação dos serviços de medicina nuclear”, finaliza Dr.
George Coura, presidente da SBMN, especialista em medicina nuclear.
Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear - SBMN
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