quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Orçamento Familiar: Você conhece a regra 50/30/20?

Especialista da Sicredi Iguaçu PR/SC/SP explicam como funciona e como aplicar no dia a dia

 

Atualmente, mais da metade dos brasileiros - aproximadamente seis em cada 10 - não tem controle financeiro, segundo a última pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). A falta de planejamento financeiro é um dos principais motivos de endividamento das famílias brasileiras. Por isso, é preciso sempre levar em consideração não apenas os gastos essenciais, mas também determinar o quanto cada família investe mensalmente em outros aspectos, como lazer, por exemplo.

“O que é essencial e o que é supérfluo no meu dia a dia? Investir ou quitar dívidas antes? Esses são questionamentos que sempre aparecem na hora de fazer um planejamento financeiro. Hoje, a maioria dos brasileiros vive no limite do orçamento e isso acarreta em vários problemas, como o endividamento. Por isso existem algumas regras básicas que podem ajudar muito nesta organização, como a regra 50/30/20, um modelo simples e eficaz que ajuda a facilitar o orçamento familiar”, destaca o gerente do Sicredi em Campinas, Carlos Liberato.

50% sobrevivência

Lidar com dinheiro exige, além de disciplina, muita organização, equilíbrio e controle. “Essa regra vale independentemente do salário. É importante saber que 50% da renda deve sempre ser utilizada para bancar os chamados gastos fixos e essenciais para a sobrevivência.  Entre elas podemos citar moradia (aluguel, condomínio, IPTU); contas de luz, água, internet, telefone; alimentação; e transporte. Fazer uma planilha com o orçamento mensal e controlar o total dessas contas para ver se elas equivalem a 50% do seus rendimentos é um bom início. "Caso contrário, é preciso rever contratos e valores para tentar se adequar a isso”, explica.


30% qualidade de vida

Essas são as despesas que geralmente têm muito impacto na vida financeira, portanto são as que as pessoas precisam sempre ficar de olho. “Aqui entra a lista de “desejos e estilo de vida”, que geralmente é onde mais temos descontrole. Apesar de ajudarem muito na qualidade de vida, elas são também as que mais dão dor de cabeça na hora de organizar a planilha. Por isso, o indicado é sempre separar apenas 30% do orçamento para isso: despesas pessoais (beleza, roupas); viagens; cinema e teatro; restaurantes; TV a cabo; e outras assinaturas. Aqui sempre é importante pensar se você realmente precisa daquilo ou é apenas um desejo que a pessoa pode postergar ou deixar de lado”, argumenta.


20% investimentos e dívidas

Aqui está uma das mais importantes, porém a mais esquecida na hora de controlar os gastos. “Guardar 20% da renda mensal deve ser uma prioridade. Esse valor deve ser destinado primeiro para quitar dívidas e depois para investimentos a curto e longo prazos, para que a pessoa possa ter uma reserva de emergência. Esse valor pode ser flexível quando necessário. Por exemplo, se existem muitas dívidas, o ideal é reduzir os gastos com a parte do estilo de vida e aumentar as economias aqui”, ressalta.



Sicredi

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