Comparações diárias podem elevar o estresse, ansiedade e até causar depressão
Faz parte da natureza
humana olhar para a grama verde do vizinho e sentir uma ponta de ciúmes. A
comparação é uma das maneiras mais fáceis de sentir mal consigo mesmo, ver o
que os outros estão fazendo nas mídias sociais, no trabalho, e se comparar
desfavoravelmente, e constantemente, com essas pessoas.
Todo mundo parece mais
talentoso, mais bonito, com um cargo melhor, uma linda casa ou apenas, parece
estar se divertindo mais na vida. "Essas comparações negativas são o
caminho para a infelicidade, pois, fazem você se sentir inadequado e inferior
e, às vezes, até injustiçado", explica Patrícia Santos, especialista em Anger
Management (Gerenciamento da Raiva), pela National Anger Management
Association - NAMA de Nova Iorque, EUA. Segundo Patrícia, as comparações
fazem com que você tome más decisões, eleva o estresse, a ansiedade e causam
até depressão. A especialista lista abaixo algumas situações em que comparar-se
com os outros pode ser muito perigoso:
• Você vê o resultado,
não o esforço.
Todas as escolhas
geram consequências boas e ruins.
• Você não é o outro
Comparar-se aos outros
significa comparar o que vê nos outros com o que sabe sobre si mesmo. As coisas
sempre parecem melhores por fora do que por dentro. As pessoas costumam colocar
uma imagem parecendo melhor para o mundo do que se sentem por dentro. Além
disso, essas versões nunca são a versão completa. Perceba que os outros também
são seres humanos e que eles, como você, têm pontos fortes e fracos.
• Você não é a pessoa
com quem você se compara
Você é único, todo
mundo tem pontos fortes e pontos fracos diferentes. Somos todos especiais em
nossas maneiras únicas.
• Você perde tempo
Por que se preocupar
com o que os outros fizeram quando você pode tomar medidas para melhorar a si
mesmo? Seu objetivo não é estar entre os 75% melhores de algumas habilidades,
mas simplesmente ser o melhor que você pode ser.
• A comparação mata a
alegria da conquista
Quando você tenta
coisas novas, como mudanças de hábito, há uma alegria que vem de suas
realizações. Digamos que você comece um hábito de caminhar e se compara
negativamente a alguém que corre maratona, estará sempre para trás e não se
alegrará com as metas e realizações muito importantes que está fazendo. Antes de
poder fazer qualquer alteração real, você precisa aceitar onde está e seguir
seu ritmo. Não tente viver um ideal de onde você "deveria estar".
Aceitação é a chave para o crescimento.
• A comparação coloca
o foco na pessoa errada
Quando você se compara
aos outros, concentra-se na outra pessoa - o que eles fizeram, o que alcançaram
e o que fazem. Mas você não tem controle sobre essa outra pessoa. Tudo que você
pode controlar é você. E a única pessoa com quem você deve se comparar é com
quem você era anteriormente. Se você está melhorando, isso é tudo o que
importa.
"Por isso, é
importante ficar atento aos seus pensamentos quando começar a se comparar com
as outras pessoas. A vida não é uma competição e sim uma jornada", reforça
a especialista. Segundo ela, é preciso ter foco no que você quer fazer e para
onde quer ir, decidir que sua energia será usada para acreditar e não duvidar
de si, criando e não destruindo. "E, por fim, tende concentrar-se mais em
você, em regar a sua grama e em construir o seu caminho, pois, dessa forma você
conseguirá ser uma versão de si mesmo e compartilhar isso com o resto do
mundo", finaliza.
Patrícia Santos - Consultora, escritora e palestrante, docente em cursos
de pós-graduação em diversas instituições pelo país. É especialista em Anger
Management (Gerenciamento da Raiva), pela National Anger Management
Association - NAMA de Nova Iorque, EUA, onde também é fellow. É coautora do
livro "Raiva, quem não tem?". A obra é um verdadeiro crossfit
emocional que não só discorre sobre o tema, mas também ensina o leitor a medir,
encarar, transformar e a seguir em frente.
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