quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Entenda como a pandemia mudou o perfil de quem compra e aluga imóveis


Apesar das previsões pessimistas de muitos especialistas, o mercado imobiliário presenciou um expressivo crescimento do setor mesmo na pandemia, segundo aponta pesquisa do Sindicato da Habitação (Secovi-SP). Em setembro do ano passado, houve um aumento de 19,2% nas vendas de imóveis residenciais, em comparação com o mesmo mês em 2019. Essa expansão do segmento está associada à baixa na taxa básica de juros e à implementação do home office, que fez com que o perfil do comprador mudasse, devido  ao isolamento social. Hoje, a residência não é mais vista apenas como local de descanso.

Uma tendência que vem sendo apontada por especialistas é que casas e apartamentos com espaços que possam ser convertidos em escritórios estão sendo mais procurados. Também, aumentou a preferência por locais mais afastados para aqueles que desejam ter uma melhor qualidade de vida, uma vez que as idas ao escritório cessaram ou diminuíram consideravelmente.

Com um crescimento de 300% durante a pandemia, a Arbo Imóveis, startup paranaense que oferece ferramentas para facilitar a compra e venda, é um exemplo de como a cultura do home office mudou o perfil do comprador não só em relação aos imóveis procurados como também na forma de pesquisar e comprar. Segundo, Manoel Gonçalves, CEO da empresa, o sucesso da plataforma se deve ao fato de esta  desburocratizar e dar maior celeridade aos processos, além de o vendedor e o comprador poderem realizar “tudo de forma online.”

Ainda segundo Manoel, “se antes o país vinha numa tendência maior pela locação, hoje, com a condição econômica atual, o número de vendas se equipara ao de aluguéis -  além de a localização influenciar menos que anteriormente, e tamanho e características do imóvel terem ganhado mais relevância.”

 

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