No Brasil,
percentual é ainda menor: apenas 13% das pessoas possuem senso de coesão social
sólido
A coesão social está sob ataque global. É o que
sugere o Índice de Coesão Social da Ipsos, cujo resultado pós-pandemia aponta
que, globalmente, 41% das pessoas possuem um senso de coesão social fraco, 38%
possuem coesão social moderada e apenas 21%, ou seja, dois em cada 10, possuem
um senso de coesão social sólido. Foram analisados 20 mil entrevistados de 27
países, sendo mil brasileiros.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico caracteriza uma sociedade coesa aquela que "trabalha para o
bem-estar de todos os seus membros, combate a exclusão e a marginalização, cria
um sentimento de pertencimento, promove a confiança e oferece aos seus membros
a oportunidade de uma mobilidade social ascendente".
A metodologia para descobrir o Índice de Coesão
Social de cada país combina métricas geradas a partir de questionamentos feitos
aos respondentes em três áreas: Relações Sociais (confiança das pessoas,
prioridades compartilhadas, diversidade), Conexão (identidade, confiança no
sistema, justiça) e Focos do Bem Comum (ajuda aos outros, respeito às leis,
corrupção).
Apenas seis dos 27 países alcançaram uma média de
coesão social positiva, contabilizada pela diferença do percentual de “sólida”
e “fraca”. Foram eles China (63%), Arábia Saudita (37%), Austrália (12%), Índia
(11%), Malásia (4%) e Suécia (3%). Todas as demais nações tiveram resultados
negativos, com as piores médias no Japão (-52%), Coreia do Sul (-52%), Polônia
(-51%), França (-49%) e Bélgica (-46%).
Coesão Social no Brasil
Entre os entrevistados brasileiros, somente 13%
possuem senso de coesão social sólido, 32% têm coesão social moderada e 55% -
mais da metade – possuem um senso de coesão social fraco. Considerando a média
do país (calculada pela diferença entre “sólida” e “fraca”), o resultado é de
-42%, colocando o Brasil na 21ª posição do ranking.
O levantamento on-line foi realizado entre os dias
25 de setembro e 09 de outubro com 20.011 respondentes de 27 países. A margem
de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.
Ipsos
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